Folha de S. Paulo


Leitores debatem possibilidade de instaurar o parlamentarismo no Brasil

PARLAMENTARISMO

Salutar e importante é a possibilidade do parlamentarismo no Brasil, um modo de o povo se envolver mais na importante eleição para o Poder Legislativo, atualmente coadjuvante frente à eleição presidencial. Como disse uma vez Ives Gandra, melhor a governabilidade sem prazo do que a "não-governabilidade" com prazo.

NATHAN LORENZETTI (Araraquara, SP)

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Parlamentarismo, com nosso atual sistema político, seria o mesmo que sacramentar a escolha do pior entre piores, apoiado por todos –decisão sem volta. Há mudança rápida do personagem, mas não do processo. O parlamentarismo requer aprimoramento do sistema de escolha, com aplicação de filtros para valer (como ficha limpa, punição partidária, expulsão da vida pública etc.), ou seja, um Congresso depurado.

BAYARDE CAMARGO (Brasília, DF)

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Contrário ao populismo barato presente no presidencialismo da América do Sul, o parlamentarismo existe faz tempo na Europa e nos países civilizados. Crises, quando existem, são resolvidas em uma semana, com providências rápidas como mudança do chefe de governo ou até mesmo dissolução do Parlamento para novas eleições. Resta explicar ao povão as vantagens do regime parlamentarista antes de inventarem outro plebiscito. Duvido que essa casta podre de políticos vá aceitar essa mudança.

VICTOR CLAUDIO (São Paulo, SP)

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Sem reforma eleitoral não há possibilidade de implantar o parlamentarismo. Ou alguém acha que devemos entregar o governo na mão dos caciques tabajaras que existem hoje no país?

CLEOMAR PESTILLI DA SILVA (São Paulo, SP)

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ENTREVISTA COM HADDAD

Respondendo à leitora que pergunta a quem interessa a opinião do ex-prefeito de São Paulo Fernando Haddad, respondo que interessa a quem, sem preconceitos ideológicos ou partidários, quer conhecer a opinião de pessoas realmente interessadas em debater ideias e propostas para a política de nosso país. É bom lembrar o que tivemos por longo tempo Aécio Neves como colunista e também uma entrevista de página inteira com o investigado Michel Temer. Democracia é isso.

JOSÉ AMADEU PIOVANI (São Paulo, SP)

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REPATRIAÇÃO DE RECURSOS

No Brasil, infelizmente, há divergências de opinião em uma mesma repartição. São essas e outras que fazem da incerteza a matéria-prima do atraso. Prova disso é que a Receita Federal tem multado contribuintes que aderiram ao programa de repatriação. Acredito que o repatriamento de capitais, cuja tramitação acompanhei, junto ao Congresso Nacional, pode ser afetado por questões de interpretação.

HENRIQUE NELSON CALANDRA, desembargador aposentado do Tribunal de Justiça de São Paulo (São Paulo, SP)

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COLUNISTAS

O sempre brilhante Hélio Schwartsman aponta uma incongruência do prefeito Doria, que prega apoio à livre iniciativa, mas agiganta o Estado com regulações ineficientes, inócuas e inadequadas. Infelizmente, o prefeito não está sozinho: a classe política, apoiada em um funcionalismo cada vez mais paquidérmico, acredita que governar é criar mais regras. Esquecem que a função do Estado é servir à população, com o menor custo possível.

RICHARD DUBOIS (Brasília, DF)

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Em respeito aos leitores da Folha, é preciso esclarecer ao colunista Hélio Schwartsman que São Paulo, assim como outras grandes cidades do mundo, adotou a regulação dos aplicativos de trânsito para garantir a segurança dos usuários e dos motoristas das empresas credenciadas. A medida exige do prestador um serviço de qualidade, em contrapartida do uso do viário público. Medieval, ou até mesmo primitivo, seria uma administração pública que não adotasse essas medidas em favor da cidade e dos usuários de aplicativos.

EDUARDO GUEDES, coordenador de imprensa Secretaria Municipal de Mobilidade e Transportes (São Paulo, SP)

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Nabil Bonduki, candidato derrotado a vereador pelo PT, insiste em desrespeitar os leitores da Folha e usa a sua coluna para fazer campanha partidária contra a atual gestão municipal. Dessa vez, insinua que o acordo —ainda em construção, ressalte-se— para resolver o impasse a respeito do parque Augusta envolve relações promíscuas e pouco transparentes. A gestão do prefeito João Doria não incorre em práticas habituais do partido ao qual pertence Bonduki. O articulista omitiu de propósito que a solução está sendo negociada com a participação e supervisão do Ministério Público ("De olho no parque Augusta", "Opinião", 18/7).

FÁBIO SANTOS, secretário especial de Comunicação da prefeitura (São Paulo, SP)

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RESPOSTA DO COLUNISTA NABIL BONDUKI - O artigo não insinua nada; alerta a opinião pública para a exigência de licitação na venda de um bem municipal, que não pode ser negociado com um único interessado. É o secretário que insiste em partidarizar um debate importante para a cidade.

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Doria começou deixando em seus eleitores uma imagem muito positiva. Agora, com a falta de compromisso em resolver os principais problemas da cidade (fazendo referência ao estado das nossas ruas e calçadas), sua figura está se tornando uma decepção muito grande.

PAULO TORRES (São Paulo, SP)

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Falo, com certeza em nome de vários pais, que ficaremos "chorando na porta da escola" sem suas sábias orientações, Rosely Sayão.

CLAUDIA F. DE ALMEIDA MOURA (São Paulo, SP)

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As terças-feiras ficarão menos interessantes sem Rosely Sayão.

MARIA INÊS PARDINI (Botucatu, SP)

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A ausência de Rosely Sayão será sentida por todos os que se preocupam com a educação brasileira. Há duas décadas, ela participou conosco da coletânea "Na Escola "" Alternativas Teóricas e Práticas". Nossos votos de que Rosely prossiga seu dedicado labor pedagógico e de que o jornal mantenha a qualidade educativa de sua coluna, às terças-feiras.

ANTÔNIO LUIZ GOMES (Jundiaí, SP)

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As despedidas nos acompanham desde sempre. Fazem de nossa realidade a lembrança de que tudo é finito, deixando sempre os porquês em cada adeus. Os apegos efêmeros ficam entre as saudades, assim como os esquecimentos. Vamos sentir sua falta, querida Rosely Sayão.

TEREZINHA DIAS ROCHA (São Paulo, SP)

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CRISE NA VENEZUELA

Maduro já está podre. Passou do ponto. Sá falta cair, e que caia logo.

FERNANDO FABBRINI (Belo Horizonte, MG)

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PARTICIPAÇÃO

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