Folha de S. Paulo


É bom que políticos lembrem que seus cargos não são eternos, diz leitora

REFORMA DA PREVIDÊNCIA

"O número de votos representa o reconhecimento da sociedade", diz o governo. Eu diria que representa a velha prática nefasta do "toma lá dá cá", agora explícita e sem nenhum pudor. Que todos, de todos os partidos, tenham em mente que seus cargos são temporários e que a esmagadora maioria, quiçá a totalidade, nunca mais será eleita para nenhum cargo público depois disso. Não permitiremos. Escolham seu lado, "excelências".

ROSÂNGELA BARBOSA GOMES (Salvador, BA)

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Por mais impopular que esse tema possa ser, é incontestável bater de frente com os fatos. O maior ralo das contas públicas vem da Previdência. O país gasta, em proporção ao PIB, mais que muitos países desenvolvidos. A aprovação do relatório foi a primeira vitória, mas ainda há um longo caminho a ser percorrido.

RICARDO CARVALHO (Diadema, SP)

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Com a proposta da reforma da Previdência transitando na Câmara, pergunto-me se mais uma vez os deputados agirão contra a vontade de seus eleitores, que a eles confiaram a responsabilidade de representá-los, ou se resistirão à pressão exercida pelos governistas. Também reflito sobre todo o dinheiro já desviado durante a história do país e deixo a seguinte questão: a Previdência realmente tem deficit ou mais uma vez a população irá trabalhar para pagar o que não deve? Infelizmente, a resposta todos nós já sabemos.

GUSTAVO HENRIQUE WOMMER (Teutônia, RS)

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OPERAÇÃO LAVA JATO

É pavoroso constatar que o procurador Deltan Dallagnol tem consistentes fundamentos para asseverar que "José Dirceu recebeu tratamento diferenciado". O mínimo que se espera do Poder Judiciário é que aplique a lei igualmente para todos.

MIKE LOPES MOREIRA (São Paulo, SP)

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Parece que Dirceu é o verdadeiro herói nacional. Telefonemas de solidariedade, refeições com acompanhantes, manifestações políticas etc. Mas é tudo provisório, pois o fim é a prisão.

MANOEL PASSOS (Brasília, DF)

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É crueldade expor com tanto destaque para os inimigos políticos e linchadores de plantão um momento de descontração. Qual o propósito? Por acaso José Dirceu não pode se reunir com amigos e comemorar sua liberdade? Isso é linchamento midiático.

PAULO SÉRGIO CORDEIRO SANTOS (Curitiba, PR)

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Pode-se criticar a postura do ministro Gilmar Mendes no Supremo Tribunal Federal, mas, ao decidir a favor de José Dirceu, ele foi racional e juridicamente correto. Apontou que em dois anos o Tribunal Regional Federal ainda não tinha julgado o ex- ministro. Se esse julgamento já tivesse ocorrido e tivesse sido confirmada a condenação em primeira instância do juiz Sergio Moro, não teria ocorrido agora a concessão da liberdade. Que a soltura sirva de lição para que o TRF seja menos moroso em seus julgamentos.

PEDRO VALENTIM (Bauru, SP)

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Espero que não faltem tornozeleiras para atender às possíveis demandas do STF, nosso guardião da Constituição e da democracia.

DOUGLAS JORGE (São Paulo, SP)

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Fantástica a charge de Benett. Diz tudo sobre o "supremo" Gilmar Mendes.

ANAMARIA MOLLO DE CARVALHO (Brasília, DF)

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AGRESSÃO DA GCM

A vida dos que vivem na pobreza é realmente insuportável. São desprezados pelo poder público, são expostos às piores situações, estão sempre famintos e ainda são agredidos por pessoas que deveriam protegê-los. Tais cenas devem ser colírio para os olhos dos políticos, dos representantes dos direitos humanos e da própria sociedade, que se acovarda diante de tais situações.

ALCINO CAETANO DE SOUZA (Goiânia, GO)

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Ao atirar ao chão um indefeso morador de rua, o agente da Guarda Civil Metropolitana parece inspirar-se no exemplo de seu chefe, Doria, que no domingo (30/4) atirou ao chão as flores que lhe foram oferecidas. Empenha-se também em garantir a segurança da arrecadação das "doações" do morador à prefeitura, ainda que, neste caso, a tapas e pontapés. Só faltou chamar o homem de petista e vagabundo!

DARCIO DE SOUZA (São Paulo, SP)

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SATÉLITE BRASILEIRO

Os ministros Kassab e Jungmam afirmam que estamos iniciando uma nova era nas comunicações via satélite e que quem viver verá. Já vivi muito e há anos espero ver o lançamento de satélites com propulsor nosso na base de lançamentos de foguetes em Alcântara (MA), que está geograficamente mais bem localizada para lançamentos espaciais do que Kourou, na Guiana Francesa. Continuamos poupando dinheiro para gastar mais alhures.

PAULO M. GOMES LUSTOZA (Rio de Janeiro, RJ)

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COLUNISTAS

Muito interessantes as ponderações de Sérgio Rodrigues, mostrando o papel da língua na dominação entre os povos. A incerteza sobre a influência do árabe no português não pode ser substituída por "boas histórias" sobre a origem das palavras, como as que existem aos borbotões na internet. Nestes tempos de pós-verdade, nos quais tudo é permitido, fica a dúvida do que sobreviverá como história da comunicação e da linguagem.

ADILSON ROBERTO GONÇALVES (Campinas, SP)

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Laura Carvalho, em "Traste", pontua com precisão a mentalidade machista e tosca de um presidente empossado pela classe empresarial com a finalidade de realizar a tão sonhada reforma trabalhista. Em uma sociedade em que a chefia dos lares se tornou também uma função feminina, não há que se falar em necessidade de machos. De mais a mais, já está mais que na hora de Temer perceber que não dá para governar o país tendo por base o seu adocicado e anacrônico reduto familiar.

ANETE ARAUJO GUEDES (Belo Horizonte, MG)

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Imagino que o brilhante Hélio Schwartsman, por questões de educação e ética, tenha deixado de coroar a sua pertinente coluna "Em busca do candidato perdido" com o velho "slogan" de antigos candidatos que é válido ainda hoje: "porcaria por porcaria, vote em mim".

ABDIAS FERREIRA FILHO (São Paulo, SP)

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