Folha de S. Paulo


Polícia Federal e STF brincam de 'prende-e-solta', diz leitora

GEDDEL PRESO

Amanhã Geddel estará solto. Quem quer apostar?

FIDELCINO GONÇALVES (Cruzeiro do Oeste, PR)

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A Polícia Federal e o Supremo Tribunal Federal brincam de prende-e-solta. A PF prende, um ou dois dias depois alguém do STF manda soltar. Nós nem sabemos mais quem está preso e quem está solto.

REGINA ULHÔA CINTRA (São Paulo, SP)

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Enquanto a PGR (haja bambu, doutor Janot), juizados de primeira instância, os TRFs e alguns membros do colegiado do TSE trabalham firmes no combate à corrupção, o STF se transforma numa festiva quermesse com as benevolentes ações entre amigos. Tempos estranhos, ministro Marco Aurélio, tempos muito estranhos!

CARLOS ALBERTO BELLOZI (Belo Horizonte, MG)

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DATAFOLHA

O problema é a confusão ideológica dos próprios partidos. O PT, supostamente de esquerda, governou em aliança com setores da direita, algumas deploráveis. Lula e Dilma criaram o Bolsa Família para os pobres e o "Bolsa BNDES" para megaempresários. E foi o PT que colocou o conservador Temer como vice. Já o PSDB se diz social-democrata, mas é neoliberal privatista. Pediu a cassação da chapa Dilma-Temer, mas ora apoia Temer, ora não apoia.

HENRIQUE CAVALLEIRO (Brasília, DF)

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A direita teve um problema de análise de conjuntura durante o processo de impeachment e principalmente depois dele. Não levou em consideração que parte da esquerda havia abandonado o PT devido aos seus métodos de governo. Isso viabilizou popularmente o impeachment. O programa posterior ("vamos eliminar a esquerda") deu resultado contrário: reaglutinou a esquerda. E o PT, sem a arrogância de ser governo, tornou-se mais palatável.

JOSÉ RICARDO BRAGA (Brasília, DF)

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Esse papo de que não existe nem esquerda nem direita e que tudo está se relativizando é conversa mole para boi dormir. As duas ideologias permanecem ativas como visões de mundo e de sociedade. No Brasil, não houve nenhum governo de direita até hoje (não confundir direita com regime militar). No entanto tivemos sempre governos socialistas (sejam fabianos, marxistas ou nacionalistas). O povo? Basta dar mortadela que o povo vota.

EDUARDO LEIVAS BASTOS (Novo Hamburgo, RS)

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Penso que a pesquisa é falha porque não perguntou ao eleitor se ele reconhece algum partido de esquerda dentre os que governaram o país após o regime militar. A resposta provavelmente seria a de que nenhum partido de esquerda governou desde então, porque a população já percebeu que o PT só diz que é de esquerda para iludir os jovens idealistas e os professores engajados. Aliás, o PT, para ser coerente, deveria mudar seu nome para Partido das Empreiteiras ou Partido dos Banqueiros.

NELSON VIDAL GOMES (Fortaleza, CE)

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Nunca vi reportagem tão tendenciosa e fora da realidade. Quem falou que a direita é intolerante a homossexuais e acha que o povo é preguiçoso? O único item correto é que a direita quer mesmo menos Estado na sua vida. O resto é bobagem do Datafolha.

MARCO ANTONIO GODOY PEREIRA (São Carlos, SP)

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REFORMA POLÍTICA NA FRANÇA

Excelente a proposta de reforma política apresentada pelo presidente da França, Emmanuel Macron. A diminuição do número de parlamentares provoca redução de custos na campanha e nos gastos do Parlamento. A restrição à reeleição para o Legislativo permite maior renovação política. A introdução de mecanismos de eleição proporcional corrige as distorções do voto distrital puro em dois turnos. Há claro um equilíbrio entre representatividade e governabilidade ao buscar maior eficiência do sistema político-eleitoral.

LUIZ ROBERTO DA COSTA JR. (Campinas, SP)

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AÉCIO NEVES

O ministro Marco Aurélio Mello, a quem admiro por sua ponderação, surpreendeu-me com seus exagerados elogios a Aécio Neves. Para mim, só faltou ele dizer que votou no tucano para a Presidência da República!

JASSON DE OLIVEIRA ANDRADE (Mogi Guaçu, SP)

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DELFIM NETTO

O poder privado sempre disse a última palavra neste país, daí a enorme desigualdade. Delfim Netto continua lúcido, competente e nos ensinando muito. Muito boa a entrevista!

MARIA JOSÉ F. AMARAL (São Paulo, SP)

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COLUNISTAS

Entendo o ponto de vista do colunista Luiz Felipe Pondé, porém, quando o vejo expor esses pensamentos também me pergunto se não há paixões ocultas por trás de tanto pessimismo. O amor sempre foi exceção, ainda mais quando tratamos de dinheiro, mas ele existe. Graças a Deus ainda há filhos que amam seus pais e que podem cuidar deles, pessoalmente ou não, de acordo com a situação de cada um. Triste a visão do articulista, embora concreta.

RODRIGO RIBEIRO DA SILVA (São Paulo, SP)

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Sobre a coluna de Eduardo Scolese, é a mais pura verdade que o futebol moderno afasta pobres e negros dos estádios. O grande marco dessa separação foi o fim da geral do Maracanã, em 2005. Tão bom quanto assistir a um FláxFlu pela TV era acompanhar a festa do povão na geral. De lá para cá, o futebol brasileiro seguiu o mesmo caminho da alegria associada ao esporte: foi minguando, minguando...

MARCELO MELGAÇO (Goiânia, GO)

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A coluna de Cony "Pais e filhos" demonstra que o colunista é mesmo um homem de seu tempo —os anos 1930. Acreditar que berço e origem paterna (aliás, as mães nem para esse fim servem) denotam potencial nobreza de caráter e valor é o tipo de inferência que nos permitiu chegar ao fosso moral dos dias atuais. Que o digam as numerosas famílias de "berço" que sustentam o capitalismo estatal brasileiro —algumas desde os presídios.

CAROLINA MOULIN (Rio de Janeiro, RJ)

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