Folha de S. Paulo


'A passividade e a inércia só favorecem os poderosos', diz leitor sobre greve

GREVE GERAL

Sobre a polêmica em torno do movimento grevista desta sexta (28), é importante lembrar que não apenas os direitos civis, políticos e sociais dos últimos 150 anos, mas também a própria noção de direitos, em contraposição à de privilégios, são o resultado de manifestações, protestos e lutas. Os mesmos que afirmam que todo grevista é vagabundo valem-se de uma liberdade, a de expressão, arduamente conquistada nas ruas. A passividade e a inércia só favorecem os poderosos.

MARCUS VINICIUS FARBELOW (Araras, SP)

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A greve é um direito legal. Sua ação se legitima pela liberdade de adesão. Isso não ocorre quando sindicalistas impedem a livre movimentação dos cidadãos e, de forma fascista, autoritária e violenta, tentam submeter e subjugar. Assemelha-se a um "estupro social", com clara violação e desrespeito a uma ausência de consentimento explícito. Lutar por direitos legítimos desrespeitando direitos é hipócrita, demagógico e ilegítimo.

ÂNGELA LUIZA S. BONACCI (Pindamonhagaba, SP)

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Se, de um lado, os projetos do governo Temer provocam perdas de direitos, por outro proporcionaram uma situação inusitada, a unidade de ação do movimento sindical. As centrais sindicais conseguiram, por enquanto, superar suas divergências políticas, o que culminou com uma greve geral em todo o Brasil.

URIEL VILLAS BOAS (Santos, SP)

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O protesto contra a reforma da Previdência é inócuo. Os reflexos da truculência e violência são a linguagem do PT, da CUT e de sindicatos sustentados pela obrigatoriedade do imposto sindical. Trata-se de um movimento que se comporta de modo ideológico, não pragmático, sobre a realidade do enorme deficit que corrói o orçamento da União, ocupa recursos de educação, saúde, segurança e investimentos. Os parlamentares perceberão que as reformas são necessárias para a sobrevivência do país.

MÁRIO NEGRÃO BORGONOVI (Rio de Janeiro, RJ)

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Se dependesse de alguns conservadores pais de alunos das escolas particulares, o Brasil seria o primeiro país a praticar greve em domingo ou em feriado. Viraríamos piada no mundo todo!

ADJALMA R. DA SILVA, professor (Belo Horizonte, MG)

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Que diferença entre a greve geral dos sindicatos e as manifestações espontâneas e pacíficas dos cidadãos! Fica claro que a primeira é imposta pelo medo e pela violência; já a segunda, por um desejo de mudança civilizada. Onde está a democracia quando se fere o direito de ir e vir das pessoas?

FERNANDA COSTA (Jacareí, SP)

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MINISTÉRIO PÚBLICO

A reportagem "Com 'penduricalhos', 97% do MP paulista recebe acima do teto" foi uma das melhores que li na Folha. Traz os dados de forma clara e elucidativa quando compara os rendimentos do Ministério Público paulista com os de outros países. Imagino que isso também ocorra nos demais Estados. Esse tipo de reportagem traz informações que podem ajudar a mudar nosso país.

FÁBIO ORTOLAN (Guarapuava, PR)

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A justificativa apresentada para que se mantenham os benefícios que geram a extrapolação do teto salarial do funcionalismo é a legalidade. Mas eu pergunto à presidente da Associação dos Membros do Ministério Público se ela entende como legítima a persistência dessa situação frente ao descalabro de nossas contas públicas e, sobretudo, diante do salário mínimo de R$ 937.

FÁBIO NEVES (Belo Horizonte, MG)

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Enquanto não forem revelados os privilégios do funcionalismo, a reforma da Previdência não sairá do papel!

EUGÊNIO JOSÉ ALATI (Campinas, SP)

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Impressionante saber que além de quase todos os membros do Ministério Público de São Paulo receberem acima do teto, possuem rendimentos maiores que países como Suécia, Alemanha e França. Fica difícil o governo encontrar argumentos para a reforma na Previdência e trabalhista se esse tipo de privilégio também não for revisto, pois gera uma flagrante injustiça. Se o andar de cima não der sua cota de sacrifício, manteremos essa minoria abastada com vencimentos de primeiro mundo eternamente.

ANDRÉ PEDRESCHI ALUISI (Rio Claro, SP)

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Torna-se imperioso ressaltar que a reportagem "Com 'penduricalhos', 97% do MP paulista recebe acima do teto" confunde remuneração (salário) com indenização (reembolso de despesa), concluindo equivocadamente que membros da nossa instituição recebem além do teto salarial. Entre outras imprecisões, a reportagem sustenta que Fernando Capez é o atual presidente da Assembleia, o que não é fato.

PAULO SÉRGIO DE OLIVEIRA E COSTA, subprocurador-geral de Justiça de Planejamento (São Paulo, SP)

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NOTA DA REDAÇÃO - Leia a seção "Erramos".

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PACAEMBU

A Secretaria de Desestatização e Parcerias informa que a gestão do prefeito João Doria não vai propor nem aceitar alterações arquitetônicas no Pacaembu que descaracterizem seu desenho. Nas próximas semanas, será lançado um procedimento de manifestação de interesse, mas a condição primeira para os projetos é seguir as determinações dos órgãos responsáveis pelo patrimônio histórico. A secretaria acrescenta ainda que o custo anual de manutenção do Pacaembu é de R$ 9 milhões, não R$ 3,6 milhões.

WILSON POIT, secretário de Desestatização e Parcerias (São Paulo, SP)

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RESPOSTA DO JORNALISTA ROGÉRIO GENTILE - O missivista confirma o publicado pela Folha. A prefeitura está disposta a autorizar mudanças estruturais no Pacaembu, desde que aprovadas pelo patrimônio histórico. Sobre os custos de manutenção, leia a seção "Erramos".

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COLUNISTAS

Nestes dias em que as notícias e os fatos se apresentam difíceis de entender e, principalmente, de aceitar, aparece Ruy Castro com suas galinhas, patos, zebus e companhia. Muito obrigada por esse momento divertido e descontraído. Como estamos precisando disso!

MARIA ANGÉLICA GONÇALEZ (São Paulo, SP)

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PARTICIPAÇÃO

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