Folha de S. Paulo


Libertação de José Dirceu foi 'jato de água fria na Lava Jato', diz leitor

OPERAÇÃO LAVA JATO

Um jato de água fria na Operação Lava Jato. Mas, no Estado democrático de Direito, temos que aceitar a decisão da suprema corte, não havendo nada a fazer. A decisão, porém, aponta que virão outras na mesma trilha. E o Brasil segue impávido colosso. Livre para voar, o ex-deputado agora vai ficar mais tranquilo.

REINNER CARLOS DE OLIVEIRA (Araçatuba, SP)

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Reveladora a justificativa do ministro Gilmar Mendes para a liberação de José Dirceu. Ao afirmar que o Supremo não se curvaria diante do que chamou de "pressão dos procuradores", jogou por terra o discurso de que as decisões do Supremo são tomadas estritamente de acordo com a lei. O Brasil seria bem mais limpo se tivéssemos na condução da Justiça mais "jovens inexperientes" no lugar de homens "experientes" e vivenciados nos meandros "institucionais".

FERNANDO PACINI (São Paulo, SP)

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Já estão soltando aos ventos todo o tipo de indignação acerca da soltura de José Dirceu. Porém, diante da lei, o STF faz uma defesa correta. Quem sabe acabará com as prisões "ad aeternum" da turma de Sergio Moro, que as usa como coação para as delações.

MARCOS BARBOSA (Casa Branca, SP)

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Gilmar Mendes erra ao usar o termo "brincadeiras juvenis" e ao querer falar em nome dos ministros do STF. Ressalte-se que o que está em jogo, nessa etapa da Lava Jato, é a capacidade da Justiça de acabar com a impunidade. Quanto aos procuradores de Curitiba, eles estão trazendo para a discussão processual conceitos modernos em jurisprudência, abrangência de atividade e respeito à Constituição. Não é o que lhes compete? Merecem irrestrito respeito do STF.

SÉRGIO R. JUNQUEIRA FRANCO (Bebedouro, SP)

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Os ministros que soltaram José Dirceu mostram quanto é falho o seu "notável saber jurídico". Que vergonha! Daqui a pouco a única serventia da Constituição Federal será disputar lugar na prateleira com o papel higiênico.

LUCIANO VETTORAZZO (São José do Rio Preto, SP)

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Nada mais triste para uma nação que a desesperança do povo. O clamor por justiça vai se dissipando diante da soltura progressiva dos acusados. Consolida-se a frase de Ruy Barbosa, de que "o homem chega a ter vergonha de ser honesto". Encerra-se o segundo capítulo da história profetizada por Dilma Rousseff, de "quanto pior, melhor".

MELCHIOR MOSER (Timbó, SC)

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Torço para que Antonio Palocci cumpra o dever cívico de contar o que sabe. Está na hora de bancos e Judiciário perderem de vez a aura de lisura que tentam preservar mantendo-se longe dos holofotes das delações.

JOSÉ MARCOS THALENBERG (São Paulo, SP)

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Se o embasamento da decisão da segunda turma do STF no caso de José Dirceu fosse eminentemente técnico, o ministro Gilmar Mendes, em seu voto, não se arvoraria em corregedor da pátria, pretendendo dar lições ao país e puxando orelhas de procuradores.

LUÍS ROBERTO NUNES FERREIRA (Santos, SP)

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JOÃO DORIA

O nosso nobre prefeito João Doria a cada semana nos surpreende com fatos inusitados. O desta semana é que, embora tenha feito desafetos no intuito de manter São Paulo limpa, ele não se importou nem um pouco em sujar visualmente a divisa com Guarulhos. Quanta coerência, senhor prefeito! Na cidade vizinha pode; em São Paulo, jamais!

ÁUREA ROBERTO DE LIMA (São Paulo, SP)

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Se Doria, tábua de salvação dos tucanos, quiser ser uma alternativa viável, precisa parar de fazer tanta grosseria e entender que foi eleito para governar para todos os paulistanos, inclusive para os petistas, que não o elegeram.

FABIANA TAMBELLINI (São Paulo, SP)

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Percebe-se nitidamente que a Folha procura cada vez mais fazer críticas ao prefeito João Doria. Nada do que o nosso prefeito faça ou fale é aprovado pelo jornal. Sinceramente, eu acho muito estranho esse comportamento. Será que a Folha sabe que a maioria dos paulistanos tem simpatia pelo seu prefeito?

GILBERTO ALVES LICO (São Paulo, SP)

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COLUNISTAS

Sobre a coluna de Alexandre Schwarstman, só a cara de pau explica gente que ainda defende que a corrupção na Petrobras foi exclusiva dos governos de esquerda. Só a cara de pau explica gente que acha que um movimento de esquerda não deve ter voz, apesar de estarmos em uma democracia. E só a cara de pau explica gente que defende as reformas trabalhista e previdenciária como imprescindíveis, enquanto os bancos registraram aumento nos lucros de até 20% no primeiro trimestre.

JOÃO PEDRO C. G.DE LIMA (Belo Horizonte, MG)

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EDITORIAIS

A Folha, em seus editoriais, não deveria ignorar o indício de compra de votos na postura do governo Temer de oferecer cargos ao Congresso e promover retaliações em sua saga para aprovar, aos atropelos, a famigerada reforma da Previdência. A evidente rejeição popular à medida é fato que não deve ser tratado como mero detalhe, ofuscado pela divulgação de uma questionável recuperação econômica.

LUIZ DE SOUZA ARRAES, presidente da Federação Estadual dos Trabalhadores em Postos de Combustíveis (Osasco, SP)

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SISTEMA S

Oportuna a reportagem "Sistema S ajuda sindicato patronal a viver sem imposto sindical". A área da saúde vive um dilema, pois, apesar de ter sua própria confederação (CNS), continua vinculada ao comércio (Sesc e Senac). Assim, o imposto do sistema S cobrado sobre a folha de salários dos estabelecimentos do setor não é revertido em prol dos profissionais de saúde. Por isso, e considerando também falta de transparência na aplicação dos recursos, a Federação dos Hospitais do Estado de São Paulo é a favor da desoneração da folha e do fim da cobrança desse imposto.

YUSSIF ALI MERE JR., presidente da Federação e do Sindicato dos Hospitais, Clínicas e Laboratórios do Estado de São Paulo (São Paulo, SP)

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PARTICIPAÇÃO

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