Folha de S. Paulo


Votação na Câmara foi farsa que de nada serviu ao povo, critica leitor

DENÚNCIA CONTRA TEMER

Alheia à crítica situação nacional, a classe política dedicou-se, durante meses, a negociar a denúncia contra Temer. Mais uma vez tivemos de assistir ao espetáculo constrangedor de uma votação num cenário digno de um jogo de futebol. Quanto custou e de que serviu ao povo essa farsa com cartas compradas? País parado, conluios e cambalachos descarados. Só nos resta o consolo duvidoso de vermos comprovado o nível rasteiro dos nossos "representantes".

FERNANDO PACINI, economista (São Paulo, SP)

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A Folha precisa urgentemente rever o vocabulário que aplica àqueles que votaram contra Temer. Do contrário, fica parecendo que está a favor desse governo. A maioria dos brasileiros apoia a saída do presidente. Os que estão contra ele não são infiéis ou traidores. São, pelo contrário, dos poucos que não cederam às pressões externas e votaram com sua consciência. Gostaria de vê-los tratadas com mais consideração pelo jornal.

LISA C. VASCONCELLOS (Belo Horizonte, MG)

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Eis então a vitória que Temer comprou com nosso dinheiro. Mas, talvez, melhor isso que os discursos mentirosos de Lula a seus futuros eleitores, que não reconhecem a enroscada em que ele e o PT nos meteram.

FRANCISCUS D'HANENS (São Paulo, SP)

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Gostaria de concordar com o otimismo do leitor Mauro Machado Gonzaga, que afirma que diremos não aos que disseram sim a Temer. Como na velhinha da história, que chorava quando morreu o rei malvado, já vi muitas críticas aos políticos, mas o povo reelege os mesmos ou equivalentes, e continua resmungando e sonhando.

CARLOS BRISOLA MARCONDES (Florianópolis, SC)

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Justifico a apatia e o desânimo do brasileiro, que, independentemente da rejeição a Temer, não saiu às ruas. Nosso grito não se faz ouvir pelos nossos indignos representantes, preocupados que estão em receber cargos e verbas. O jornal alemão "Der Tagesspiegel" reproduz a citação de um anônimo de cuja opinião compartilho: "Se Dilma Rousseff tivesse somente a metade da sede de poder e da degeneração moral de Michel Temer, ela ainda estaria no poder". É assim desde Sarney...

ÂNGELA LUIZA BONACCI (Pindamonhangaba, SP)

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PRIVATIZAÇÕES

Lamentável que o prefeito João Doria (PSDB) queira privatizar 107 parques municipais, o estádio do Pacaembu, o autódromo de Interlagos, o Anhembi, 22 cemitérios, 29 terminais de ônibus e a gestão do Bilhete Único. De mão beijada, Doria irá se desfazer do patrimônio público, que pertence à cidade e a todos os paulistanos. Seu projeto de "desestatização"é um engodo, um claro prejuízo para a cidade e para os cidadãos.

RENATO KHAIR (São Paulo, SP)

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LUIZ MELODIA

Com a morte de Luiz Melodia, o Brasil perde sua preciosa pérola negra e vê interrompida uma parte importante da melodia de que tanto necessita nestes tempos desarmoniosos. Descanse em paz, Luiz.

PAULO ROBERTO GOTAÇ (Rio de Janeiro, RJ)

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Grande artista brasileiro. Há pouco foi Belchior, agora, Melodia. Tempos bicudos!

EDEMAR GONÇALVES (Jaru, RO)

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Perdemos um grande compositor e um magnífico intérprete da nossa MPB. Eu era fã desde seu primeiro LP. Saudades!

ANTONIO ROBERTO SANTOS NETO (Pomerode, SC)

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Luiz Melodia, pérola rara, voz inconfundível e grande presença de palco.

RUY HUMBERTO GODOY DE MESQUITA (Jaboatão dos Guararapes, PE)

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NEYMAR NO PSG

Muitas pessoas estão criticando Neymar por ter ido para o PSG. Gostaria de perguntar a qualquer brasileiro o que faria se estivesse no lugar dele. Deixem o menino jogar. É um craque e ganha seu dinheiro por seu talento, seu mérito, diferentemente do que vemos na política brasileira.

IZABEL AVALLONE (São Paulo, SP)

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COLUNISTAS

Normalmente discordo de Reinaldo Azevedo, mas gosto de ler o que escreve. Desta vez, no entanto, ele radicalizou: faz a mais apaixonada defesa das cenas de corrupção explícita que garantiram a permanência de Temer. Esconde sua defesa da roubalheira atrás de uma suposta "realpolitik". Basta olhar seu blog nos dias do governo Dilma. Ali, esse tipo de postura era demonizada.

VANDERLEI VAZELESK (Rio de Janeiro, RJ)

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Concordo com Reinaldo Azevedo que a política não é de santos ou demônios e que os que demonstram surpresa com o que ocorreu ou são ingênuos ou são hipócritas. Por outro lado, a barganha dos ilustres deputados, ainda que em alguns casos com boas intenções, foi feita para negar o andamento de uma investigação. O colunista, que sempre posou de arauto da legalidade à época do impeachment, sem se preocupar com a ameaça às instituições, hoje assumiu sua parcialidade.

LUIZ DANIEL DE CAMPOS (São Paulo, SP)

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BEBIDAS AÇUCARADAS

O estudo realizado pelo Inca é amplo e não trata apenas de "bebidas açucaradas". A obesidade é uma doença multifatorial. Suas causas, como sedentarismo, genética e alimentação não balanceada, precisam ser enfrentadas com a seriedade que o problema exige. A preocupação com uma alimentação saudável pautou e sempre pautará as ações da indústria brasileira de bebidas não alcoólicas, sempre aberta e atuante no diálogo com o Ministério da Saúde.

ALINE SANROMÃ, assessora de imprensa da Associação Brasileira das Indústrias de Refrigerantes e de Bebidas não Alcoólicas (Abir) (Brasília, DF)

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