Folha de S. Paulo


Gilmar agiu politicamente ao ignorar provas contra Temer, afirma leitor

Marlene Bergamo/Folhapress
O ministro Gilmar Mendes durante julgamento no TSE

GILMAR MENDES

O presidente do Tribunal Superior Eleitoral, ministro Gilmar Mendes, agiu politicamente e contra suas próprias palavras quando ignorou as provas irrefutáveis contra o presidente Michel Temer para não lançar "o país num quadro de incógnita". Com isso, ele próprio agravou ainda mais a crise política. Juízes, juízo!

LUIZ DALPIAN, professor (Santo André, SP)

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A entrevista com o ministro Gilmar Mendes falhou ao evitar perguntas incômodas. Deixou que ele adotasse um discurso institucional, dando-lhe a oportunidade de demonstrar uma falsa imparcialidade e de acusar seus colegas, de maneira nada elegante. Por que o magistrado mudou de ideia com relação à admissibilidade das provas que ele mesmo exigiu que fossem coletadas anteriormente? Essa e outras perguntas não foram nem ao menos feitas.

LUIZ DANIEL DE CAMPOS (São Paulo, SP)

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O ministro Gilmar Mendes, na posição de juiz, tem que julgar e tomar decisões a partir de fatos, levando em consideração todas as fontes e evidências. Não cabe a ele considerar a decisão do tribunal benéfica ou prejudicial ao país.

EDUARDO BAUER (São Paulo, SP)

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Pode-se discordar, mas quem ocupa posições importantes, cedo ou tarde, tem que tomar decisões que implicam engolir sapos. Aqui se cometeu um ato moralmente reprovável, defensivamente, para evitar um mal maior que seria a instabilidade social e política. Isso não deveria comprometer a reputação dos ministros, pois todos já provaram que são pessoas dignas.

CLOVES OLIVEIRA (Valinhos, SP)

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Solicitamos à Folha que também faça uma entrevista com o ministro do Tribunal Superior Eleitoral e relator do processo, Herman Benjamin, para que possamos comparar as respostas.

MARIA ELIANA MATOS DE FIGUEIRE (Recife, PE)

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DENÚNCIA CONTRA TEMER

Após o frustrante julgamento de cassação da chapa Dilma-Temer na Justiça Eleitoral, as atenções se voltam para a denúncia contra Temer a ser oferecida pelo procurador-geral da República. O STF tem entendido, no caso de governadores, que não há necessidade de prévia autorização das Assembleias Legislativas para abertura da ação penal. Espera-se o mesmo entendimento em relação ao presidente.

YVETTE KFOURI Abrão (São Paulo, SP)

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MEIO AMBIENTE

Em que pesem as considerações do editorial "Retrocesso ambiental" e a "Carta aberta ao presidente Temer", de Israel Klabin, o futuro do verde no Brasil é cinza. A cambaleante situação política do país está abrindo espaços para mais um retrocesso, em área na qual um certo avanço havia acontecido, com equilíbrio entre desenvolvimento e preservação.

ADILSON ROBERTO GONÇALVES (Campinas, SP)

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O Brasil não pode apequenar-se diante da responsabilidade que lhe cabe quanto à proteção do meio ambiente. O presidente Temer tem que agir com determinação e vetar as alterações promovidas pelo Congresso nas medidas provisórias 756 e 758. Não só para honrar o Acordo de Paris (2015) como —e principalmente— para proteger o nosso acervo florestal e ambiental. Temos que ocupar verdadeiramente e com responsabilidade o nosso papel de protagonista nessa luta sem cores e interesses partidários.

VALDIR FERRAZ DE OLIVEIRA (Santana de Parnaíba, SP)

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POPULISMO

Ótima a coluna de Luiz Felipe Pondé. O populismo é um enorme risco em democracias, e o Brasil, hoje, é um país extremamente suscetível à eleição de um populista. Aliás, ficarei surpreso se isso não acontecer nas próximas eleições presidenciais.

RODRIGO CAMPOS (São Paulo, SP)

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CRACOLÂNDIA

O resultado da pesquisa Datafolha nos diz que os usuários de crack são abordados mais pela polícia do que por agentes de saúde e assistentes sociais. Esses números demonstram que a solução para o grave problema da cracolândia está longe.

JOÃO ANTONIO MICHELETTI, médico (Santos, SP)

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A diretoria do Conseg acompanhou a ação conjunta da PM, GCM e Polícia Civil na praça Princesa Isabel e só tem a elogiar o profissionalismo das forças de segurança, que inclusive salvaram três dependentes químicos do fogo ateado nas barracas. No local, onde centenas de dependentes químicos viviam sem a mínima higiene e sujeitos à exploração de meliantes, a situação era caótica, inaceitável e insuportável para moradores e comerciantes. A comunidade espera a continuidade dessa ação, inclusive em outros locais da cidade.

JOSÉ GERALDO SANTOS OLIVEIRA, presidente do Conselho de Segurança de Campos Elíseos, S. Cecília, Barra Funda e Higienópolis (São Paulo, SP)

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