Folha de S. Paulo


Vitória de Macron representa esperança para o mundo, diz leitor

Christian Hartmann /Reuters
O presidente eleito da França, Emmanuel Macron, em discurso após anúncio da vitória, na esplanada do museu do Louvre, em Paris
O presidente eleito da França, Emmanuel Macron, em discurso após anúncio da vitória, na esplanada do museu do Louvre, em Paris

Delações

Os exemplos contidos na reportagem, a meu ver, não alteram substancialmente o conteúdo das denúncias arrasadoras feitas pelos delatores da empreiteira. De estranhar seria, ao contrário, se em todos os depoimentos inexistisse qualquer erro, impropriedade ou incongruência. É de se anotar ainda que, num universo de mais de cem pessoas delatadas, apenas são apontados alguns poucos casos de contradição. Estes, de todo modo, deverão ainda ser analisados pelo Ministério Público.

LUIZ COSTA (São Paulo, SP

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Realmente deve haver muita mentira nesses depoimentos. É muito improvável que todos os delatores tenham falado apenas a verdade. O objetivo principal deles é apenas reduzir as penas a que foram condenados. Todas as delações devem ser tomadas como possíveis pontos de apuração, não como provas de culpa. Para clarear essa questão, são fundamentais investigações eficientes.)

EDUARDO GIULIANI (São Paulo, SP)

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Advogados e togados acham que vão jogar graves crimes para debaixo do tapete ao apelarem para formalismo e preciosismo. Numa delação de 77 executivos recompondo o histórico de crimes ocorridos há alguns anos, não haveria de ter algumas divergências? Um ministro do Supremo, sob condição de anonimato, disse que é preciso haver prova cabal. O que ele espera encontrar? Foto de entrega do dinheiro para caixa dois, com recibo autenticando o pagamento de propina? Já existem provas suficientes para comprovar o grande esquema de corrupção no país.

ARTHUR BORGES DA SILVA (Ubatuba, SP)

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A Procuradoria-Geral da República achou que havia encontrado a fórmula de produzir sem ter que trabalhar: prender alguém e esperar que ele entregue os comparsas. Só em países com instituições frágeis uma delação vira prova de culpa. Só investigações rigorosas poderão apontar os verdadeiros infratores desse caso.

ALBERTO MELIS BIANCONI (São Paulo, SP)

PSDB

Em 2018, a renovação ocorrerá, queiram ou não os partidos e seus caciques. Será que não conseguiram entender ainda que a velha política está moribunda, e que os cidadãos não mais a toleram? Haverá uma grande faxina no Congresso e nas representações estaduais; 2016 foi apenas uma prévia do que será 2018. Os que aí estão representam apenas os interesses deles mesmos e dos financiadores de suas campanhas.

ROSÂNGELA BARBOSA GOMES (Salvador, BA)

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O PSDB precisa se posicionar, sair desse marasmo, deixar de ser apenas conduzido pela correnteza. Um ponto é muito importante: esclarecer e demonstrar que dirige as ações baseadas no liberalismo. É preciso explicar para a população as vantagens do liberalismo.

DENIS TAVARES (São Paulo, SP)

ELEIÇÕES NA FRANÇA

A vitória do jovem Emmanuel Macron é também a vitória do bom senso e da esperança, não apenas para a França mas para toda a comunidade internacional. Em um mundo tão conturbado, ninguém precisa de mais extremistas.

LUIZ THADEU NUNES E SILVA (São Luís, Maranhão)

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Macron representa o cosmopolitismo, fronteiras europeias abertas, globalização e o fortalecimento do euro como moeda comum. Entretanto, Marine Le Pen permanecerá como uma sombra até a próxima eleição, por encarnar o nacionalismo, a antiglobalização e a saída da França da União Europeia. Após o fracasso dos governos de direita e de esquerda, o centro, via Macron, é a última esperança contra a ascensão da extrema-direita.

LUIZ ROBERTO DA COSTA JR. (Campinas, SP)

ACIDENTES NO TRÂNSITO

Certamente não se pode responsabilizar apenas o prefeito João Doria por cumprir a medida populista prometida na campanha eleitoral. Nesse caso, a irresponsabilidade cabe também aos motoristas, motociclistas e pedestres pela imprudência e desatenção no trânsito. Tudo isso contribui para o aumento de acidentes e vítimas, fatais ou não, nas "marginais das mortes".

LUIZ RUIVO FILHO (São Paulo, SP)

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A CET informa que adotou todas as ações de segurança e sinalização do Marginal Segura. O número de agentes aumentou 67% e foram instalados 47 painéis eletrônicos, 18 lombofaixas e 900 placas, conforme anunciado em janeiro. A CET adota desde 1979 a mesma série histórica com base nos boletins de ocorrência de acidentes. Até agora, nenhum dos acidentes fatais ocorridos neste ano sugere a velocidade como causa. O estudo da PM usa metodologia diferente e leva em consideração acidentes nas alças de acesso e nas pontes, locais onde não houve readequação de velocidade. Além disso, uma base de dados de apenas dois meses diminui a qualidade da análise.

**Eduardo Guedes*, coordenador de imprensa da CET (São Paulo, SP)

RESPOSTA DOS JORNALISTAS ARTUR RODRIGUES E MARIANA ZYLBERKAN - Como mostrou a Folha, boa parte das promessas não saiu do papel, inclusive a retirada de ambulantes. A CET isenta a velocidade como fator contribuinte dos acidentes fatais sem apresentar nenhum relatório ou estudo sobre as causas.

COLUNISTAS

Os ministros do STF poderiam reservar um momento de suas atribuladas vidas para lerem a coluna de Janio de Freitas. Creio que poderiam tirar dali boas lições.

MARCOS BARBOSA (Casa Branca, SP)

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Parabéns Vinícius Torres Freire! O conteúdo de sua análise é impecável. Sua conclusão foi brilhante e mostrou, com muita propriedade, que o país necessita de uma profunda reforma institucional.

FRANCISCO MACIEL (Recife, PE)

PARTICIPAÇÃO

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