Folha de S. Paulo


Para leitor, artigo de Luciano Huck faz 'desfile de generalidades'

LUCIANO HUCK

Inacreditável o desfile de lugares-comuns e generalidades mergulhados na mais rasteira ideologia progressista que Luciano Huck tem a coragem de escrever —e a Folha de publicar! É sintomático do desastroso processo de esvaziamento da política que Huck não toque em nenhum conflito real entre os inúmeros que nos assolam, a começar pela indiscutível ilegitimidade do governo federal! Ofensivo além da conta à inteligência do leitor!

ROBERTO ALVES, professor (São Paulo, SP)

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Gostaria que Mário de Andrade pudesse estar vivo para ler o brilhante texto que seu "filho adotivo" Luciano Huck publicou, apresentando a esperança de incríveis novas tecnologias ao nosso país, cheio de empecilhos.

CHICO SANTA RITA, jornalista (Itatiba, SP)

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LAVA JATO

Ao contrário do que o tom pessimista da reportagem sugere, os arquivamentos só fortalecem ainda mais a Lava Jato, pois provam que ela é uma operação séria, na qual apenas o que pode ser comprovado e não tenha prescrito segue adiante. Numa operação que já recuperou mais de R$ 1 bilhão, esses fatos só comprovam a seriedade e o profissionalismo dos investigadores e reforçam a crença nela que depositamos.

GERALDO COSTA JR (Lagoa Santa, MG)

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A denúncia contra o juiz Cesar Asfor Rocha é muito grave. E Antonio Palocci sabe o que diz: informação é o que não lhe falta. Em compensação, a resposta de Cristina Ferreira no Painel do Leitor desta segunda (28) é simplesmente o texto de uma assessora de imprensa, cuja obrigação é manipular os fatos de maneira que pareçam favoráveis a quem lhe paga o salário.

ZAÍRA ROCHA AWAD (São Paulo, SP)

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EDUCAÇÃO

A entrevista do reitor da Unicamp, Marcelo Knobel, toca no tema essencial da fuga de cérebros. Condições de pesquisa adequadas não prescindem de remuneração equiparável àquela de outras instituições públicas e privadas. Unicamp, USP e Unesp destacam-se na produção acadêmica e a continuidade disso depende de uma política salarial que tenha em conta salários adequados.

PEDRO PAULO A. FUNARI, professor da Unicamp (Campinas, SP)

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Em relação à proposta de Jair Bolsonaro de militarizar a escola no Brasil, concordo com Bruno Resck: "Ninguém toca no ponto principal: a carreira do professor". Esta deve ser financeiramente atraente para provocar maior interesse dos jovens pelo curso de pedagogia e pelas licenciaturas. De outra parte, o professor deve ser selecionado e avaliado com rigor, como faz, de forma eficaz, a Finlândia. Sem essas mudanças estratégicas, a educação básica não superará a sua crise estrutural.

NORBERTO DALLABRIDA, professor do Centro de Ensino a Distância da UDESC (Florianópolis, SC)

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RESERVA NA AMAZÔNIA

Quando a Folha vai parar de tratar escândalos ambientais como a dilapidação de reservas apenas como assunto de ciência? Certamente depois que o desastre ocorrer, como no rio Doce, ou quando já tivermos uma nova Serra Pelada no centro da Amazônia, com fotos à la Sebastião Salgado para publicar. Notícias como a extinção da Renca e a redução de Jamanxim são temas vitais de política, economia e direitos humanos e terão efeitos tétricos a longo prazo, bem maiores do que a última decisão do juiz Moro.

ANA OTTONI (São Paulo, SP)

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A extinção do monopólio estatal, por decreto, na reserva entre o Pará e o Amapá, tornava reincidentes a saga dos bandeirantes: morte a índios e animais, desmatamento, poluição, desrespeito à natureza.

SÉRGIO LUIZ ZANDONÁ, advogado (Cascaval, PR)

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CONDOMÍNIOS

Por que interferir em área tombada? Precisamos preservar o pouco verde que ainda existe em São Paulo. Não sou contra a construção de condomínios, mas que sejam feitos em áreas onde não prejudiquem o pouco de vegetação natural restante que todos nós, paulistanos, podemos desfrutar ainda. Interesses econômicos de alguns não deveriam se sobrepor ao bem comum.

RENATA BRANT (São Paulo, SP)

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Acho importantíssimo que se mantenham bairros tombados como os Jardins, assim como tantos outros idealizados pela Companhia City, nos quais a sensação de preservação do verde e o trajeto sinuoso que apresentam só têm a acrescentar qualidade de vida ao povo desta cidade, carente desse item fundamental. Evolução não é construir condomínios ou prédios em ilhas do verde! Vai aqui meu manifesto de repúdio para garantir um mínimo de bem-estar para podermos continuar a habitar esta castigada metrópole.

FLAVIO HACHEM (São Paulo, SP)

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COLUNISTAS

Brilhante como sempre a coluna de Janio de Freitas. O governo é não só dejeto institucional, mas um rato, com uma fome insaciável pelos queijos nobres do país. Vamos nos omitir até quando?

VANILDA SOUZA (Piracicaba, SP)

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A coluna "Quem liga para o Tietê?" traz dados que mostram quanto ligamos: investimento de US$ 2,7 bilhões desde 1992, com o índice de coleta de esgoto subindo de 70% para 87% e o tratamento, de 24% para 70%. A poluição diminuiu 393 km (74%) e o Daee plantou nas margens 40 mil árvores e 100 mil arbustos. Como o artigo reconhece, a despoluição do Tâmisa levou mais de 50 anos. O rio sul-coreano requeria investimento menor e menos tempo. Não esqueçamos que é necessário o esforço das prefeituras e cidadãos para manter os rios livres do lixo.

MONICA PORTO, secretária-adjunta de Saneamento e Recursos Hídricos do Estado de São Paulo (São Paulo, SP)

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