Folha de S. Paulo


Decisão do TSE não faz justiça, diz leitor

JULGAMENTO NO TSE

Os que julgávamos o ministro Joaquim Barbosa enérgico fomos agora apresentados ao ministro Herman Benjamin, dono de lógica implacável e que não pratica as grosserias que caracterizavam Barbosa. A decisão a favor da chapa Dilma-Temer não é fazer justiça, é apenas compadrio.

LUIZ CARLOS DE SOUZA (São Paulo, SP)

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Em 2015, o TSE aprovou o aprofundamento da investigação da chapa Dilma-Temer e o contribuinte pagou por esse trabalho, que revelou fluxo de propina para a campanha de 2014. Agora, parece que a maioria do TSE quer jogar no lixo todo o trabalho investigativo e invalidar o que antes havia sido validado. Saibam, meritíssimos, que o eleitorado brasileiro vê com clareza a manobra na mais alta corte eleitoral para salvar Temer.

LICA CINTRA (São Paulo, SP)

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Infelizmente, a Justiça do Brasil não é confiável. Mesmo com todas as evidências e provas, Temer vai continuar presidente até dezembro de 2018. Vai ficar tudo como está, corruptores na cadeia e corruptos políticos soltos. Sem uma Justiça confiável, não há solução.

MARILTON DE CARVALHO (Feira de Santana, BA)

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O que temos visto até aqui no julgamento do TSE provoca-nos, além do gosto amargo da impunidade, questionamentos acerca da existência de tal tribunal. À exceção dos ministros Herman Benjamin, Luiz Fux e Rosa Weber, que se portam com a dignidade e qualificação para o cargo, os demais ficarão na história como defensores dúbios do status quo político.

TOYOMI ARAKI (São Paulo, SP)

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Que descaramento o de Gilmar Mendes! Para derrubar Dilma, alegava que não poderíamos entregar o Brasil a um bando de ladrões. Agora, nega validar as evidências contra quem está no Planalto! Será que os ministros não receiam despertar a ira da população com tanta desfaçatez?

MÁRIO SÉRGIO DE MELO (Ponta Grossa, PR)

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Haveria a necessidade de todo esse teatro desenvolvido pelo Tribunal Superior Eleitoral, onerando ainda mais o Estado brasileiro, se todos os atores sabiam antecipadamente em quem iriam votar?

ROSA LINA KRAUSE (Timbó, SC)

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O julgamento no TSE é basicamente uma disputa de egos no tribunal e uma disputa de sobrevivência na política. Para o povo brasileiro qualquer resultado já vem fora de hora. Como já é dito: justiça tardia é injustiça.

RODRIGO ENS (Curitiba, PR)

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Com a bancada de advogados travestidos de ministros do TSE, o resultado do julgamento da cassação do presidente golpista não poderia ser outro. Às favas todos os escrúpulos de consciência!

GERALDO TADEU SANTOS ALMEIDA (Itapeva, SP)

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Ao mesmo tempo em que a Lava Jato investiga sobretudo as relações promíscuas entre a política e o alto empresariado, temos um presidente da República que, até agora, só não caiu justamente por causa da relação promíscua com o alto empresariado–a quem, de fato, interessam as reformas que esse mesmo presidente pode viabilizar. Triste sina a deste país.

LEANDRO VEIGA DAINESI (Lorena, SP)

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ELEIÇÕES DIRETAS

Já havia ouvido de João Capiberipe, em pronunciamento no Senado, a defesa de eleições diretas, tendo como argumento a incompetência dos políticos e instituições partidárias para elegerem indiretamente o presidente. Não seria o caso de termos eleições gerais, inclusive para senadores e deputados, para substituir os incompetentes e legitimar o Congresso? É o que pergunto ao ver o artigo "Eleições diretas para superar crise", no qual, novamente, apresenta a solução meia-sola.

PAULO TARSO J SANTOS (São Paulo, SP)

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Desconfigurar a Constituição e desprestigiar o Congresso. Esse é o caminho proposto pelo nobre senador João Capiberibe em seu artigo. Nada mais imediatista e casuístico do que definir um procedimento para um mandato de curtíssimo prazo, que não poderia resultar em nada de bom para um país em chamas, além da conta cara de uma eleição infrutífera.

BRUNO ALVES (São Paulo, SP)

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ACORDO DE PARIS

O presidente Trump colocou uma pulga atrás da orelha dos cientistas que pregam o aquecimento global antropogênico. Será uma ótima oportunidade para que os outros países revejam suas posições e adesões ao Acordo de Paris e questionem os fundamentos da ciência do clima. Ou seja, estudar o que há de verdade e o que há de falácia. E, a partir de premissa verdadeira, fazer escolhas que levem em conta questões mais relevantes para cada país em particular.

JOAQUIM WESTIN LEMOS (Araçatuba, SP)

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DEBATES

O artigo de Fausto Feres enquadra-se perfeitamente no espírito propalado pela seção Tendências/Debates. Infelizmente, conteúdos desse tipo são cada vez mais raros nesse espaço do jornal. Na maioria das vezes o que temos visto ser ali publicado está mais para a propaganda ou noticiário sensacionalista do que para o debate sério e pluralista em torno de grandes problemas brasileiros e mundiais.

JOSÉ MARIA ALVES DA SILVA (Viçosa, MG)

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COLUNISTAS

Magnífico e oportuno o artigo de Ruy Castro "A leitura sem fim". Imagino o benefício para o país se o artigo fosse afixado em todas as sedes do Judiciário. Recomendaria especialmente ao herói do momento, ministro Benjamim, que gasta mais de mil páginas para dar um parecer e consome horas para proferir um voto.

JOSÉ MEIRELLES, médico (São Paulo, SP)

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