Folha de S. Paulo


Leitores criticam indicações políticas do governo de Michel Temer

INDICAÇÕES POLÍTICAS

Nomeações deveriam obedecer a critérios éticos e técnicos. Sob nova ótica, líderes partidários aliados, investigados ou citados na Lava Jato, por exemplo, não assumiriam quando indicados, nem poderiam sugerir nomes para cargos estratégicos. Probidade, capacidade e independência são pré-requisitos inegociáveis, porém o corporativismo político insiste em usurpar competências, arvorando-se em entidade onisciente, onipresente e onipotente na defesa dos próprios interesses.

RICARDO C. SIQUEIRA (Niterói, RJ)

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O despudor que se constata nas últimas indicações e nomeações na esfera federal de governo parece chegar às raias do deboche. Lembra o tipo manda quem pode, obedece quem tem juízo. O que não falta, infelizmente, são as seguidas cenas do bater de palmas em fotografias melancólicas. Os papagaios de pirata estão à solta, esquecidos de que, em termos políticos, são de voos baixos com pouso incerto no limbo da história.

ANTONIO FRANCISCO DA SILVA, professor (Rio de Janeiro, RJ)

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O PMDB, que desfilava de bom-moço na sombra do poder, agora encontra dificuldades para armar o enredo, já que os seus principais participantes estão envolvidos na Lava Jato. Conseguem desmoralizar o STF, desembargadores, juízes, oficiais de Justiça. Moralidade e respeito ao povo não existem e ficamos reféns do apetite com que lutam para ficar nos cargos. Agora, desfilando sob aplausos da ilusão, entram na avenida nomeando seus pares como se não houvesse amanhã. Mas podem esperar: a lista de Janot está chegando.

PAULO MARINHO (Rio de Janeiro, RJ)

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CORRUPÇÃO

Os números da corrupção no Brasil não são significativos? Os números da sonegação de impostos pelos multimilionários e grandes corporações bem assessoradas juridicamente não são significativos? Por que, então, não entram nas contas quando o governo fala em deficit e ajuste fiscal? Tudo para continuar impune e usando do poder em benefício próprio. Que vergonha!

FÁTIMA WANDERLEY (São Paulo, SP)

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IMIGRANTES

Mais uma derrota, Trump! Se quer de fato trazer mais segurança para os cidadãos americanos, que tal começar a pensar numa melhor regulamentação da venda de armas?

JORGE ROMEIRO (Rio de Janeiro, RJ)

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Fiquei feliz ao saber que as escolas públicas em Nova York defenderão, a despeito de Trump, os filhos de imigrantes que nelas estão matriculados. No Brasil, os adeptos da infame Escola sem Partido já estariam vociferando por mais "neutralidade" no ambiente escolar. Não sabem a diferença entre usar uma sala de aula para "doutrinar" alunos e fazer da educação um espaço de justiça e dignidade. Parabéns à cidade de Nova York!

LEANDRO VEIGA DAINESI, professor (Lorena, SP)

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MOTIM DA PM NO ES

O que aconteceu no Espírito Santo devido à ausência de um órgão repressor diz muito mais sobre a falência do Estado do que sobre a índole das pessoas envolvidas.

LAURA BARRIO (São Paulo, SP)

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COLUNISTAS

Reinaldo Azevedo, em brilhante texto apoiando Gilmar Mendes, lembra que a jurisprudência brasileira tem evoluído no sentido de reprovar prisões provisórias longas. Correto. Ocorre que constatamos ultimamente que a corrupção tem evoluído em direção contrária, e a jurisprudência, por definição, é muito sensível à realidade social. Está na hora, portanto, de dar um cavalo de pau nessa jurisprudência.

DAVID WAISMAN (Brasília, DF)

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Os artigos de Vladimir Safatle e de Ruy Castro se complementam. Vladimir descreve o cenário e Ruy Castro apresenta os terríveis atores desta tragédia política que nos governa. Todos devem aguardar o segundo espetáculo do circo dos horrores previsto para este mês: a sabatina de Alexandre de Moraes, aquele de conduta ilibada!

MOACYR DA SILVA (São Paulo, SP)

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Ler o artigo "A burguesia fede", de Tati Bernardi, é uma forma de compreender como o preconceito e o ódio estão cada vez mais arraigados. Poucas vezes li algo tão recheado de estereótipos e intolerância. Deve ser mesmo difícil para a colunista ter de conviver com tanta gente tão "inferior" a ela.

GERSON CANER (São Paulo, SP)

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MINISTRO DA SAÚDE

Ricardo Barros adquiriu um empréstimo de R$ 13 milhões do parceiro no negócio para pagar a primeira parcela da compra de 50% de um terreno na região de Marialva (PR). Antes do vencimento da segunda parcela o ministro vendeu o terreno ao parceiro, quitando a dívida. O acordo entre a Prefeitura de Maringá e o Dnit para a construção do contorno sul de Maringá foi firmado cinco anos antes da compra do terreno. Barros manterá austeridade na gestão apesar de interesses contrariados.

RENATO STRAUSS, chefe da assessoria de imprensa do Ministério da Saúde (Brasília, DF)

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METRÔ DE SÃO PAULO

A manutenção preventiva do Metrô é custeada com recursos próprios. Não houve redução de verbas para a operação, como afirma a Folha ("Metrô esvazia verba para operação da rede", "Cotidiano", 10/2). A rubrica orçamentária "operação" se refere a investimentos em benefício da infraestrutura de operação da rede metroviária. Nos últimos anos, o Metrô modernizou 82 trens, instalou ar-condicionado e implantou novo sistema de freios ABS, além da reforma de 21 estações. Tudo em benefício da segurança e conforto dos usuários.

ADELE CLAUDIA NABHAN, chefe do departamento de imprensa do Metrô (São Paulo, SP)

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