Folha de S. Paulo


Manter Temer na Presidência é ameaça à estabilidade, diz leitor

GOVERNO ENCURRALADO

Em qualquer país do mundo, exceto nos autoritários, um presidente denunciado por corrupção renunciaria ou seria afastado do cargo. Será que a Câmara, com deputados também denunciados por corrupção, deixará passar a denúncia contra Temer? Como ficará a democracia?

MARIA HELENA BEAUCHAMP (São Paulo, SP)

*

Os brasileiros precisam entender que a maior ameaça à estabilidade do país neste momento não é a remoção de Temer do poder, mas justamente a sua permanência nefasta. O PSDB terá na Câmara a sua última chance de exercer algum protagonismo de forma decente. Se erra outra vez, suicida-se como partido.

ANTONIO CAMARGO (São Paulo, SP)

*

Rodrigo Janot apresenta, de forma açodada, uma denúncia vazia e completamente desprovida de provas. Ao fatiar as acusações em três partes, o procurador-geral evidencia o desejo de permanecer na grande mídia nos dois meses que lhe restam no cargo. Parece postular um cargo eletivo em 2018, quem sabe o governo de Minas Gerais. Dois pesos e duas medidas, já que o caso Aécio Neves, com provas contundentes, está indo para as calendas.

OSVALDO CESAR TAVARES (São Paulo, SP)

*

Janot deveria denunciar Temer por pedaladas fiscais. Hoje as ruas estariam lotadas de patos amarelos e movimentos "apartidários" com manifestantes de verde-amarelo e narizes de palhaço, ao som ensurdecedor das panelas, com a mídia exigindo a renúncia com base em pedido de impeachment escrito por juristas, todos inflamados pelos discursos moralistas do PSDB e do DEM, o que levaria o Congresso a cassá-lo em nome de Deus, da família e da moral. Como foram denúncias por corrupção, sumiram todos.

CRISTIANO PENHA (Campinas, SP)

*

Todos se jactam de que as "instituições estão funcionando". Porém o Executivo insinua que a Procuradoria-Geral da República se corrompeu; esta, por sua vez, demonstra que houve corrupção na Presidência da República. Já o TSE absolveu a dupla eleita de forma absurda. Por fim, o Legislativo indica que seguirá a atitude do TSE. Eu pergunto quais instituições estão funcionando. Estão, na verdade, desacreditadas e levando o país ao caos absoluto.

NILTON NAZAR (São Paulo, SP)

*

Brilhante o artigo de FHC. No entanto acredito que o pedido não se realizará por não ser o nosso presidente um estadista. Só os grandes homens têm esse espírito público. A decisão do presidente Temer de renunciar seria, acima de tudo, um ato de coragem, o que falta à maioria dos nossos políticos. É torcer e fazer um movimento popular para que esse sonho se concretize!

LUIZ CARLOS ROSSO (Campo Grande, MS)

*

Por que a opinião de FHC, ex-presidente da República e atual presidente de honra do PSDB, sobre a atual conjuntura política importa tanto para a Folha? Talvez parecesse mais apartidário, justo, prudente e coerente se a situação fosse analisada também pela ótica dos ex-presidentes Dilma, Lula, Collor e Sarney.

FLÁVIO AUGUSTO SILVA (São Paulo, SP)

-

LAVA JATO

Será que alguém ainda tem dúvidas sobre a parcialidade, a arrogância e a prepotência de Sergio Moro depois que ele quebrou todas as regras jurídicas ao conceder a Renato Duque, condenado a 62 anos de prisão, uma pena de apenas cinco anos, desde que ele faça acordo de delação? A reportagem "Moro dá incentivo para ex-diretor da Petrobras delatar" ilustra bem quem é o nosso magistrado.

FLÁVIO FONSECA (Mendes, RJ)

-

UM MUNDO DE MUROS

A primeira edição da série "Um mundo de muros" ficou muito boa. A Folha acertou no tema e eu estou ansioso para a chegada do próximo texto. É triste ver os mexicanos passando por isso, é triste ver os Estados Unidos tão intolerantes e é revoltante saber que tudo isso aconteceu porque os americanos "roubaram" a parte mais rica do México em um guerra bizarra. Trump deveria olhar para a história e rever seus pensamentos, assim como deveriam fazê-lo todos os americanos preconceituosos.

DAVID C. FUGAZZA (São Paulo, SP)

-

DATAFOLHA

Lula, o Maluf da esquerda, vai declinar como declinou seu "espelho": iniciará a campanha com um monte de votos, mas eles serão insuficientes para ganhar uma eleição em dois turnos.

PAULO DELLA VEDOVA (Mogi das Cruzes, SP)

-

SEMÁFOROS

A mesma edição em que Rosely Sayão promove a necessidade de "devolver nossas crianças à cidade" alerta para a ausência de contrato de manutenção de semáforos na cidade de São Paulo. Paradoxalmente, a triste paralisia em termos de gestão pública que assola o Brasil transformou nossas ruas em ambiente hostil para adultos e, sobretudo, para crianças.

ALAN ROGER SANTOS SILVA (Piracicaba, SP)

*

Depois da mudança no vestuário da CET, São Paulo percebe que está há seis meses sem semáforos, pois os cones são mais baratos. A fuga de potenciais eleitores do prefeito Doria mostra em que barca furada o paulistano entrou. É a nova velha geração de políticos.

RODOLFO LUIZ DO NASCIMENTO (Blumenau, SC)

-

COLUNISTAS

Em sua análise superficial e simplista, Nabil Bonduki generaliza histórias malsucedidas de emigração, usando apenas o Japão como exemplo. Emigrantes brasileiros colecionaram sucessos e fracassos em suas empreitadas em diversos países. Quanto à "terra abundante, recursos naturais fartos", sabemos disso desde o ensino fundamental. Nem por isso conseguimos até agora nos tornar uma sociedade bem-sucedida. Limitar a responsabilidade pelos males do país a uma elite sonegadora é um argumento no mínimo desonesto.

BENJAMIN WAINBERG (São Paulo, SP)

-

PARTICIPAÇÃO

Os leitores podem colaborar com o conteúdo da Folha enviando notícias, fotos e vídeos (de acontecimentos ou comentários) que sejam relevantes no Brasil e no mundo. Para isso, basta acessar Envie sua Notícia ou enviar mensagem para leitor@grupofolha.com.br


Endereço da página:

Links no texto: