Folha de S. Paulo


Lula é mestre em produzir frases de efeito, sem conteúdo de fato, diz leitor

ESTUPRO
Tenho para mim que o ser humano tem um mínimo de valores positivos. Quando leio que o número de estupros cresceu, me pergunto se sou assim tão Pollyanna. Estupro talvez seja uma das formas mais evidentes da manifestação da selvageria humana. Para a Pollyanna que existe em mim, é uma psicopatia, patologia, mas, para que possamos conviver em sociedade, urge a subtração da liberdade do doente, do homem mau.

ANDREA METNE ARNAUT (São Paulo, SP)

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É surpreendente que as reportagens e o editorial sobre os registros crescentes de estupro coletivo em nenhum momento mencionem decisões preventivas como a ampla discussão e medidas educativas sobre as masculinidades tóxicas. Ainda mais grave é que tampouco mencionam os efeitos potencialmente nefastos que a guerra contra "ideologia de gênero" hoje instalada no país terá sobre esses lamentáveis e vergonhosos indicadores.

SONIA CORRÊA, co-coordenadora do Observatório de Sexualidade e Política (Rio de Janeiro, RJ)

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LULA
A Folha parece ter aderido com tudo à campanha do Lula. A caravana do petista é retratada diariamente. E o que ele disse: que o país não nasceu para ser a merda que é. Como presidente, Lula foi um mestre em produzir frases de efeito, sem nenhum conteúdo de fato. Está aí mais um exemplo. A frase tem uma vaga promessa implícita, retrata uma insatisfação nacional, mas de fato não diz nada. E é reproduzida três vezes na edição de domingo.

OTAVIO LOURENÇAO (São Paulo, SP)

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Lula apenas se esqueceu de dizer que boa parte da culpa é dele.

LUCIA MARIA DE LUCENA (São Paulo, SP)

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Lula só não diz que será preciso mais 12 anos para limpar a sujeira que ele e Dilma deixaram.

SYLVÉRIO DEL GROSSI (Fernandópolis, SP)

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SILVIO SANTOS
Muito bom o artigo de Milly Lacombe. Parabéns à Folha por promover, de forma séria e destemida, críticas fundamentadas a quem quer que seja. O apresentador Silvio Santos não precisa escarnecer das mulheres para conseguir audiência. As mulheres são seres humanos livres, e o machismo deve ser banido, inclusive dos programas de auditório.

LUIZA NAGIB ELUF (São Paulo, SP)

Silvio Santos perdeu a noção, achincalha e humilha as mulheres de maneira implacável. Não percebe que, ao criticar a aparência, a roupa e os modos das mulheres, incita a violência.

SILVIA TAKESHITA DE TOLEDO (São Paulo, SP)

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CRISE ECONÔMICA
Os efeitos da recessão maltratam muito mais o povo carente, o trabalhador, os moradores de periferia. Morar hoje no extremo leste de São Paulo é difícil. Na crise, some o governo, some a polícia, crescem o descaso do atendimento na saúde, os roubos e a violência gratuita. As escolas não têm aulas nem merenda, o transporte é caro e deficiente. Crescem o tráfico de drogas, as vendas de produtos piratas, as festas funk nas ruas. Há lixo para todo lado. Não temos pra onde ir, a não ser sofrer, cortar até a comida e se trancar dentro de casa com medo de tudo.

LUIZ CLAUDIO ZABATIERO (São Paulo, SP)

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GILMAR MENDES
Dentre os muitos ramos do direito, um se dedica exclusivamente à interpretação das leis e normas jurídicas: é a hermenêutica. E no Brasil, nesse campo, um dos luminares foi Carlos Maximiliano. Ele ensinava que a primeira etapa da interpretação de uma lei é verificar se estamos sintonizados com o bom senso. Seria ótimo para o Brasil se o ministro Gilmar Mendes fizesse uma atenta releitura de Carlos Maximiliano.

JOSÉ DALAI ROCHA (Belo Horizonte, MG)

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TERRORISMO
Que moral tem o animal humano para falar da ferocidade dos outros animais? Na falta de consciência de tal tipo de comparação, Carlos Heitor Cony dá uma pista para os motivos do "bárbaro estágio em que vivemos".

PAULO MATSUSHITA (Jundiaí, SP)

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REFORMA POLÍTICA
Onde estava o senhor Alberto Goldman quando se implantou a reeleição para cargos executivos? A promiscuidade na política avançou muito com a emenda de 1997.

LUIZ GORNSTEIN (São Paulo,SP)

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DIVERSIDADE DE GÊNERO
Fiz uma visita monitorada para professores ao Masp. Fiquei satisfeito em saber que o museu tornou-se inclusivo e afeito a aceitar a diversidade, sem restrições. Vi duas transexuais no quadro funcional, e os banheiros agora têm entrada única e somente os sanitários são separados por gênero. Essa auspiciosa iniciativa inclusiva deixa o usuário livre para usar o sanitário com que se identifica mais. Oxalá, iniciativas inclusivas tornem-se a regra.

JOÃO PAULO DE OLIVEIRA, professor e coordenador pedagógico aposentado (Diadema, SP)

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ENXAQUECA
Mais uma vez saio beneficiada ao concluir a leitura da coluna de Drauzio Varella. Quem sofre de enxaqueca agradece sorrindo a advertência constante no último parágrafo do artigo.

DORALICE ARAÚJO (Curitiba, PR)


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