Folha de S. Paulo


Operação foi recado a quem achou que a Lava Jato seria calada, diz leitor

Alan Marques/Folhapress
CPI do BNDES ouve o empresário Eike Batista, fundador do Grupo EBX, nesta terça-feira, em Brasília (DF)
O empresário Eike Batista, fundador do grupo EBX

EIKE BATISTA

A operação foi um bom recado para quem acreditava que, com a morte de Teori Zavascki, a Lava Jato seria calada.

PAULO ANTONIO DE FIGUEIREDO (Itaúna, MG)

*

É bom lembrar que Eike Batista e o ex-governador do Rio Sérgio Cabral (PMDB) tinham trânsito livre junto aos ex-presidentes Dilma Rousseff e Lula (PT). Este até se emocionou ao elogiar o ex-governador em vídeo que circulou recentemente na internet.

ARTHUR MONDIN (Guarapuava, PR)

*

Há tanto controle e filas em aeroportos para saber quem está entrando e saindo do país, mas ninguém teve o bom senso de abrir a tela do computador antes de deflagrar a operação e ver que o principal alvo tinha viajado. Muito bom, viva a inteligência!

CASSIO NOGUEIRA (Santos, SP)

-

GILMAR MENDES

A respeito de especulações sobre uma possível nomeação do ministro Gilmar Mendes para a relatoria da Lava Jato no STF em substituição ao ministro Teori Zavascki, é oportuno lembrar que ele gosta de pedir vistas de processos como forma de brecar o andamento. Lembro-me de um caso em que ele pediu vistas de um processo que ficou retido por mais de um ano. Não acho que um ministro com esse perfil tenha condições de tocar a Lava Jato no Supremo.

REGINA CUTIN (São Paulo, SP)

*

Definir o ministro Gilmar Mendes para prosseguir com os processos da Lava Jato após ele passar horas reunido com o presidente Michel Temer (PMDB), citado em delações, equivaleria a fazer um castelo de areia à beira-mar. Seria mais ou menos como chamar o Maradona pra apitar uma final de Copa do Mundo entre Brasil e Argentina.

PAULO ALVES FERREIRA (São Paulo, SP)

-

PICHAÇÕES

O Brasil não precisa reinventar a roda. Procurem saber o que outros países fazem com os pichadores. Torço para que a Câmara Municipal de São Paulo aprove uma lei bem rígida a respeito. Cabe a cada um de nós ligar para a polícia quando vir algum gaiato desses sujando a propriedade alheia. É pura falta do que fazer.

JAIME PEREIRA DA SILVA (São Paulo, SP)

*

Poderia ser criada uma área para a produção desses grafites, que são bonitos e interessantes, realmente, só não podem ser pintados aleatoriamente em qualquer fachada, seja pública ou privada. Não devemos ter vergonha de copiar soluções já consagradas em outros países, como, por exemplo, Wynwood Walls, em Miami, que é um parque de paredes grafitadas.

FABIO KNOPLOCH (São Paulo, SP)

-

DONALD TRUMP

Em um exemplo de que este mundo realmente dá voltas, no ano de 1987 o presidente republicano dos EUA, Ronald Reagan, em um discurso histórico, pediu ao então líder soviético, Mikhail Gorbachev, que derrubasse o muro que dividia a Alemanha em duas. Três décadas se passaram, e o republicano Donald Trump resolveu erguer uma muralha em seu país separando-o do vizinho México. A história conta que os eventos se repetem, mudam apenas os atores.

ANDRÉ PEDRESCHI ALUISI (Rio Claro, SP)

*

Gostem ou não do novo presidente dos EUA, ele está mudando as peças do tabuleiro do xadrez global numa velocidade nunca vista. Quem poderia imaginar que o país viraria as costas para a América e se aproximaria da Rússia? Essas mudanças todas representam enormes oportunidades para os outros países, que vão buscar se reposicionar no cenário global. O Japão pode se aproximar, quem diria, da China, que será convidada a entrar na Parceria Transpacífico no lugar que Trump deixou vazio. O Brasil poderia aproveitar as enormes oportunidades e convidar o México para integrar o Mercosul, por exemplo.

MÁRIO BARILÁ FILHO (São Paulo, SP)

*

Não sei se isso é bom ou ruim para a democracia, mas algo me diz que Donald Trump vai seguir o mesmo caminho de Richard Nixon e Jânio Quadros —a renúncia— muito antes do que poderíamos imaginar.

HELMIR ZIGOTO (Rio de Janeiro, RJ)

*

A excêntrica personalidade de Trump em seus primeiros movimentos tem assustado o mundo. Autorização para construção de um muro na fronteira com o México, revogação de acordo comercial com países do Pacífico, leis rígidas para imigrantes, proposta de não cumprimento de acordo planetário sobre o clima e planos diferentes dos da União Europeia sobre a Otan são alguns dos fatores que deixam a comunidade internacional perplexa. O surgimento da evasiva americana na política, na economia e nas relações internacionais pode significar que começamos a derrocada de fundamentos do capitalismo e da globalização.

DAVI LOPES DOS SANTOS (Brasília, DF)

-

CONSELHO PENITENCIÁRIO

No país das indicações políticas, naturalmente os ministros não tomam as melhores e adequadas decisões e, muitas vezes, desafiam o saber dos especialistas da área. Porém a renúncia em bloco no Conselho Nacional de Política Criminal e Penitenciária do Ministério da Justiça não merece pesar, haja vista as dramáticas condições dos presídios reveladas nos recentes episódios. Os membros renunciantes não devem se furtar da responsabilidade por essa desgraça.

ÂNGELA LUIZA S. BONACCI (Pindamonhangaba, SP)

-

PARTICIPAÇÃO

Os leitores podem colaborar com o conteúdo da Folha enviando notícias, fotos e vídeos (de acontecimentos ou comentários) que sejam relevantes no Brasil e no mundo. Para isso, basta acessar Envie sua Notícia ou enviar mensagem para leitor@grupofolha.com.br


Endereço da página:

Links no texto: