Folha de S. Paulo


Caixa dois é no mínimo 'indutor de corrupção', afirma leitor

CAIXA DOIS E CORRUPÇÃO

Impressiona a distinção teórica atribuída a FHC entre o caixa dois de atividades político-eleitorais e a corrupção. Na prática o caixa dois é um erro consciente. Quem o "patrocina" o faz com o propósito de cobrar favores e privilégios de amplo espectro junto ao político "patrocinado". Que outra razão haveria para a espontânea e nebulosa benemerência? Abstraindo-se os eufemismos dos defensores do caixa dois, este seria, no mínimo, um irrefreável indutor de corrupção.

JOÃO C. ARAÚJO FIGUEIRA (Rio de Janeiro, RJ)

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Não é a corrupção, nem a política, nem a má administração que prejudicam o Brasil. A culpada é a Justiça brasileira, que tarda, falha, cobra caro e se torna cega, surda e muda conforme a conveniência.

CARLOS GASPAR (São Paulo, SP)

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REFORMA DA PREVIDÊNCIA

Sou a favor da reforma da Previdência, mas gostaria de levantar uma questão: que empresas mantêm trabalhadores após os 50 anos de idade? Dificilmente um trabalhador da construção civil ou outro setor que exija esforço físico consegue trabalhar depois dos 50 anos. O corpo não aguenta. Os demais trabalhadores geralmente são descartados nessa idade por serem caros ou ultrapassados. Uma triste realidade que não está sendo levada em conta.

ANDRÉ GARCIA (São Paulo, SP)

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O presidente Temer declarou que quem critica a reforma da Previdência é quem ganha mais. Diz que 63% dos trabalhadores brasileiros ganham salário mínimo. Isso é lamentável, pois prova o nível do nosso povo. É bom lembrar que essa maioria não reclama porque não tem informações. O nível da nossa educação é péssimo e o governo sempre mente. Chega de mentiras, chega de corrupção.

ANTONIO TUCCILIO, presidente da Confederação Nacional dos Servidores Públicos (São Paulo, SP)

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QUEDA DO PIB

Eu vi duas vezes o ministro Henrique Meirelles dizer que no próximo trimestre a economia iria melhorar. E, nas duas vezes, quando não melhorou, disse que a culpa era do governo anterior. Mais conveniente impossível!

CRISTINA FÁTIMA DE MORAES (São Bernardo do Campo, SP)

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LULA

Excluindo os jogos de cena, muxoxos e marolinhas, era evidente a candidatura de Lula à presidência do partido. É o passo mais direto em direção à real candidatura, a da Presidência do país novamente. Ao contar com a impossibilidade de construir-se um nome que faça frente e oposição, podemos até dizer que é factível sua eleição. Salvo fato novo, como, por exemplo, as provas contra ele se materializarem finalmente.

ARLINDO CARNEIRO NETO (São Paulo, SP)

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CULTURA

Li com alegria que o ministro da Cultura, Roberto Freire, pretende retomar o Projeto Pixinguinha. Espero que a iniciativa realmente se concretize. Por meio de versões anteriores do projeto, tive a grata oportunidade de presenciar apresentações de "monstros sagrados" da MPB. Para quem não reside no eixo Rio-SP, o projeto, em muitos casos, é o único meio de ter essa oportunidade.

MANOELITO SOUZA (Salvador, BA)

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O ministro Roberto Freire está há 40 anos na vida pública. Há quatro décadas, pagamos telefone, moradia, carro, gasolina, terno, almoço, viagens, celular, materiais de escritório etc. Agora ele quer limitar o custo de projetos culturais numa área em que já é difícil encontrar patrocinador. Colocar teto em seus gastos nem pensar, não é, ministro?

FREDERICO GODOY, pianista (São Paulo, SP)

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DONALD TRUMP

Se Trump está realmente preocupado em proteger o seu povo, deveria erguer o muro em torno de Wall Street, onde se encontram os especuladores que levaram milhões de cidadãos à pobreza na crise de 2008.

JOSÉ MARCOS THALENBERG (São Paulo, SP)

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BANCO CENTRAL

A Folha errou ao afirmar que "o discurso de Yellen (presidente do Fed) não tem relação com Trump, já que o Fed é independente do governo" (Primeira Página, 4/3). Não existe BC independente do governo em nenhum país. É público e notório que os BCs sempre têm o viés politico-financeiro do presidente em exercício. É completamente irreal falar em BC independente.

ANTONIO CAMARGO (São Paulo, SP)

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COLUNISTAS

O presidente do PSDB crê realmente que no país só tem eleitor idiota? Ele não levou votos no seu Estado e agora, com toda essa lama, crê que vamos engolir que só o PSDB (que, aliás, governou o país por oito anos, quando as empreiteiras citadas já eram grandes doadoras) é um partido idôneo. Acorda, Aécio, porque nós já acordamos! A flecha volta e só não acerta o alvo porque o Judiciário é bem brasileiro.

SUELI LIBANORI (São Paulo, SP)

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Tenho a lamentar o espaço privilegiado concedido a Coutinho e Pondé para divulgação de suas ideias estapafúrdias, despidas de argumentação convincente ou lastro que as apoie. Saudades de Ferreira Gullar, que nos brindava com seu brilhantismo! Oxalá permaneçam Marcelo Coelho, Fernanda Torres, Drauzio Varella e Vladimir Safatle, que não apenas nos levam a refletir a respeito de questões candentes que nos afligem mas também lançam luz sobre o cotidiano, convidando-nos a pairar acima das humanas contingências.

MARIA ESTHER FERNANDES (Ribeirão Preto, SP)

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Muito bom o artigo "No ralo da história", de André Trigueiro. Além das razões citadas para a escassez de água, ponderamos como grave problema a questão da gestão das bacias hidrográficas. Apesar da Lei das Águas, de 1997, falta muito para que os instrumentos de gestão criados por ela sejam postos em prática, apesar dos esforços de milhares de brasileiros que voluntariamente atuam nos Comitês de Bacias Hidrográficas.

CELEM MOHALLEM, secretário-executivo do Comitê da Bacia Hidrográfica do Rio Sapucaí (Itajubá, MG)

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Perfeita a colocação de Mariliz Pereira Jorge. Um assassino condenado, Bruno em nenhum momento mostrou arrependimento pelo assassinato de Elisa Samudio. Ao afirmar que nem a prisão perpétua a traria de volta, ele está dizendo o quê? Que não adianta ficar preso, o que já foi, já foi, toquemos a vida! Casemos novamente, vamos voltar a jogar futebol, a vida continua, ora, ora... Sim, Mariliz, impossível bater palmas para alguém condenado por assassinato. Parabéns pela coluna.

SYLVIA LOEB (São Paulo, SP)

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