Folha de S. Paulo


PSDB produz discurso sem sentido sobre Temer, afirma leitor

Renato Costa/Folhapress

PSDB NO GOVERNO

O establishment ainda não se decidiu sobre afastar o presidente Michel Temer. Resta a seu porta-voz na política, o PSDB, tergiversar sobre o assunto, produzindo um discurso sem sentido. Vemos que eles ainda não saíram, mas já deixaram o governo. FHC atravessa o rio a nado, mas ainda não pulou da pinguela. Nenhum alto tucano apoia o presidente, mas deixar o ministério é um detalhe irrelevante. Aécio Neves foi afastado do Senado, mas continua atuando como um senador.

ALBERTO MELIS BIANCONI (Brasília, DF)

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Existem coisas difíceis de entender. Tasso Jereissati defende publicamente a saída do PSDB do governo, a maioria resolve ficar, mas ele continua presidente do partido? Seria como David Cameron continuar premier do Reino Unido depois do "brexit".

JOSÉ CLÁUDIO (Rio de Janeiro, RJ)

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Ao discorrer sobre o apoio do PSDB às reformas, a Folha atribui ao governador Alckmin preocupação com as eleições de 2018. No exercício de adivinhação, ignora as únicas razões que importam. Em São Paulo, a arrecadação do ICMS teve queda de 9,6% em 2016. Este ano mostra melhora, com queda de 1%. Isso permite ao governo suprir serviços e realizar as obras de que os paulistas necessitam. O desejo de preservar a retomada da economia —e de devolver esperança a 14 milhões de desempregados— é o que motiva o governador.

PEDRO TOBIAS, presidente estadual do PSDB-SP (São Paulo, SP)

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MICHEL TEMER

Além das mínimas condições e da dignidade necessárias para o cargo, falta ao atual presidente da República pelo menos uma gota de coragem para assumir seus deslizes e crimes decorrentes de corrupção. Vaidade e interesses fazem com que Michel Temer ocupe uma posição da qual ele já deveria estar afastado há muito tempo.

MARCOS SERRA (Porto Alegre, RS)

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DELAÇÕES

A Folha não checou os supostos termos do depoimento prestado por Duda Mendonça à Polícia Federal com os prestados por 77 diretores da Odebrecht. Estes mencionaram 415 políticos e uma grande quantidade de empresas como destinatários de suas doações. Baleia Rossi e seus familiares não estão entre eles. Os depoimentos da Odebrecht foram homologados pelo Supremo Tribunal Federal. Os de Duda Mendonça foram desconsiderados pelo Ministério Público Federal.

BALEIA ROSSI, deputado federal (PMDB-SP) (São Paulo, SP)

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EDSON FACHIN

Como é mencionado na coluna de Elio Gaspari, o ministro Edson Fachin deve uma explicação aos brasileiros a respeito das informações de que teria participado de jantares e voos com o empresário Joesley Batista, da JBS. Mais grave, que para cabalar votos no Congresso visando a sua indicação ao STF tenha levado a tiracolo o sabujo de Joesley, Ricardo Saud. Como guardião da Lava Jato, ele tem a obrigação de esclarecer se as notícias são falsas.

JOSÉ SALLES NETO (Brasília, DF)

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COLUNISTAS

Caro Roberto Dias, sua coluna merece ser divulgada sobretudo pelo último parágrafo: quem não entende os riscos e oportunidades escondidos no turbilhão do presente não vai encontrar um rumo para o futuro. Como ocorreu com Kodak e Polaroid; e está ocorrendo com o Brasil.

CRISTOVAM BUARQUE, senador (PPS) (Brasília, DF)

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Neste emaranhado de cinismo que a classe política e alguns "juristas" demonstram para nós, brasileiros, dá gosto descobrir o jornalista Marco Aurélio Canônico. Primeiro, há algumas semanas, uma reportagem sobre Arnaldo Baptista. Nesta quinta, a homenagem a Paulinho da Viola e Marisa Monte. Emocionou-me sua mensagem de amor à vida. Parabenizo a Folha por escolher jornalistas como ele, Marcelo Coelho e muitos outros ("Paulinho e Marisa", "Opinião", 15/6).

BETINA SCHÜRMANN, professora aposentada da UnB (Brasília, DF)

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Muito feliz o artigo de Contardo Calligaris sobre a necessidade de compreensão que deve cercar os idosos. A geração adulta atual deve muito a eles em dedicação e solidariedade. O interesse oriental pelos antepassados precisa ser cultivado ("O desejo dos idosos", "Ilustrada", 15/6).

MARIA JOSÉ FERRAZ DO AMARAL (São Paulo, SP)

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CEMITÉRIOS

Sobre Doria prevê cobrar taxa por jazigos em plano de concessão de cemitérios, esclarecemos que não é correto utilizar os dados de 2015, pois a manutenção dos cemitérios era feita com contratos da ata da Secretaria do Verde e Meio Ambiente. Depois de liberado pelo TCM, realizamos nova licitação em 2015 e os custos caíram 45%. Com isso, o Serviço Funerário Municipal saiu da situação de deficit e equilibrou suas finanças a partir de 2016. Estranhamos que os dados referentes a 2016 não estejam disponíveis.

SIMÃO PEDRO, ex-secretário municipal de Serviços, e LÚCIA SALLES, ex-superintendente do SFMSP (São Paulo, SP)

RESPOSTA DO JORNALISTA ROGÉRIO GENTILE

A reportagem não disse que o Serviço Funerário é deficitário. Afirmou, sim, que os cemitérios citados estavam deficitários em 2015, informação que consta de planilhas fornecidas por técnicos da gestão Haddad.


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