Folha de S. Paulo


Confissão deveria ser suficiente para derrubar governo Temer, opina leitor

Marlene Bergamo - 29.abr.2016/Folhapress
O advogado José Yunes em seu escritório em São Paulo
O advogado José Yunes, ex-assessor de Temer, em seu escritório em São Paulo

ELISEU PADILHA

O governo Temer mentiu ao afirmar que não houve caixa dois nem entrega em dinheiro a pedido do presidente. A confissão do amigo dele e ex-assessor da Presidência, José Yunes, de que recebeu, sim, um pacote, a pedido do ministro Eliseu Padilha, confirma o que já havia sido delatado por executivos da Odebrecht. Essa mentira confessa seria suficiente para derrubar o governo de Michel Temer, fosse o Brasil um país minimamente sério.

MÁRIO BARILÁ FILHO (São Paulo, SP)

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Mais uma prova da forte ligação entre Michel Temer e Eduardo Cunha. Quanto ao Eliseu Padilha, um dos três mosqueteiros do presidente, ele faria bem ao país caso pedisse demissão.

EDELSON BESERRA RESENDE (Brasília, DF)

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SERRAGLIO NA JUSTIÇA

Lamentável a escolha do presidente da República. O governo é medíocre e sempre o será. Deveria, já que é para desmoralizar, convidar o senador Renan Calheiros para ser ministro da Justiça.

RUBENS SCARDUA (Mogi Guaçu, SP)

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O futuro chefe da Polícia Federal diz para o presidente da República que quer manter distância da Lava Jato justamente no momento em que vários integrantes do PMDB são citados na Operação Blackout. O ministro da Justiça não teria que apoiar explicitamente a Lava Jato? Osmar Serraglio, ao ser nomeado, diz: "Tô fora!". Seria caso de prevaricação? É muita ousadia vinda justamente de deputado do Paraná.

B. GALEANO (Belo Horizonte, MG)

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Com a feliz escolha do deputado federal Osmar Serraglio, que prima pela honradez e pela competência, estamos vendo alguma luz no fim do túnel. O Ministério da Justiça está em boas e decentes mãos, e o país só se beneficiará disso.

DOUGLAS JORGE (São Paulo, SP)

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É conversa fiada do deputado Fábio Ramalho que ele está defendendo Minas Gerais ao romper com o governo de Michel Temer. Na verdade, ele quer é aumentar a sua influência política, considerando que é vice-presidente da Câmara. Mas isso é o PMDB, nada sacia o partido. Dizer que vai trabalhar para derrotar os projetos de interesse nacional, para contrariar o presidente, é de uma falta de patriotismo lamentável.

MANOEL PASSOS (Brasília, DF)

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Concordo com quase todas as observações do colunista Bernardo Mello Franco, exceto com a de que Eduardo Cunha é o "alvo mais notório" da Operação Lava Jato. Evidentemente o alvo mais notório é outro, que anda livre e despreocupado por aí, falando o que bem entende sobre tudo e sobre todos.

DALTON MATZENBACHER CHICON (Florianópolis, SC)

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SANEAMENTO

Conclusões dos artigos sobre saneamento publicados na Folha, dois de Capobianco e dois meus: (a) o lucro da Sabesp é integralmente reinvestido na melhoria do serviço, dentro dos limites legais; b) a parte do leão, abocanhada por impostos federais, teria melhor destino se fosse reinvestida; (c) nossas tarifas são em geral baixas se comparadas com a dos países desenvolvidos e vice-versa quando divididas pelas correspondentes rendas médias. Por isso o saneamento no Brasil ainda não é universalizado.

JERSON KELMAN, presidente da Sabesp (São Paulo, SP)

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No artigo "Saneamento, custo versus eficiência", o biólogo João Paulo Capobianco, ao exigir mais eficiência da Sabesp, afirma em conta enviesada que os valores nominais de tarifa de esgotos pagos pelo paulistano com relação a sua renda média correspondem a duas ou a quatro vezes o que pagam um cidadão nova-iorquino ou um parisiense. Mas o fato é que, em valores absolutos, as tarifas de esgotos não conseguem cobrir os custos relativos à coleta e tratamento, razão principal do deficit do saneamento em nosso país.

JOSÉ EDUARDO W. DE A. CAVALCANTI, engenheiro (São Paulo, SP)

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USP

O editorial "Responsabilidade na USP" omite que o governo estadual pressiona para a abertura de novos campi e cursos, exclui valores da base de cálculo do ICMS e descumpre acordos de repasse referentes às expansões e auxílios para permanência de alunos carentes. Assim, a enunciada falta de responsabilidade das três universidades paulistas com o orçamento deve ser compartilhada com o governador e deputados estaduais.

MARCUS VINICIUS MALTEMPI (Rio Claro, SP)

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Em suas notas e editoriais, a Folha se esquece —penso que propositalmente— de lembrar ao leitor que as universidades estaduais, sobretudo a USP, receberam milhares de alunos novos enquanto o repasse estadual continuou o mesmo.

SUELY QUEIROZ (São Paulo, SP)

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O editorial levanta uma importante discussão que deve ser feita de forma transparente. Será que vamos resolver o problema fechando as creches, responsáveis por 0,51% do orçamento da USP de 2016? Ou será melhor rediscutir o repasse que não aumentou, apesar de a universidade ter crescido com a inclusão da Escola de Artes, Ciências e Humanidades (USP-Leste) e da Escola de Engenharia de Lorena, e cortar o excedente dos supersalários que são maiores do que o do governador e, portanto, estão fora da lei?

ISABELLE C. S. DE CASTRO (São Paulo, SP)

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DÉRBI

Incrível a magia que envolve um clássico Corinthians x Palmeiras. A comoção na cidade lembra final de campeonato, ainda que seja só um jogo pelo estadual. Pena a torcida única, o horário, a não profissionalização da arbitragem etc.

CLÁUDIO FERREIRA (São Paulo, SP)

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PICHAÇÕES

Por e-mail, os alunos do 5º ano A da EMEB Anor Ravagnani, em Franca (SP), enviaram a fotografia de uma carta endereçada ao Painel do Leitor. Em grupo, os estudantes discutiram e opinaram sobre reportagens publicadas na Folha com medidas de João Doria (PSDB) contra as pichações na cidade de São Paulo.

"Chegamos a uma conclusão que ele agiu certo em tirar as pichações que poluem a paisagem da cidade e agridem os cidadãos, porém agiu errado ao fazer a mesma coisa com o grafite, uma arte livre conhecida mundialmente", diz trecho.

Reprodução
Carta escola

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