Folha de S. Paulo


Para leitor, governo não quer que reforma da Previdência seja discutida

REFORMA DA PREVIDÊNCIA

A ideia do governo é acelerar ao máximo a aprovação do plano para que os parlamentares não compreendam o seu conteúdo, não discutam alternativas e não proponham melhorias. E esse é um governo que se julga defensor da democracia.

JONY PERBONI (Curitiba, PR)

*

"Não podemos retirar a idade mínima de 65 anos de jeito nenhum", diz o deputado Arthur Oliveira Maia (PPS), que afirmou que a votação da reforma é momento decisivo para o governo Temer e que a Câmara está se "conscientizando". Prestem atenção ao detalhe: a sigla PPS significa Partido Popular Socialista. Já imaginaram o que o partido faria com o povo brasileiro se não fosse popular e socialista? Quanto à conscientização dos deputados, acredito que ela será no sentido exclusivo de "ferrar" de uma vez por todas com os 200 milhões de brasileiros.

VALDIR BICUDO (Curitiba, PR)

*

Ninguém explica que a aposentadoria aos 54 anos sofre pesada redução dos ganhos e é atuariamente neutra em relação à aposentadoria integral aos 60 anos. Ambas custam o mesmo ao INSS. É, portanto, equivalente a uma idade mínima de 60 anos, nos moldes em que descreve o governo. Para um país ainda jovem, deveria ser suficiente. É falacioso dizer que não há idade mínima para aposentadoria no Brasil, pois o fator previdenciário é o seu equivalente.

RICARDO KNUDSEN (São Paulo, SP)

*

Ninguém deve ter dúvida sobre a necessidade urgente de uma reforma na Previdência. Entretanto a idade mínima de 65 anos é discutível. Lamentavelmente não assistimos a nenhuma movimentação pela cobrança das dívidas bilionárias das empresas em falência (muitas vezes fraudulentas) para com a Previdência Social. Também não se fala sobre a destinação correta das arrecadações do impostos e contribuições, estipuladas por lei, para fazer frente às despesas do INSS.

LUIZ ANTÔNIO ALVES DE SOUZA (São Paulo, SP)

*

Com gastos astronômicos, consumindo milhões dos cofres públicos em benefícios ao Judiciário, parlamentares, assessores e Presidência da República, como o governo pode pedir ao humilde trabalhador, com aposentadoria miserável, que aceite pacificamente perdas sociais para implementar a reforma da Previdência? O exemplo não deveria vir de cima?

MELCHIOR MOSER (Timbó, SC)

*

A idade mínima para a aposentadoria deveria ser estabelecida de acordo com a penosidade da profissão exercida. Não podemos comparar, por exemplo, um trabalhador braçal de 65 anos, que não tem formação para um cargo melhor, com um profissional de colarinho-branco que trabalha no ar-condicionado e tem diversos cursos de pós-graduação.

TERSIO GORRASI (São Paulo, SP)

-

REMÉDIOS

O plano do prefeito João Doria de transferir a distribuição de remédios dos postos de saúde para drogarias privadas revela, com clareza solar, sua disposição de prejudicar as camadas sociais menos favorecidas. Como dizia Fausto, "seus instintos selvagens ainda estão adormecidos". Coisas piores virão.

CLECIO RIBEIRO, advogado (São Paulo, SP)

*

É comum, no sistema de distribuição de medicamentos em farmácias particulares, o paciente chegar com a receita e o farmacêutico informar que não tem a medicação, tentando empurrar alguma marca "baratinha". Na verdade, a própria farmácia retardou, propositadamente, as requisições das medicações gratuitas, com o objetivo de faltar, culpar o governo e aumentar o lucro com vendas de marcas. É Brasil, né? Negócio é "fazer a economia girar" e dane-se a população!

ALEXANDRE SARTORI BARBOSA (Curitiba, PR)

-

CORRUPÇÃO

O combate à corrupção tem que ser igual ao combate ao mosquito da dengue: tem que começar no nosso quintal.

ROBERTO GODINHO (São Roque, SP)

-

EMPRESAS E CLIENTES

Já foi o tempo em que relacionamento com cliente era apenas praxe das organizações mais "antenadas". Hoje, além de produtos de qualidade, serviços adequados e reputação ilibada, os consumidores buscam uma comunicação personalizada com as empresas, e, falemos a verdade, atendimento "robotizado" tira qualquer um do sério.

MARCO ANTONIO FELIX (São Paulo, SP)

-

CARNAVAL

Daniela Mercury disse que não sabia se viria para São Paulo porque não pagaria os R$ 240 mil pedidos pela prefeitura. Veio domingo. Ela pagou? Alceu Valença pagou? Se sim, isso foi publicado? Qual o destino dado a essa verba? Ou isso foi mais uma notícia dada pelo prefeito e que não foi cumprida, como a de os blocos terem no máximo 20 mil foliões? O que se fala é uma coisa, e a realidade mostra outra.

FÁBIA R. DE BRITTO WANDERLEY (São Paulo, SP)

-

COLUNISTAS

Concordo com Gaspari que é missão do Estado oferecer condições de progresso ao Nordeste. Lula à parte, os críticos demonstraram a total irracionalidade do projeto de transposição do São Francisco. Sabe-se mas não se divulga quanto dinheiro e tempo faltam para a água chegar, nem mesmo se chegará a quem deveria. Vai se repetir a velha história da açudagem, em que os senhores da terra se tornaram também os senhores da água?

EMILIO BORSARI ASSIRATI (Bebedouro, SP)

*

Na coluna sobre a caretice da geração Y, Luiz Felipe Pondé mais parece que fala de si próprio, uma vez que as características que enumera caem como uma luva no seu estilo. Isso me leva à inevitável conclusão de que Pondé, incomodado com a concorrência, pleiteia para si o monopólio da caretice e não quer dividi-lo com ninguém, muito menos com a geração Y.

DARCIO DE SOUZA (São Paulo, SP)

-

PARTICIPAÇÃO

Os leitores podem colaborar com o conteúdo da Folha enviando notícias, fotos e vídeos (de acontecimentos ou comentários) que sejam relevantes no Brasil e no mundo. Para isso, basta acessar Envie sua Notícia ou enviar mensagem para leitor@grupofolha.com.br


Endereço da página:

Links no texto: