Folha de S. Paulo


É grande a desilusão quando se desconfia até da Justiça, lamenta leitor

Marcos Bezerra/Futura Press/Folhapress
O ex-ministro Antonio Palocci deixa a sede da Polícia Federal, em São Paulo (SP), após ser preso durante a 35ª fase da Operação Lava Jato
O ex-ministro Antonio Palocci deixa a sede da Polícia Federal, em São Paulo (SP), após ser preso durante a 35ª fase da Operação Lava Jato

LAVA JATO

Antonio Palocci afirmou que o ex-presidente do STJ Cesar Asfor Rocha recebeu suborno no valor de pelo menos R$ 5 milhões. Denúncia tão grave envolvendo um membro dos tribunais superiores ilustra bem o quadro sombrio do país. É preciso urgentemente aumentar o controle sobre o Judiciário e buscar uma via rápida para o impeachment dos seus membros de comportamento ilícito ou inadequado para o posto.

OTÁVIO DE QUEIROZ (São Paulo, SP)

*

Caso o fato seja mesmo comprovado, fica mais uma vez escancarada a encrenca em que nos metemos. É grande a desilusão quando não podemos confiar nem mesmo na Justiça.

ÉDISON GONÇALVES (São Paulo, SP)

*

A notícia sobre o ex-presidente do Superior Tribunal de Justiça Cesar Asfor Rocha baseia-se em falsidades. O trancamento do processo citado não foi inédito. A jurisprudência do STJ e do STF já determinava a nulidade de processos baseados apenas em denúncia anônima, o que não legitima interceptações. Por fim, a liminar foi mantida e ratificada no STJ e no STF, por unanimidade. Cabe notar que a Folha já noticiou que a pretensa delação do ex-ministro da Fazenda está há meses emperrada por um motivo singular: segundo relatos atribuídos a procuradores da República, ele conta fofocas e não apresenta provas.

CRISTINA FERREIRA, assessora de imprensa do escritório Cesar Asfor Rocha Advogados (São Paulo, SP)

-

RESERVA NA AMAZÔNIA

Não entendo como um presidente corresponsável pelo desastre econômico e financeiro do país, com processo de corrupção pendente nas costas, tem o direito de decidir sobre o patrimônio dos brasileiros, com o intuito de ganhar os votos da banca ruralista, cometendo um grave crime ambiental.

FRANCISCUS D'HANENS (São Paulo, SP)

-

FUNDO PARTIDÁRIO

Já existe o fundo partidário, que gasta R$ 819 milhões, além da propaganda eleitoral gratuita, que não tem nada de gratuita, uma vez que o contribuinte paga por ela. Agora escondem o valor, para ser aprovado posteriormente pela comissão de Orçamento. Baratear a campanha é preciso. O povo está cansado de pagar essa conta.

ANTONIO TUCCILIO, presidente da Confederação Nacional dos Servidores Públicos (São Paulo, SP)

-

ABORDAGEM POLICIAL

Tribunal de Justiça Militar de São Paulo diz que PM pode mexer em cena de crime. Já vimos isso no caso de Ricardo, o carroceiro em Pinheiros. Novo comandante da Rota afirma que tratamento em áreas nobres deve ser diferente do da periferia. No caso de Ricardo, a polícia deu um tratamento de periferia -matou um cidadão a troco de nada- a uma área dita nobre. Tristes notícias. Não queremos truculência e impunidade nem na periferia nem nos Jardins. Abaixo a barbárie!

MÔNICA SOUTELO (São Paulo, SP)

-

VENEZUELA

Com a crescente exploração e descobertas de novas fontes de energia, inclusive limpas, a Venezuela, abraçada à incompetência e ao atraso político, está fadada, em pouco tempo, a se tornar o país mais pobre do planeta.

AMARO ALBUQUERQUE (São Paulo, SP)

-

BEBIDAS NOS ESTÁDIOS

A Folha erra ao afirmar que faço lobby pela liberação de bebida em estádio de futebol. Há falha de interpretação no papel de um deputado. Ao presidente da Alesp cabe arbitrar as propostas em trâmite na Casa e, consequentemente, avaliar a sua eventual inclusão na pauta de discussão do plenário para apreciação dos demais parlamentares. A conclusão de que essa postura é sinônimo de lobby, portanto, é equivocada.

CAUÊ MACRIS, presidente da Assembleia Legislativa de São Paulo (PSDB) (São Paulo, SP)

*

Se sem a comercialização de bebidas nos estádios já ocorrem autênticas tragédias, imagina-se o que aconteceria se elas fossem liberadas. Que a classe política perca tempo com esse debate, quanto tantos assuntos mais relevantes e benéficos para a sociedade poderiam ser objetos de lei, diz muito sobre a qualidade dos que nos representam.

NESTOR PEREIRA (Guarapari, ES)

-

ELEIÇÕES DE 2018

Em tempos de Operação Lava Jato, em que boa parte dos políticos está encrencada com a Justiça, e faltando apenas um ano para o início da campanha à Presidência, tudo é uma grande incógnita. Mais difícil do que prever quem poderá disputar ou não, será convencer o povo brasileiro a votar. Ficou bem claro que a pior crise que o Brasil já atravessou em toda a sua história é de responsabilidade da nossa classe política, que só trata de seus interesses.

ANDRÉ PEDRESCHI ALUISI (Rio Claro, SP)

-

MACHISMO NA TV

Lembro-me de que a audiência da televisão brasileira foi crescendo à medida que os telespectadores aceitavam passivamente o machismo escondido nas piadas que fazem referência ao corpo das mulheres, mais especificamente às partes íntimas femininas. E, pasmem, com o riso e o aplausos das mulheres da plateia. Por essas e outras, deixei de ver TV faz tempo. A nação noveleira deveria refletir mais sobre os efeitos das luzes da telinha.

ISABEL FERRONATO (Blumenau, SC)

-

PARTICIPAÇÃO

Os leitores podem colaborar com o conteúdo da Folha enviando notícias, fotos e vídeos (de acontecimentos ou comentários) que sejam relevantes no Brasil e no mundo. Para isso, basta acessar Envie sua Notícia ou enviar mensagem para leitor@grupofolha.com.br


Endereço da página:

Links no texto: