Folha de S. Paulo


A esquerda brasileira está obsoleta, critica leitor

ELEIÇÃO NA FRANÇA

Não há dúvida de que a derrota fragorosa da esquerda no primeiro turno das eleições na França é indicativo incontestável da necessidade de renovação da vertente ideológica no país, o que não deve tardar a acontecer. Já a esquerda brasileira, a contar pelo seu ainda velho e cansativo discurso, pelo visto não se conscientizou de que só sobreviverá se sair da obsolescência em que se encontra mergulhada.

LUCIANO HARARY (São Paulo, SP)

-

OPERAÇÃO LAVA JATO

É surreal a reportagem "Pinheiro entrega documentos sobre Lula", que diz que Léo Pinheiro mostrou comprovante de que dois carros do Instituto Lula passaram no pedágio em direção ao Guarujá entre 2011 e 2013. Isso seria prova de que o tríplex é de Lula? Ridículo, mesmo nestes tempos bicudos do pato amarelo.

EDEMAR AFONSO GONÇALVES, médico (Jaru, RO)

*

Sinto que algo inusitado está para acontecer. Todos os acusados na Operação Lava Jato que se transformam em réus propõem-se a fazer delação premiada. Forma-se, em razão disso, um círculo vicioso que pode redundar em diminuição de pena ou alteração do regime prisional para todos eles. Uns apontam outros e estes, quando também passam a ser réus, agem da mesma forma. Todos se acusam mutuamente. É uma cadeia de acusações.

PAULO GUIDA (São Paulo, SP)

*

Por meio das investigações da Operação Lava Jato, a sociedade começa a entender que os megaeventos esportivos realizados no Brasil (Olimpíada e Copa do Mundo) não tiveram por objetivo promover nosso país no cenário internacional, como insistiam em afirmar as autoridades, mas, sim, desviar recursos públicos para empresários e políticos corruptos.

ROBERTO FISSMER (Porto Alegre, RS)

-

CÂNCER

A entrevista com o oncologista Paulo Hoff descortinou um panorama global da situação do câncer na atualidade. Sabendo que os imunoterápicos são uma alvissareira novidade, mas que não funcionam para todos os tipos de tumores, além de custarem muito caro, cabe aos que, como eu, enfrentam a doença, lutar para que o Estado brasileiro leve a sério os conhecimentos existentes hoje, no sentido de tornar racional a assistência.

JOSÉ ELIAS AIEX NETO (Foz do Iguaçu, PR)

*

Muito boa a entrevista. No entanto reparos necessitam ser feitos. O tumor de um paciente não sabe em que hospital ele está internado, se no Sírio-Libanês ou no ICESP, mas a fonte pagadora sabe. Inovação tem custo nos dois cenários. A meu ver seria insustentável que se proponha um tratamento eficaz para os internados no hospital privado e um paliativo para outros do serviço público. Como justificar essa conduta para o paciente e seus familiares?

MORTON SCHEINBERG (São Paulo, SP)

-

IDENTIDADE ÚNICA

O novo documento de identidade único, que engloba RG, CPF e Título de Eleitor, que são dados mais permanentes, é positivo. Todavia a inclusão da CNH é criticável, pois ela é sujeita a dados muito variáveis, como suspensões por multas, revalidação de exames médicos etc., o que obrigaria o cidadão a fazer renovações constantes do documento, fato que fugiria da finalidade pretendida com a sua implantação.

ULF HERMANN MONDL (Florianópolis, SC)

-

COLUNISTAS

Sobre a coluna de Mauricio Stycer, digo que sempre achei estranho o "Jornal da Cultura" manter em sua bancada de comentaristas um "mad dog raivoso" que, não raro, confunde liberdade de expressão com falta de educação e, dessa forma, não contribui para o debate civilizado e democrático sobre os políticos e a política nacional.

LUIZ FERNANDO SCHMIDT (Goiânia, GO)

*

Num momento em que somos assaltados por notícias que nos roubam o sono, o texto de Cristovão Tezza constitui verdadeiro presente para o leitor. Com leveza (conforme Calvino), erudição e sensibilidade, ressalta o fato de a literatura representar para ele a medida da vida e, a escrita à mão, um prolongamento físico da alma. Verdadeiro farol em tempos de trevas e de ideias tacanhas!

MARIA ESTHER FERNANDES (Ribeirão Preto, SP)

-

Pondé, sempre ele, o bálsamo das segundas-feiras. Nos seus artigos, traz a nossa insignificância e as nossas mazelas enquanto seres humanos. Tão ridículo como "ostentar" uma babá de branco num restaurante é não se atentar para a dor do outro.

ADAUTO LEVI CARDOSO (Sorocaba, SP)

-

EDITORIAL

Ao criticar a censura da TV Cultura à nossa música "Liga nas de Cem" no editorial "Cultura e Censura", a Folha infelizmente cai na armadilha da letra quando critica a falta de concordância gramatical nos versos. Ora, a música é justamente uma provocação explícita à classe elitista, terreno fértil de preconceito linguístico e discriminação. Falamos, de forma direta e indireta, justamente sobre o conflito sociorracial existente, que oprime e exclui. Bingo!

JAIRO PEREIRA, vocalista da banda Aláfia e autor da música "Liga nas de cem" (São Paulo, SP)

-

METRÔ

É de má-fé a associação que a Folha tenta patrocinar. Grandes obras de São Paulo atendem às pessoas, que querem ver o andamento do Metrô, do Rodoanel e da Tamoios. Tais investimentos são feitos mesmo com a atual crise econômica brasileira e geram 16 mil empregos. O que sugere o jornal? Que o Metrô deixe de entregar dez novas estações neste ano? Que seja tudo paralisado —para então fazer reportagem sobre obras paradas?

EUZI DOGNANI, coordenadora de imprensa do governo do Estado de São Paulo (São Paulo, SP)

-

PARTICIPAÇÃO

Os leitores podem colaborar com o conteúdo da Folha enviando notícias, fotos e vídeos (de acontecimentos ou comentários) que sejam relevantes no Brasil e no mundo. Para isso, basta acessar Envie sua Notícia ou enviar mensagem para leitor@grupofolha.com.br


Endereço da página:

Links no texto: