Folha de S. Paulo


Devemos virar a página da corrupção e buscar novo caminho, afirma leitor

LULA

Quem mente : Lula, Renato Duque ou ambos? Está na hora de os investigadores apresentarem provas concretas. A população não aguenta mais tantas trocas de acusações e denúncias vazias. Queremos agilidade e resultados concretos de investigação.

OSMAR G. LOUREIRO (Cravinhos, São Paulo)

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Se todas as denúncias oriundas da Lava Jato apontassem somente o nome de Lula, até se poderia entender a alegação de perseguição defendida por sua defesa. Como são dezenas, talvez centenas, de acusados, tentar argumentar que há um grande complô da Justiça para incriminá-lo é, antes de tudo, mais um delírio de grandeza.

LUÍS ROBERTO NUNES FERREIRA (Santos, SP)

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Ministério Público, Polícia Federal e o juiz Sergio Moro estão de parabéns pelo exímio cumprimento de suas funções. Cada vez são mais robustas as provas a respeito do grande esquema de corrupção que assola o país. Que todos os infratores sejam punidos e tenham seus bens ilícitos confiscados como forma de reparar os danos causados à nação. Precisamos virar esta página e começar um novo caminho para o país.

JOÃO LIMA (São Paulo, SP)

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Todas essas delações devem ser encaradas com ceticismo. Muitas vezes são motivadas por interesses escusos. Condenado em quatro ações penais, totalizando 57 anos de prisão, Renato Duque deve estar desesperado para fechar um acordo que reduza sua pena. Mas fazer acusações não basta. É preciso apresentar provas. Enquanto isso, Lula só cresce nas pesquisas.

PAULO C. PETRASKI (São Paulo, SP)

REFORMA DA PREVIDÊNCIA

O presidente do INSS, Leonardo Gadelha, não emitiu opinião durante todo o processo de construção da proposta de reforma da Previdência. Após retornar de viagem a Nova York paga pela administração pública, e com a promessa de degola do governo, posicionou-se a favor das mudanças . A Anasps, associação que representa os servidores do INSS, repassa seu questionamento: qual foi a participação do presidente Gadelha na construção da proposta?

PAULO CÉSAR RÉGIS DE SOUZA, vice-presidente executivo da Associação Nacional dos Servidores Públicos, da Previdência e da Seguridade Social (Anasps) (Brasília, DF)

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A professora Fernanda Graziella Cardoso está de parabéns por seu artigo sobre Previdência social e as mulheres. A Justiça se faz quando tratamos desigualmente os desiguais. É claro que as mulheres têm o direito de se aposentar antes dos homens. Além dos encargos da maternidade e do serviço doméstico, pesadíssimos, elas ainda estão sujeitas a salários menores em relação aos homens para desempenhar as mesmas funções.

LUIZA NAGIB ELUF, advogada (São Paulo, SP)

GESTÃO DORIA

Confesso que fiquei impressionado com a performance eleitoral e a atitude inicial de João Doria. Cheguei a pensar que poderíamos ter uma nova opção para o país e, quem sabe, resgatar alguns valores perdidos. Agora, contudo, vejo arrogância, personalismo e agressividade. Não acredito em líderes que agridem para se sobrepor ou para atrair simpatias de outros grupos.

CARLOS ALBERTO DE MELLO (São Paulo, SP)

PRESOS PROVISÓRIOS

Os ingredientes para o caos brasileiros estão à vista de todos: uma distribuição de renda tremendamente desproporcional, um Judiciário carecendo de modernização e, por fim, um sistema prisional que encarcera em depósitos

MARCOS MORENNO (Rio de Janeiro, RJ)

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O número excessivo de presos provisórios (221 mil), mantidos atrás das grades antes de sentença definitiva, comprova uma falha grave do Estado brasileiro. Lenta e ineficiente, nossa Justiça descumpre sua finalidade essencial: zelar pelos direitos do cidadão e pelos valores democráticos.

FERNANDO TEIXEIRA (Belo Horizonte, MG)

OPERAÇÃO LAVA JATO

A soltura de José Dirceu foi um ataque frontal e demolidor contra o ministro do STF Edson Fachin, o juiz Sergio Moro e a sociedade brasileira como um todo. Ao decidir pela libertação de Dirceu e de outros envolvidos no esquema, a segunda turma do STF bateu de frente com a Lava Jato e menosprezou a capacidade dos jovens procuradores.

REGINA ATHAYDE (São Paulo, SP)

EDUCAÇÃO

Já que Estados e municípios não podem aumentar a remuneração dos professores, sugiro fazer o seguinte: que os vereadores, sem exceção, passem a ter como pró-labore o salário piso dos professores. Não resolveríamos o problema dos docentes, mas eles ficariam de alma lavada - e também os brasileiros de um modo geral.

IRIA DE SÁ DODDE (Rio de Janeiro, RJ)

DEMOCRACIA

O colunista Helio Schwartsman trata dos problemas da democracia direta, ou seja, de convocar alguns plebiscitos para assuntos mais polêmicos ("Vox populi", "Opinião", 6/4). Com a "elite política" que temos no Brasil, creio que os ganhos seriam bem maiores que as perdas se a população fosse consultada.

NICOLA GETSCHKO (São Paulo, SP)

PARTICIPAÇÃO

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