Folha de S. Paulo


Leitores criticam decisão do STF de libertar José Dirceu

JOSÉ DIRCEU

Estou desolada com as decisões do STF em relação à soltura de condenados pela Operação Lava Jato. Estamos no Brasil ou na Venezuela? Estou em dúvida.

MARIA EFIGENIA BITENCOURT TEOBALDO (Belo Horizonte, MG)

*

Os votos que soltaram José Dirceu : Dias Toffoli, Ricardo Lewandowski e Gilmar Mendes. Alguém tinha alguma dúvida? O grande problema é que a previsibilidade tomou assento no STF. E agora, quem levantará a voz no plenário contra o esbulho da vontade popular?

RICARDO C. SIQUEIRA (Niterói, RJ)

-

CORRUPÇÃO

É interessante o que podemos perceber após a leitura da reportagem "34% sentem vergonha de serem brasileiros, percentual recorde". Em momentos turbulentos como este, o quadro de confiança do brasileiro no país cai muito. Isso reflete nitidamente o posicionamento do povo em relação ao governo vigente. O que nos resta é torcer pela diminuição da onda de pessimismo que nos cerca.

LUCAS CANDEIRA (Cotia, SP)

-

REFORMA TRABALHISTA

Se o governo Temer anuncia corte de cargos dos que foram infiéis em votação, isso significa que distribuiu cargos para fidelizar votações. Ou seja, houve compra de votos. Que diferença há entre essa prática e a do mensalão?

TEREZA RODRIGUES (São Paulo, SP)

-

JOÃO DORIA

Nota-se, nestes poucos meses de governo, que Doria é avesso a qualquer tipo de crítica. Confunde "prefeito" com "perfeito". Alguém precisa avisá-lo de que ele entendeu errado.

NILSETE LIMA (São Paulo, SP)

-

DESEQUILÍBRIO ECOLÓGICO

Conforme explicado, o problema parece ser sério, e não apenas "exagero" de pesquisador querendo levar vantagem alardeando desastre onde não existe problema real. Fica claro também que não é um problema exclusivamente brasileiro. O que os demais países estão fazendo para resolver tão grave e emergente desastre ecológico?

JOÃO SILVA (Natal, RN)

-

BELCHIOR

O "passarinho urbano" partiu, mas deixou em seu voo solitário de liberdade e fraternidade milhares de "novos passarinhos" para seguirem seus caminhos na sensibilidade, no amor e na esperança. Essa foi a verdadeira mudança, para um mundo melhor!

ALIOMAR COSTA (São Paulo, SP)

*

É lamentável a perda do grande cantor e compositor Belchior, um dos últimos grandes nomes do tempo em que existia uma vigorosa música popular brasileira. Os que ainda vivem e que eram do seu tempo há muito perderam a criatividade. Hoje só nos restam os Wesleys Safadões e as Anittas da vida. Que Deus nos ajude. Com ironia, por favor!

MARIA ELISA AMARAL (São Paulo, SP)

-

DÍVIDA PÚBLICA

Nós arcamos com as maiores taxas de juros do mundo. Sabemos que a nossa dívida interna tem peso excessivo na economia em favor do sistema financeiro. Questiono o motivo de a Folha deixar de fora tão expressivo e importante gasto da projeção de gasto federal apresentada no editorial "Os sem-teto", que incluiu as categorias pessoal (R$ 283 bilhões), INSS (R$ 561 bilhões) e demais (R$ 440 bilhões). Certamente, com os serviços da dívida lastreados nos altíssimos juros ditados pelo próprio governo, o valor estaria acima de qualquer desses!

APARECIDO JOSÉ GOMES DA SILVA (Santana de Parnaíba, SP)

*

NOTA DA REDAÇÃO - O editorial tratava do teto para os gastos não financeiros do governo, que não atinge, portanto, os encargos da dívida pública. As despesas com juros foram ilustradas em editorial de 21/4.

-

GREVE GERAL

A coluna da ombudsman "A imprensa e a greve geral" foi excelente. A distorção na cobertura da greve ocorreu também na TV e no rádio. Faltou seriedade, sobrou manipulação da informação. A ombudsman tem razão e merece aplausos.

