Folha de S. Paulo


Preso, Joesley pode entregar mais crimes e políticos, comenta leitor

Pedro Ladeira/Folhapress - Danilo Verpa/Folhapress
1 - BRASILIA, DF, BRASIL, 22-06-2017, 14h00: O PGR Rodrigo Janot. Sessão plenária do STF na tarde de hoje. Sob a presidência da ministra Cármen Lucia, os ministros decidem se o ministro Edson Fachin, relator da Lava Jato, pode homologar delações premiadas monocraticamente. (Foto: Pedro Ladeira/Folhapress, PODER)2 - ***ARQUIVO 206.2017***SÃO PAULO, SP, 13.02.2017: JOESLEY-BATISTA - Joesley Batista, dono da JBS, concede entrevista a Folha na sede da empresa em São Paulo. (Foto: Danilo Verpa/Folhapress) ORG XMIT: AGEN1702131426044980
O procurador-geral Rodrigo Janot e Joesley Batista, dono da JBS e delator na Operação Lava Jato

PRISÃO DE JOESLEY BATISTA

A entrega de gravações inconvenientes por Joesley, com consequências desastrosas para Rodrigo Janot, pode ter sido apenas descuido ou arrogância do empresário. No entanto, pelo abalo que causaram, pode ter sido proposital, para desmoralizar o procurador, anular suas últimas flechadas e salvar os "bambus". Quem viver, verá.

CARLOS BRISOLA MARCONDES (Florianópolis, SC)

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Finalmente, com a prisão de Joesley Batista e de seu fiel escudeiro, saberemos se eles possuem mais gravações e provas até aqui omitidas por conveniência. Se estavam poupando pessoas ou instituições, de agora em diante não terão mais motivos para o silêncio. Tem muita gente preocupada com a chance de ser vizinho de cela, a depender do que essa dupla entregar.

ANDRÉ PEDRESCHI ALUISI (Rio Claro, SP)

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O ministro Edson Fachin usou de incompreensível consideração ao determinar que a prisão de Joesley e Saud se consumasse sem algemas. Também não entendi o pedido de prisão de Marcello Miller não ter sido atendido, por não haver, diz o ministro, evidência suficiente de que usou influência para aconselhar acusados em delações. Não é o bastante Miller ter aberto mão de um cargo com as conhecidas benesses para assistir uma empresa sob proventos invejáveis?

MARA MONTEZUMA ASSAF (São Paulo, SP)

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Aceitando-se o argumento dos advogados de que a delação de Joesley Batista não deve ser aceita porque os comportamentos delituosos do delator o desqualificam, será aceitável rever o mensalão face a comportamento similar de Roberto Jefferson?

ANTONIO LUIZ FIGUEIRA BARBOSA (Niterói, RJ)

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OPERAÇÃO LAVA JATO

O ser humano sente, pensa e age. Há limites positivos e negativos. É social. Daí, todos os grupos fazem política, que começa na família e termina nos partidos. Então, descobriram o Brasil e deu-se a Lava Jato!

ADEMAR RICARDI (Novo Horizonte, SP)

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Eleições de 2018: votai e vigiai. Desde aqueles considerados indecentes aos que são idolatrados, todos merecem a nossa mais apaixonada atenção. Nossa história recentíssima mostra que a vigilância e a isenção podem ser ferramentas imprescindíveis na renovação do ambiente político.

PAULO CEZAR ALVES GOULART (Vargem Grande Paulista, SP)

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MARIA DA PENHA E LGBTS

Acertada decisão do Tribunal de Justiça de MG determinando que transexuais vítimas de violência doméstica e familiar possam pedir proteção por meio da Lei Maria da Penha. Segundo o relator, "a pretensão da vítima não pode ser inviabilizada pela adoção de um simples raciocínio de critério biológico, que conclui que, como pessoa do sexo masculino, não sofre violência de gênero". Urge aos demais tribunais adotarem essa jurisprudência. Lembro que 120 transexuais foram assassinados em 2017, até setembro, no Brasil.

DANIEL MARQUES (Virginópolis, MG)

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DEPOIMENTO DE PALOCCI

Tristes manifestações de leitores da Folha condenando Lula pelas acusações de Antonio Palocci. O ex-ministro fez um ataque sórdido ao ex-presidente para conseguir sair da prisão. Procurou agradar Sergio Moro. Sua acusação não vale nada. A lei 12.850/13 reza que "nenhuma sentença condenatória será proferida com fundamento apenas nas declarações de colaborador".

TANIA CRISTINA DE MAURO CUNHA (São Paulo, SP)

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A causa pela qual José Dirceu diz lutar nunca foi o povo, mas a perpetuação de seu partido no poder, mesmo que para isso precisasse praticar crimes. É o ocaso de quem se julga herói por não delatar cúmplices, mas que demonstra total falta de caráter.

ENI MARIA MARTIN DE CARVALHO (Botucatu, SP

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COLUNISTAS

Cultura do estupro é quando um jornalista de alto nível (Hélio Schwartsman) diz não saber o que é cultura do estupro ("Existe uma cultura do estupro?", "Opinião", 5/9).

JOSÉ ROBERTO ANDRADE AMARAL (São Paulo, SP)

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Equivocada e lamentável a coluna "Poder disfuncional" ("Opinião", 10/9), de Hélio Schwartsman. A eficiência deve ser medida pela quantidade de serviço prestado. A ausência de condenados por corrupção é responsabilidade da polícia e do Ministério Público. Se não investigam corruptos, não é culpa de juízes.

PEDRO LUIZ FERNANDES N. RAFAEL (São Paulo, SP)

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A coluna "Poder disfuncional" expõe exatamente o que pensamos. Dos três poderes, o Judiciário parece o menos transparente e o mais corrupto.

JOSÉ MEIRELLES (São Paulo, SP)

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Em seu artigo, André Singer diz que, por causa das trapalhadas de Rodrigo Janot, a Lava Jato ficou desmoralizada. Não é verdade. Quem ficou desmoralizado foi apenas o procurador-geral. A Lava Jato continua incólume.

JOSÉ LUIZ CARVALHO (São Paulo, SP)

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DESIGUALDADE

Thomas Piketty, guru da esquerda, diz que não caiu a desigualdade no Brasil entre 2001 e 2015. Ou ele errou feio, ou as estatísticas do IBGE são furadas.

RAFAEL ALBERTI CESA (Caxias do Sul, RS)

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CORRUPÇÃO NO URUGUAI

É com muita indignação que li a notícia da renúncia do vice-presidente do Uruguai, Raul Sendic, por ter sido acusado de uso indevido de cartão corporativo, por iniciativa de sua legenda. Um comportamento exemplar. Enquanto, aqui no Brasil, com a abundância de provas e de dinheiro roubado, nossos políticos sequer admitem a possibilidade de afastarem-se ao menos temporariamente de seus cargos. Ao invés de punir, os partidos políticos daqui saem em suas defesas, postura justificada pelos próprios envolvimentos nos atos de corrupção. É revoltante.

ANTÔNIO DILSON PEREIRA (Curitiba, PR)

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