Folha de S. Paulo


Entristece ver que punição para corruptos levará anos, diz leitor

DELAÇÃO DA ODEBRECHT

Traz-nos tristeza, decepção e desalento constatar que o esperado "castigo" aos vendilhões do Estado já implicados na Lava Jato caminhará pelas calendas dos anos.

JOSÉ ÁVILA ROCHA (São Paulo, SP)

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Não sou da geração de Emílio Odebrecht, de Trump e de José Mayer e não os entendo bem. Acham que tudo o que fazem é normal e que podem fazer o que bem quiserem porque são poderosos. Têm certeza de que nada lhes acontecerá. O máximo que fazem é dizer que as coisas são assim mesmo, sempre foram –manda quem pode. Tanto que, mesmo pegos com a boca na botija, saem sempre por cima.

AURIDEA S. DE SOUZA, fotógrafa (Itajubá, MG)

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O Brasil nunca teve um governo tão nefasto quanto o atual. Prova disso são os ministros nomeados por Temer, dos quais uma parte apodreceu e caiu nos primeiros dias e a outra, também já apodrecida, está balançando e ameaça cair.

ALCENIDES DE AMORIM ALVES (Andradina, SP)

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LULA NA LAVA JATO

Numa clara manobra "tergivercionista", Lula indicou 87 testemunhas para serem ouvidas pelo juiz Sergio Moro em Curitiba. Moro acolheu o pedido, mas estabeleceu que Lula deverá estar presente. Como é costume dizer aqui no Sul, Lula foi buscar lã e saiu tosquiado!

SÉRGIO S. LEITE (Porto Alegre, RS)

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É impressionante o caráter persecutório desse juiz. Age com revanchismo e se manifesta excessivamente fora dos autos. Isso ajuda muito os acusados, já que o juiz abre mão da chamada "simetria", elemento central para a credibilidade do Judiciário. Ficará fácil anular as sentenças no futuro.

PAULO MARCELINO (Osasco, SP)

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ESCOLA SEM PARTIDO

Sobre o texto do vereador Fernando Holiday, algumas perguntas: se o Escola sem Partido visa somente a afixar um cartaz nas salas de aula com os direitos dos alunos, por que o conteúdo ministrado pelos professores é um problema apriorístico? Se a lei ainda nem passou pelo devido processo legislativo, o que o vereador foi fiscalizar? Por fim, qual é a legitimidade de Holiday para, sozinho e por conta própria, exercer a referida fiscalização?

JOÃO PEDRO G. DE LIMA (Belo Horizonte, MG)

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Assim como um menino de 12 anos se viu diante de um professor ateu, outros se viram diante de professores fanáticos por religião ou outra coisa qualquer. O que resolve o problema da brutalidade e da insensibilidade é uma boa administração pedagógica, atenta, presente e efetiva. E isso só se resolve com o intenso respeito às figuras do professor e do aluno. Interferência estranha, ainda mais de cunho ideológico, só cria confusão e mal-estar.

MARIA JOSÉ FERRAZ DO AMARAL (São Paulo, SP)

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A ONU monitora o Escola sem Partido desde 2015 e disse há pouco (13/4) que esse projeto "pode significar uma violação ao direito de expressão nas salas de aulas e uma censura significativa". O "covil de víboras" que Fernando Holiday enxerga deve estar bem mais próximo dele do que imagina.

JOSÉ MARCOS THALENBERG (São Paulo, SP)

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COLUNISTAS

Em "O cérebro causídico", Hélio Schwartsman descreveu o que pauta o comportamento de políticos capazes de negar tudo sem nem enrubescer. Para quem se interessar pelo assunto, basta revisitar os conceitos básicos da psicanálise, principalmente a descrição dos mecanismos de defesa do ego, magistralmente descritos por Freud. Negação, um dos mais utilizados pelo ser humano, explica cientificamente o que Schwartsman traduziu para a linguagem coloquial.

JOSÉ E. NETO, psiquiatra (Foz do Iguaçu, PR)

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Joel Pinheiro da Fonseca tenta entender por que não saímos às ruas neste momento decrépito de nosso país. Tenho uma leve sensação de que. enquanto se pensava que a culpa era apenas do PT, de Dilma e de Lula, as ruas estavam lotadas, mas, ao constatar que FHC, Serra, Aécio, Alckmin e muitos outros estão no mesmo balaio, perdeu-se força e indignação.

MARCOS BARBOSA (Casa Branca, SP)

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Manter um colunista como Aécio Neves, que faz uso pessoal do espaço do jornal, é um desrespeito para com o leitor.

JOSÉ MARIA ALVES DA SILVA (Viçosa, MG)

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Alessandra Orofino, da turma do "Fora, Temer" e da apologia de invasões a prédios públicos, resolveu seletivamente esquecer o financiamento sistemático do PT a blogs sujos e veículos ideologicamente ligados aos petistas para atacar anúncios de publicidade na Doria Editora, que estão dentro da lei. Ela se esqueceu de dizer que, assim que João Doria anunciou sua pré-candidatura, não houve mais anúncios estaduais e que também anunciavam nas mesmas revistas empresas privadas e o governo federal.

PEDRO TOBIAS, presidente estadual do PSDB-SP (São Paulo, SP)

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FUTEBOL

Parece que a humanidade regride moralmente na mesma medida em que avança tecnologicamente. Só isso explica o fato de o zagueiro Rodrigo Caio estar sendo "cobrado" nos bastidores do São Paulo por ter ajudado o árbitro a corrigir um erro contra um rival. Em vez de ser incentivado, o jogador sofre "bullying" por sua atitude nobre. Rodrigo Caio parece reviver a angústia de Ruy Barbosa, que no início do século passado já tinha vergonha de ser honesto.

MARCELO DAWALIBI (São José dos Campos, SP)

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OBITUÁRIO

Anos atrás, descobri a morte de um amigo ao ler o obituário da Folha. Vi que, além de política, economia etc., havia um local especial para distinguir a vida de pessoas que foram relevantes não só para a família mas para a sociedade. A partir de então, passei a lê-lo todos os dias. O texto "Dentista e professor, fez de tudo pelos filhos", muito bem escrito, revela o alto nível do jornalista Thiago Amâncio, que tratou com carinho e competência a história do dentista e professor Ovídio Simon, um exemplo de homem bom, pai e amigo.

IVO BOSAJA SIMON (São Paulo, SP)

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PARTICIPAÇÃO

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