GILMAR MENDES
A descrença nas leis e no Judiciário é a porta aberta para a barbárie. Quando ministros se julgam desobrigados de seguir leis e códigos de conduta, desmoralizam o Judiciário como instituição garantidora de processos civilizatórios. Nunca como hoje o STF se viu tão fragilizado por ação e inação de seus próprios membros.
José Tadeu Gobbi, publicitário (São Paulo, SP)
*
Concordo com a advogada Guiomar Mendes quando disse que estamos vivendo tempos ridículos. O marido dela tem contribuído muito.
JAIME F. MARTINS, professor (Ouro Preto, MG)
*
Equivocada a premissa de Eduardo Pizarro Carnelós ao tentar vitimizar Gilmar Mendes pela sua suposta luta pelo direito fundamental à liberdade. A justa indignação da sociedade advém da parcialidade escancarada e da seletividade das decisões do ministro. No caso da máfia dos transportes do Rio de Janeiro, o compadrio não poderia ser mais explícito. Gilmar Mendes é digno de um processo de impeachment.
ELCIO D. PEREIRA, advogado (Campinas, SP)
*
Longe de mim defender o indefensável Gilmar Mendes, mas o artigo do professor Conrado me fez imaginar se ele demonstrou tanta indignação quando o ministro Toffolli não se deu por impedido para absolver José Dirceu. Ou quando o ministro Lewandovski, na presidência do julgamento do impeachment, picotou a Constituição. A quem se dobra a academia brasileira? Quando nossos doutrinadores defenderão não posições políticas, amizades e preferências pessoais, mas apenas a integridade dos institutos jurídicos?
PAULO MAGALHÃES, advogado (Paris, França)
*
Tão arrogantes os argumentos de Eduardo Pizarro Carnelós quanto as atitudes do ministro que tenta defender. Intitula de "sentimento liberticida" o clamor da população por imparcialidade nos julgamentos, pela ética e pela imparcialidade. O referido ministro deveria simplesmente declarar o seu impedimento. O artigo de Conrado H. Mendes ratifica a nossa posição de humildes mortais!
MOACYR DA SILVA (São Paulo, SP)
*
O texto de Conrado Mendes é um dos mais aloprados que li nos últimos tempos, e olha que a concorrência é acirrada! O autor não explica em uma única linha por que as ações do ministro estariam erradas e sugere a desobediência judicial. Um mimo! Com esses pensadores, dá pra entender a miséria em que se encontra a USP atualmente.
NÁDIA LARDO SANCHEZ (Botucatu, SP)
*
Sobre Gilmar Mendes, Conrado Hübner Mendes esgotou o assunto, dizendo tudo o que era necessário. Sua didática manifestação é imperdível. Quem ainda não a leu, que o faça.
TABAJARA NOVAZZI, advogado (São Paulo, SP)
-
OPERAÇÃO LAVA JATO
O juiz deve ter razão em suas decisões, porque os procuradores do Ministério Público Federal pedem sempre além da conta. Recorrem às vezes sem razão jurídica e já consolidaram o entendimento de que sua função institucional lhes impõe a obrigação de levar o processo até a última instância recursal, embora essa prática absorva mão de obra, demande tempo e custo e não traga benefícios para a prestação do serviço jurisdicional. Mas isso já é cultural hoje em dia.
PAULO SERGIO RIBEIRO VAREJAO (Jaboatão dos Guararapes, PE)
*
Esperançoso e até bonito constatar que cada parte envolvida na árdua e nobre missão de combater a corrupção tem executado suas tarefas da melhor forma que lhe cabe fazê-lo.
NELSON VIDAL GOMES (Fortaleza, CE)
*
O juiz Sergio Moro é inteligente. Essa discussão atrasaria muito a conclusão da ação criminal, pondo em risco a sua eficácia.
EDUARDO DE OLIVEIRA CAVALCANTI (Campo Grande, MS)
-
ESTUPRO
Não é necessário ser um grande jurista para perceber que o ato de um homem, sem consentimento, ejacular em público sobre uma mulher deve ser considerado um constrangimento violento, suficiente, inclusive, para caracterizar o crime de estupro. É de se questionar se a decisão do juiz seria a mesma se a vítima fosse famosa ou familiar de alguém poderoso.
JEFFERSON C. VIEIRA (São Paulo, SP)
*
O homem agrediu a passageira. O juiz e o Ministério Público agrediram a todas nós e nos deixaram ainda mais vulneráveis do que já estávamos.
BEATRIZ BRACHER (São Paulo, SP)
-
COLUNISTAS
Não se pode acusar Hélio Schwartsman de falta de originalidade ou de falta de humor: ele sugere que eleitores de Lula podem descarregar votos em Bolsonaro para garantir a ida do deputado ao segundo turno em 2018. No mais, como de costume, faz diagnóstico clínico dos petistas e profecias sobre a inviabilidade de Lula e do PT. Encerra com lições de como reverter o que consegue enxergar. Seria prudente que começasse a preparar argumentos para quando sua profecia falhar.
DANIEL LOUZADA DA SILVA (Brasília, DF)
*
Emocionante e revigorante o artigo de Contardo Calligaris sobre o filme "Como Nossos Pais". Vou correndo ao cinema.
PAULO DE TARSO PORRELLI (Piracicaba, SP)
*
Deixemos a politicagem e a hipocrisia de lado. Como bem escreveu Roberto de Oliveira, de forma crítica e direta, o Tietê está morto e fétido, uma vergonha escancarada. À gestão tucana cabe responder à indignação do jornalista e de todos nós. Quando teremos, de fato, o rio limpo? Bem-vindos à latrina!
CARMEN LÚCIA GOMES (São Paulo, SP)
-
CIÊNCIA
Gostamos da reportagem "EUA aprovam terapia gênica para tratar leucemia". Esse novo tratamento pode salvar muitas vidas e renovar as esperanças de quem tem leucemia linfoide aguda. Infelizmente, essa opção não está acessível para todos, pois é muito cara. Temos a esperança de que um dia ela esteja ao alcance de todo o mundo.
EVELYN SILVA e alunos do 4º e 5º ano da escola municipal Agudo dos Frias (Bragança Paulista, SP)
-
MODA
Venho lamentar a pouca cobertura da Folha em certos assuntos, entre os quais design em geral e, neste momento específico, moda. Cultura não se faz somente noticiando letras, teatro, cinema e música, nacional ou estrangeira, mas também atividades produtivas e criativas na área do design. Nesse caso, a cobertura da São Paulo Fashion Week é pequena, pouco ilustrada, dando somente uma pincelada sobre conceitos e resultados. Muito pouco incentivo aos designers de moda locais.
SUZANA M. PADOVANO (Santana de Parnaíba, SP)
-
PARTICIPAÇÃO
Os leitores podem colaborar com o conteúdo da Folha enviando notícias, fotos e vídeos (de acontecimentos ou comentários) que sejam relevantes no Brasil e no mundo. Para isso, basta acessar Envie sua Notícia ou enviar mensagem para leitor@grupofolha.com.br