WAGNER MEMBRIBES BOSSI (São Paulo, SP)

*

O Colégio Bandeirantes esclarece que a direção da instituição, que não foi procurada pela reportagem, se colocou à disposição dos alunos para falar sobre a greve. Durante o dia da paralisação, os estudantes puderam usar o espaço da escola normalmente, desde que não interferissem nas atividades daqueles que estavam assistindo às aulas. Diferentemente do publicado, o Bandeirantes abriu as portas ao debate tanto para alunos quanto para professores, sem represálias.

MAURO DE SALLES AGUIAR, diretor-presidente do Colégio Bandeirantes (São Paulo, SP)

*

RESPOSTA DO JORNALISTA EDUARDO GERAQUE - Como foi registrado pelo jornal, os alunos se reuniram do lado de fora na sexta-feira (28) para debater sobre a greve. Sem abertura para diálogo, professores favoráveis à paralisação trabalharam normalmente.

-

COLUNISTAS

Soberbo exemplo de fina e genial ironia a coluna "Temos de dar a parlamentares direitos e deveres dos demais brasileiros", de Marcius Melhem. Façamos justiça, enfim, aos nossos sofridos e discriminados parlamentares; vamos à luta, que talvez seja inglória, mas, decerto, plenamente justa, a fim de igualá-los aos demais brasileiros. Ainda mais porque, não esqueçamos, nós os botamos lá. Justiça, afinal, à insigne classe dos parlamentares! Eles (com raras exceções) há muito se fazem mais do que merecedores.

ERALDO BARBOZA FERRO, advogado (São Paulo, SP)

*

Leandro Narloch, em "Imposto sindical torna os sindicatos irrelevantes", conduziu sua argumentação a partir de uma premissa com a qual concordamos: a contribuição compulsória é nefasta. Sindicatos atuantes teriam mais associados se as pessoas não fossem obrigadas a pagar essa contribuição.

O autor omite em seu texto que um terço dos sindicatos do país representa o patronato, e que as suas grandes federações fazem lobby contra o fim do imposto sindical.

Narloch citou como único exemplo favorável à sua teoria o Sindicato dos Médicos de São Paulo (Simesp) e afirmou erroneamente que em seu recente processo eleitoral uma chapa contrária ao imposto sindical precisou acionar a Justiça para conseguir se inscrever e obter a lista de associados, e, ainda, que a eleição foi suspensa pela Justiça.

O referido colunista não procurou saber a posição da diretoria atual, que é contrária ao imposto sindical. Provavelmente Narloch também não leu as manifestações da Justiça, que julgou improcedentes as acusações divulgadas como verdades pela chapa concorrente —inscrita no processo eleitoral sem necessidade de qualquer decisão judicial, inclusive. O colunista também não fala que o Simesp, no último ano, mesmo em diante da grave crise econômica e política do país, conquistou reajuste salarial de 9,62% para quase todos médicos de sua base.

Partindo de um debate que interessa não só aos sindicatos, mas a toda a sociedade, não é cristalina a motivação de Narloch ter divulgado inverdades e ilações, retiradas do material de propaganda da chapa que concorreu à diretoria do Simesp como oposição e foi derrotada em sufrágio, obtendo menos de 30% dos votos válidos.

A direção do Simesp está disposta a debater os melhores caminhos para a organização sindical. Esse diálogo necessariamente precisa transpor os ambientes corporativos e chegar aos meios de comunicação e à sociedade civil, mas é preciso que as informações sejam apuradas para que sejam divulgadas de forma correta. Que a verdade e a justiça prevaleçam.

EDER GATTI FERNANDES, presidente do Sindicato dos Médicos de São Paulo (Simesp)

-

PARTICIPAÇÃO

Os leitores podem colaborar com o conteúdo da Folha enviando notícias, fotos e vídeos (de acontecimentos ou comentários) que sejam relevantes no Brasil e no mundo. Para isso, basta acessar Envie sua Notícia ou enviar mensagem para leitor@grupofolha.com.br


Endereço da página:

Links no texto: