Folha de S. Paulo


Políticos tentam relativizar até a tábua de Moisés, diz leitor

CAIXA DOIS

FHC quer mudar a tábua de Moisés. Onde se lê "não roubarás" e "nem darás falso testemunho", leia-se agora "depende". Se for pegar dinheiro ilegalmente, enganando a Receita, prejudicando o contribuinte e achacando empresários para usar em campanha eleitoral, tudo bem, não é crime. Só falta combinar com Deus.

RICARDO OSMAN GOMES AGUIAR (São Paulo, SP)

*

Jamais neste nosso imenso e querido Brasil tantos milhões de origem duvidosa foram generosamente distribuídos de maneira legal (na ótica dos beneficiados), a ponto de provocar celeuma e congestionamento na primeira instância judicial e na mais alta corte. São tantos os santos a serem canonizados que o papa Francisco nem vai dar conta.

HUMBERTO SCHUWARTZ SOARES (Vila Velha, ES)

*

Até na foto da entrevista o ministro Osmar Serraglio ficou vermelho de vergonha ao tentar sofismar suas respostas a respeito de Temer e Cunha, seus fiéis companheiros. Não sei se é para rir ou chorar!

MOACYR DA SILVA (São Paulo, SP)

*

A anistia para o caixa dois e para a doação oficial de origem ilícita é uma vergonha. Devemos anotar os nomes e nunca mais votar em nenhum deles. Nós, o povo, não iremos perdoa-lhes.

PAULO TARSO J. SANTOS (São Paulo, SP)

-

REFORMA DA PREVIDÊNCIA

O PSDB acordou de sua acomodação. O apoio ao governo não significa perda da avaliação crítica. A "falência" da Previdência é uma tese que precisa ser mais bem discutida. Devedores contumazes devem ser cobrados com rigor e procedimentos fraudulentos devem ser apurados. Por outro lado, a Previdência Social deve ser vista como uma obrigação social, sendo um ônus que o Executivo tem que suportar.

ANTONIO CARLOS RAMOZZI (São Paulo, SP)

-

JUSTIÇA DO TRABALHO

Acerca da afirmação do presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), de que a Justiça do Trabalho não deveria existir, diria que não chegou a ser original, já que ACM já defendeu isso. Faltou a Maia ser mais contundente: poderia defender também que a Justiça criminal não existisse para o "Botafogo" e sua torcida; talvez só para a torcida do Flamengo.

JOSÉ FELIPE LEDUR, desembargador do trabalho (Porto Alegre, RS)

*

Como pequeno empresário, concordo inteiramente com a opinião do presidente da Câmara a respeito da Justiça do Trabalho. Trata-se de órgão anacrônico, caríssimo e perdulário. A produção de provas é feita, na maioria das vezes, a toque de caixa e com um viés de conotação fascista, visivelmente favorável ao empregado. Enfim, uma verdadeira jabuticaba podre, que entrava o desenvolvimento e há muito clama por uma reforma profunda.

JOSÉ R. MOREIRA DE MELO (Nova Lima, MG)

-

DIA DA MULHER

As pérolas proferidas pelos nossos políticos, desde o século passado até Michel Temer, provam que o patriarcalismo, o preconceito, a intolerância e o machismo continuam, mesmo com o passar dos anos, fortemente presentes em nossa sociedade. A mulher continua a ser vista como objeto, não como sujeito.

AUREA ROBERTO DE LIMA (São Paulo, SP)

-

INSTITUTO BUTANTAN

Parabéns ao professor Jorge Kalil pelo texto "A verdade sobre o Butantan", que colocou as verdades no lugar e confirma a integridade moral desse importante cientista. O texto reflete também os motivos da indignação que nós, 173 pesquisadores, funcionários e alunos do Butantan que assinamos esta carta, sentimos pela súbita retirada de Kalil da direção. Somos testemunhas da sua dedicação e da excelência de sua gestão, que foram essenciais para a conquista de imensos benefícios diretos para a saúde no Brasil.

OLGA C M IBAÑEZ e ROXANE PIAZZA, pesquisadoras científicas do Instituto Butantan (São Paulo, SP)

*

A quem interessa um Butantan fraco? Às empresas farmacêuticas nacionais, que não têm competência na produção de soros e vacinas e teriam um parque fabril novo, com faturamento de R$ 1,6 bilhão. Ao governo estadual, pois com PPPs ganharia receita orçamentária. O Butantan, além de ser fornecedor estratégico do Ministério da Saúde, tem um papel de segurança nacional em casos de epidemia global de gripe e de abastecimento de soros antivenenos e antitoxinas, sendo hoje produtor único desses imunobiológicos no Brasil.

MARCELO DE FRANCO, pesquisador científico do Instituto Butantan (São Paulo, SP)

*

Sobre "A verdade sobre o Butantan", diferentemente do que diz o autor, a troca na direção do Instituto Butantan, determinada por esta pasta, teve caráter estritamente administrativo. O governo não trata e nunca tratou a saúde de maneira política. O Butantan, agora sob o comando do cientista e professor Dimas Covas e com uma gestão eficiente e transparente, será fortalecido como centro de excelência internacional em saúde pública, pesquisa e cultura. Pois acima das pessoas estão as instituições.

HELIA ARAÚJO, coordenadora de imprensa da Secretaria de Estado da Saúde (São Paulo, SP)

-

COLUNISTAS

Antes de escrever qualquer coisa sobre qualquer assunto, convém informar-se. Assim, não tem graça nenhuma confundir endoscopia com colonoscopia, boca com ânus e esôfago com duodeno. Acho que os vídeos do YouTube a que Tati Bernardi assistiu não adiantaram muito...

NICOLE S. L. GROSSO (São Paulo, SP)

*

Sobre a coluna "A arte de não fazer nada" Mirian Goldenberg, penso que existem pessoas que conseguem ficar no ócio. Porém aquelas que não conseguem devem agir da maneira como se sentem melhores. Querer ser como os outros é sofrer duas vezes.

LUIS COUTINHO (Valinhos, SP)

-

PARTICIPAÇÃO

Os leitores podem colaborar com o conteúdo da Folha enviando notícias, fotos e vídeos (de acontecimentos ou comentários) que sejam relevantes no Brasil e no mundo. Para isso, basta acessar Envie sua Notícia ou enviar mensagem para leitor@grupofolha.com.br


Endereço da página:

Links no texto: