Folha de S. Paulo


Noticiário político é nutrição farta para novelas, diz leitora

ENCONTROS NO JABURU

Como cidadã, reconheço ser imprescindível pôr-se a par da política brasileira e, se possível, atuar para a limpeza da realidade asquerosa estampada nos jornais. A cada dia está mais difícil digerir a seção "Poder". Acredito que seja nutrição farta para muitas novelas. Os encontros do presidente nos "porões" do palácio são dantescos. Lamentável que a futura procuradora-geral esteja entre os convivas de fora da agenda.

M. INÊS DE A. PRADO (São João da Boa Vista, SP)

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Mais uma vez o Brasil desmoraliza Montesquieu e a teoria do controle do poder pelo poder. Antes de assumir, Raquel Dodge já emite sinais de quais serão os interesses que terão prioridade para a PGR. No horizonte, o fim da Lava Jato.

JOSÉ TADEU GOBBI, publicitário (São Paulo, SP)

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O encontro de Raquel Dodge com o encalacrado presidente Michel Temer, à sorrelfa, sem agendamento oficial, obnubilou os títulos acadêmicos e a carreira jurídica da futura procuradora-geral da República. A independência do Ministério Público, prevista constitucionalmente, nesse caso, bateu asas e escafedeu-se tal como o pássaro que nomeia o palácio. O que não se registrou em agenda foi registrado na história de Dodge, com tinta indelével. O usurpado Brasil não merecia isso.

TÚLLIO M. S. CARVALHO (Belo Horizonte, MG)

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REFORMA POLÍTICA

Esses deputados da atual legislatura, ao falarem em reforma política, estão com os olhos apenas nos bilhões do fundo partidário, além de tentarem se esconder atrás dos votos em lista.

PAULO TARSO J SANTOS (Doral, EUA)

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IMPOSTO DE RENDA

O governo pode aumentar significativamente a arrecadação do IR sem criar novas alíquotas. Basta que o cobre de quem, tendo renda, não o paga: os sonegadores contumazes e quem aufere renda a título de lucros e dividendos. Seriam aplicadas a eles as normas vigentes atualmente para os assalariados. Todavia, falta vontade —ou coragem— do governo de contrariar o mercado que lhe dá sustentação.

JOAQUIM JOSÉ FREIRE RAMOS (Salvador, BA)

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E a cobrança de IR sobre a distribuição de lucros e dividendos da empresas, que existe no mundo inteiro, menos no Brasil, ninguém cogita?

ALEXANDRE DIAS (Curitiba, PR)

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AMEAÇA NUCLEAR

Não faz muito tempo, EUA e Irã ameaçavam-se por causa do suposto programa nuclear deste último país. Agora, EUA e Coreia do Norte dizem que vão se exterminar, como se estivessem falando de baratas. O mundo precisa colocar panos quentes antes que esses dois loucos (Trump e Jong-Un) façam alguma bobagem irreversível.

JAIME PEREIRA DA SILVA (São Paulo, SP)

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COLUNISTAS

Elio Gaspari tem toda a razão em "O velho golpe do parlamentarismo", mas não aponta nenhuma solução para as sucessivas crises do presidencialismo de coalizão que levaram presidentes ao suicídio (1954) e à renúncia (1961), fora a interrupção do mandato presidencial por golpe (1964) ou impeachment (1992 e 2016). O semipresidencialismo estudado pelo francês Maurice Duverger é uma opção válida para superar graves impasses políticos sem ruptura democrática.

LUIZ ROBERTO DA COSTA JR. (Campinas, SP)

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A coluna de Matias Spektor traz uma novidade chocante: os bombardeios atômicos de Hiroshima e Nagasaki eram desconhecidos como alvos civis por Harry Truman, a imaginar ter-se escolhido apenas alvo militar. Ou seja, os militares americanos fizeram a escolha por conta própria. Posso ser franco? Eu não acredito nisso. Acho pouco provável que Truman não soubesse do alcance do ataque ao autorizá-lo. A rigor é a primeira vez que leio algo assim.

THOMAS BUSSIUS (São Paulo, SP)

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Contardo Calligaris (um liberal de esquerda nascido em uma família de "partigiani") não pode mesmo ser acusado de ser "racista" ou "xenófobo", entre outros clichês de uma esquerda insana, que teima em mascarar o comércio e o tráfico de seres humanos para a Europa, que por sua vez faz milionárias certas ONGs em nome do "solidarismo internacional"! Quem sofre é a minha amada Itália e seu povo, tudo sob o desprezo da UE.

PAULO BOCCATO (Taquaritinga, SP)

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Itália, França e demais europeus invadiram países e escravizaram nações. Agora estão apenas sofrendo os efeitos da primeira lei de Newton. As migrações sempre existiram. O texto é péssimo.

JOAO VIANEY NOGUEIRA MARTINS (Fortaleza, CE)

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Vão da CPTM

Parece inacreditável a resposta da CPTM a culpa na União pelos vãos entre os trens e as estações. No mundo todo há rede compartilhada entre passageiros e cargas e problemas desse tipo são resolvidos. Bastava colocar anteparos nas portas para que o vão diminuísse. Não é um problema complexo. O número de quase mil quedas é absurdo, e a CPTM se exime da responsabilidade.

FERNANDO BACCARI (São Paulo, SP)

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O gerente interino da CPTM, no Painel do Leitor, criou uma pérola: o problema existe e cabe a você, cidadão usuário da CPTM, se virar. Se cair, o azar é seu.

OSMAR G. LOUREIRO (São Paulo, SP)

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TORNOZELEIRAS

A Secretaria de Administração Penitenciária (SAP) esclarece que a rescisão do contrato de monitoramento eletrônico de presos aconteceu porque os equipamentos não funcionaram de maneira adequada. A empresa Synergye Tecnologia tem cinco dias úteis, a partir de 9/8, para apresentar recurso. Caso seja mantida a decisão, a segunda colocada na licitação será imediatamente chamada. A SAP não fez nenhum pagamento à empresa, conforme determina o contrato de prestação de serviços de monitoramento.

JORGE DE SOUZA, assessor de imprensa da SAP (São Paulo, SP)

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