Folha de S. Paulo


Para leitor, reforma trabalhista é retrocesso para o trabalhador

REFORMAS DO GOVERNO

Duas perguntas: por que o presidente Temer e o ministro Meirelles, antes da votação da reforma da Previdência, não fazem uma séria auditoria e divulgam o rombo causado pelas dívidas de banqueiros e empresários? Defender uma negociação horizontal entre patrões e empregados, conhecendo a mentalidade dos empresários, e chamar isso de avanço na reforma trabalhista não é o mesmo que acreditar nos contos da carochinha?

MOACYR DA SILVA (São Paulo, SP)

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É preciso mostrar para o povo que as reformas são inadiáveis e fundamentais. Não são um projeto do governo Temer, mas, sim, uma necessidade do país. Sem isso, vai ficar impossível conseguir apoio popular para aprová-las no Congresso.

CARLOS A. MELO F. SANTOS (Pará de Minas, MG)

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Não é possível acreditar que a Folha considere relevante uma carta assinada por 13 alunos. A reportagem não se justifica, mesmo que seja para evidenciar o ridículo de uma classe dominante sem empatia com o coletivo, como indicam o texto e a manifestação de alguns pais.

MARCY JUNQUEIRA SALLOWICZ (São Paulo, SP)

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O artigo de Paulo Tafner é mais um belo exemplo do tipo de sofisma que consiste em falar a favor do carente para defender o abastado: defender o lucro para preservar o emprego, defender o banqueiro para salvar a poupança. Em suas palavras, a reforma previdenciária é necessária para salvar "milhões de pessoas que deixarão de ter acesso ao emprego, à saúde, à educação, à segurança, se ela não for realizada". Nada a ver com o interesse do capital financeiro, entenderam?

JOSÉ MARIA ALVES DA SILVA (Viçosa, MG)

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RECEITA FEDERAL

A dinheirama que circulou em contas nebulosas, empresas offshore e paraísos fiscais, revelada pela Lava Jato, evidencia a urgência de uma intervenção. O fisco brasileiro, para vigiar a classe média e seus modestos rendimentos, utiliza um leão vigoroso, impiedoso, de dentes fortes e garras afiadas. Mas, para vigiar os abastados corruptos e suas empresas de fachada, utiliza um leão maltratado, parvo, banguela e de garras quebradiças. A Receita é federal e parcial.

TÚLLIO MARCO SOARES CARVALHO (Belo Horizonte, MG)

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IMPOSTO SINDICAL

Muito oportuno o artigo "O sindicalismo sem resultado". As contribuições sindicais obrigatórias deveriam ser extintas. Como muito bem identificado no texto, as entidades patronais e de trabalhadores deveriam ser mantidas por contribuições voluntárias, o que certamente fortalece a representatividade. Da mesma forma, as contribuições ao sistema S merecem ampla discussão e revisão, para evitar os desmandos que ocorrem em diversos segmentos empresariais.

ANDRÉ ALI MERE, vice-diretor da Ciesp em Ribeirão Preto (Ribeirão Preto, SP)

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OPERAÇÃO LAVA JATO

O ministro Gilmar Mendes diz que a PF não pode interrogar Aécio Neves com "surpresas". Assim, passa a ideia de que é defensor, patrono de Aécio, e pede 48 horas de prazo para que ele tenha acesso ao que os delatores disseram. Isso não abriria precedentes para aqueles que foram interrogados no cárcere e para os que foram conduzidos coercivamente exigirem o mesmo tratamento? Dois pesos e duas medidas.

AMELIO DEZEM (Toledo, PR)

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Como leitor assíduo do respeitado jornalista Janio de Freitas, permito-me esclarecer que o artigo "Aberração" coloca dúvidas em relação à correção da decisão do ministro Gilmar Mendes, que apenas fez cumprir a lei e uma súmula vinculante do STF, a qual faculta à defesa acesso à íntegra dos depoimentos que compõem a investigação. Não há polêmica em relação a isso. Aécio Neves tem direito a isso, assim como os ex-presidentes Lula e Dilma (que represento em outro inquérito) e qualquer outro cidadão.

ALBERTO ZACHARIAS TORON (São Paulo, SP)

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Uns (muitos), são conduzidos coercitivamente, de pronto, para prestar depoimento. Outros (poucos), podem estudar o inquérito antes de depor, para não haver surpresa. Esse é o nosso país (ou, pelo menos, o de Gilmar e companhia). Lamentável e vergonhoso.

LUIZ FERNANDO SCHMIDT (Goiânia, GO)

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Palocci declarou ao juiz Moro que ele teria coisas a declarar que ocupariam sua agenda por pelo menos mais um ano. Muito inteligente, Pallocci quer simplesmente adiar a possibilidade de Lula vir a ser condenado e ainda tornar sua candidatura viável. Penso que, se existem mesmo as provas para condenar Lula, elas devem ser apresentadas já. A delação de Pallocci seria apenas mais uma. Realmente, uma grande jogada.

PAULO H. C. DE OLIVEIRA (Rio de Janeiro, RJ)

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Anna Virginia Balloussier, em sua entrevista com Deltan Dallagnol, só não fez a pergunta que a maioria dos brasileiros gostaríamos de fazer: ele continua feliz com o fragoroso "sucesso" de sua exposição de slides?

ANTONIO CARLOS ORSELLI (Araraquara, SP)

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TRUMP E OS IMPOSTOS

Trump acaba de cortar com uma única canetada vários impostos nos EUA. Aposta em um crescimento de 3% ainda neste ano, para que o mercado compense as perdas de receita do governo. Aqui, o governo fala em elevar combustíveis e impostos.

PAULO BOCCATO (Taquaritinga, SP)

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DEMOCRACIA

Tendo lido "A democracia sitiada", de Sérgio Abranches, na "Ilustríssima" deste domingo (23/4), e agora, ao ler "Não dá para fingir os danos causados por Google e Facebook", de Jonathan Taplin em um artigo para o "New York Times", eu me vi forçado a pensar que faltaria lógica em não haver relação entre os fenômenos.

JOSÉ DIEGUEZ (São Carlos, SP)

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ESPECIAL SOBRE CÂNCER

Adorei a forma como o assunto foi tratado no caderno "É a vida" ( Seminários Folha, 27/4). Todas as informações a respeito do tema foram muito pertinentes (os gráficos e pesquisas), assim como o depoimento de pessoas que conseguiram vencer a doença. Como cidadão, acho extremamente importante que todos saibam como o câncer afeta a vida das pessoas e como o diagnóstico precoce auxilia na cura.

LUCAS CANDEIRA (Cotia, SP)

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PARTICIPAÇÃO

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