Folha de S. Paulo


Leitores comentam entrevista do procurador-geral Rodrigo Janot

RODRIGO JANOT

O escritor Ian Fleming criou o agente da inteligência britânica 007, que tinha "licença para matar". Na nossa "República bananeira", Rodrigo Janot criou, infelizmente, dois picaretas com "licença para roubar".

LUIZ ANTÔNIO ALVES DE SOUZA (São Paulo, SP)

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A propósito das críticas sofridas pelo titular da PGR na imprensa nacional por um certo ministro do STF, o qual já deu mostra de que não aceita a Operação Lava Jato e a PGR, ficamos atônitos e assustados. A corte do STF não se manifesta? Não existe mais ética entre os julgadores? E a imprensa?

JOÃO BATISTA BASTOS (Belo Horizonte, MG)

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As declarações de Janot deixam claro que ele foi com muita sede ao pote. Sem dúvida a sua ação foi descuidada porque apressada. Tivesse mais calma e cuidado, talvez tivesse resultado em alguma coisa palpável e concreta. Tornou-se um nada.

JOSÉ LUIZ P. DE OLIVEIRA DIAS (São Paulo, SP)

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COLUNISTAS

A coluna "Segurança de urna digital acende luz amarela no Brasil", de Ronaldo Lemos, chega em boa hora. Especialistas, pesquisadores, cientistas etc. precisam vir a público debater e esclarecer de vez as dúvidas que persistem sobre qualquer sistema digital, sejam urnas ou jogos de loterias. Todos são vulneráveis e, como vemos, no Brasil nada é confiável.

APARECIDO DA SILVA (Santana de Parnaíba, SP)

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Excelentes as constatações óbvias de Demétrio Magnoli : "Nossa elite política separou-se, em conjunto, do interesse público". Elenca os "espetáculos deprimentes da decomposição do PSDB, o neoqueremismo lulista e as apostas especulativas de Marina Silva, Ciro Gomes e Jair Bolsonaro". Põe "deprimente" aí nesse bolo que teremos que engolir!

JOSÉ ANTONIO GARBINO (Bauru, SP)

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Que a Bíblia é o livro mais vendido do mundo ninguém duvida. Agora, sobre ser o mais lido, no duplo sentido da palavra leitura, como afirma Elio Gaspari, pairam muitas dúvidas. Lembremos que a expansão editorial da chamada "sagrada Escritura" começou com a empresa colonialista europeia na África e seu projeto de lucro comercial e assassinato cultural.

MARIANA C. DE ALMEIDA PASSOS (Teresópolis, RJ)

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A muito boa análise de Pablo Ortellado em "Rafael Braga" contém um muito infeliz viés na frase "mas somos mais sensíveis ao abuso quando ele é politicamente motivado, talvez porque a chance de sermos vítima é maior''. A frase exemplifica a invisibilização do negro, pois faz parecer que o colunista escreve para brancos e brancas e não leva em consideração leitores afro-brasileiros.

OSWALDO R. B. DE OLIVEIRA (São Paulo, SP)

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REFORMA DA PREVIDÊNCIA

O artigo de Hélio Beltrão deveria ser colado em todas as portas de entrada do Congresso e entregue a todos os parlamentares. Não somos contrários à reforma da Previdência Social, mas só a unificação do sistema trará legitimidade a ela.

ARMANDO FARHATE (São Paulo, SP)

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POVOS AMERICANOS

Jamais cogitei, disse ou escrevi que o povo de Luzia veio diretamente da África para a América. Assim como os ameríndios atuais, os primeiros americanos vieram também da Ásia, via estreito de Bering. Populações com morfologia similar à de Luzia viviam no nordeste da Ásia até por volta de 10 mil anos atrás, quando finalmente foram ali substituídas por populações mongoloides que, num segundo momento, também migraram para a América, dando origem aos índios atuais. Também nada pode ser dito sobre a cor da pele de Luzia e de seus contemporâneos.

WALTER NEVES, pesquisador do Laboratório de Estudos Evolutivos e Ecológicos Humanos da USP (São Paulo, SP)

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NOTA DA REDAÇÃO - Uma errata foi publicada.

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EDITORIAL

Lamentável a forma trivial com que a Folha aborda a consequente formação de uma massa de miseráveis diante das novas tecnologias, a cada dia a tomar o espaço que era de um humano no mundo do trabalho. Ao atacar a lei nº 9.956/2000, que protege a profissão de 500 mil frentistas de postos de combustíveis, desconsidera os fatos sociais e apequena o poder da imprensa de modificar a realidade.

FRANCISCO SOARES DE SOUZA, presidente do Sindicato dos Frentistas de Campinas e vice-presidente da Federação Nacional dos Frentistas (Campinas, SP)

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VIADUTO

Mais um título sensacionalista da Folha ("Kassab e Haddad pagaram R$ 5,5 mi por reforma 'fantasma' de viaduto" ). A Controladoria-Geral do Município, criada na gestão Haddad, apurou, ainda em 2016, provável pagamento irregular por parte da Secretaria Municipal de Infraestrutura; a auditoria do TCM referendou o relatório. Se comprovada a irregularidade, caberá o ressarcimento da empresa envolvida e a punição do servidor responsável.

NUNZIO BRIGUGLIO, assessor da gestão Haddad (São Paulo, SP)

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A reforma do viaduto Alcântara Machado, contratada na gestão Gilberto Kassab, integrou termo de ajustamento de conduta firmado com o Ministério Público em 2007, que definiu intervenções em 70 equipamentos do tipo em dez anos. Cerca de 30 receberam benfeitorias até o fim de 2012. No Alcântara Machado, o contrato iniciado em 2012 previa ações nas juntas de dilatação e aparelhos de apoio. A alteração do contrato a partir de 2013 é de responsabilidade da gestão seguinte, conforme auditoria da Controladoria do Município em 2016.

ALEXANDRE GAJARDONI, assessor de imprensa do PSD (São Paulo, SP)

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PARTICIPAÇÃO

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