Folha de S. Paulo


SP ainda aprende a lidar com organizações criminosas, diz leitor

CRISE PRISIONAL

O Estado de São Paulo aprendeu a duras penas, e ainda aprende, a lidar com integrantes de organizações criminosas no interior do sistema prisional e a evitar massacres. No momento em que o Estado é acusado de "exportar" presos e de expandir os limites do crime organizado para o sistema carcerário nacional, talvez seja o momento de exportar ações exitosas, como o Grupo de Intervenção Rápida, especializado em conflitos no interior das unidades e em evitar atuação da PM ou das Forças Armadas.

HERIVELTO DE ALMEIDA, promotor na área de Execuções Criminais (Araraquara, SP)

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Surpreendente a capacidade de desinformação da assessora de imprensa da Secretaria da Administração Penitenciária. Ela diz no "Painel do Leitor" que SP é o único Estado que conta com o RDD (Regime Disciplinar Diferenciado) nas penitenciárias. Não pesquisei sobre os demais, mas, no Paraná, em 2008, quando trabalhei como médica na Secretaria da Justiça, o RDD já fazia parte do elenco disciplinar do Departamento Penitenciário.

TÂNIA MADRUGA DUARTE (Curitiba, PR)

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Diferentemente do que diz o artigo "Pacificação em São Paulo, caos no Brasil", de Camila Nunes Dias, não é dentro das prisões que o crime se articula; é fora delas. O governo de São Paulo não faz acordo com criminosos, mas, sim, combate o crime organizado com investimento, monitoramento e inteligência. Por essa razão foi o primeiro Estado brasileiro a ter uma penitenciária de segurança máxima e o Regime Disciplinar Diferenciado, que isola criminosos com medidas mais rigorosas.

MÁGINO ALVES BARBOSA FILHO, secretário da Segurança Pública do Estado de São Paulo

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O notório colunista de esquerda Bernardo Mello Franco, portanto oposição ao atual governo federal, baseia-se em opiniões de Walter Maierovitch para desancar medidas tomadas em relação à grave crise penitenciária. Cumpre ressaltar que o "especialista" citado é conhecido por posições quanto à política antidrogas, não sobre assuntos prisionais. O Executivo acerta ao decretar as medidas de emergência, pois é necessário estancar as rebeliões de imediato.

OSVALDO CESAR TAVARES (São Paulo, SP)

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No Espírito Santo, há prédios novos, mas já superlotados. Em 2005, eram 15 unidades prisionais. Hoje, são 35. Em 14 anos, saímos de 2.920 presos para 19.781, com 78% de negros! Abundam práticas ilegais, com participação ativa e omissiva de parte do Judiciário e do Ministério Público: torturas, maus tratos, ofensa à atividade dos advogados, precárias visitas de familiares e altíssima ociosidade, com disciplinamento enlouquecedor.

GILVAN VITORINO, advogado voluntário da Pastoral Carcerária e mestre em ciências sociais pela UFES (Vitória, ES)

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FORTUNAS

A reportagem "Fortuna dos 6 brasileiros mais ricos é a mesma de 100 milhões" fala sobre a concentração de renda de pessoas no país e no mundo, algo importante. Porém é mais útil saber como o vizinho ficou rico do que simplesmente saber que ele ficou rico. Temos que estimular as pessoas a serem empreendedoras, a acreditarem no trabalho, e não a se sentirem menores e injustiçadas.

ANTÔNIO OLINTO ÁVILA DA SILVA (Santos, SP)

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GUILHERME BOULOS

Discussões sobre a legalidade da reintegração de posse à parte, fiquei chocado ao ver na TV os tratores destruindo os horríveis barracos dos "invasores", agora novamente transformados em sem-teto. Lembrei-me da música de Adoniran, que dizia "cada táuba que caía, doía no coração".

CARLOS BRISOLA MARCONDES (Florianópolis, SC)

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A Folha publicou na sua primeira página uma foto do "líder" do MTST (Movimento dos Trabalhadores Sem Teto) Guilherme Boulos. Também apresentou grande reportagem sobre a baderna praticada pelo movimento em reação a uma reintegração de posse. Para completar, publicou longa entrevista com esse "grande líder", onde ele, mais uma vez, posa como vítima de perseguição política, negando, apesar da foto de barracos incendiados, qualquer violência.

LUIZ ANTÔNIO ALVES DE SOUZA (São Paulo, SP)

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COPA SÃO PAULO

Uma coisa me intriga: por que a Folha não tem dedicado uma linha sequer à Copa São Paulo? É uma pena que desconsidere seus leitores que amam futebol e que gostariam de ver matérias sobre as "revelações", as "promessas" e as condições de cada time, como faz nos outros campeonatos.

MOACIR AMARAL (São Paulo, SP)

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JOÃO DORIA

Acho que o prefeito João Doria deveria parar com o marketing "cidade limpa" e começar a focar assuntos mais urgentes, como mobilidade, creches, combate às enchentes, mendigos nas ruas, cracolândia, limpeza de bueiros e outros assuntos mais necessários em uma cidade como São Paulo.

MARIA HELENA BEAUCHAMP (São Paulo, SP)

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FAPESP

A Sociedade Brasileira de Virologia manifesta seu espanto ao verificar as alterações no orçamento do Estado de São Paulo e o corte de R$ 120 milhões na dotação da Fapesp, que mostrou sua importância diversas vezes. Mais recentemente, financiou estudos sobre o vírus da zika que resultaram em avanços. Entendemos a situação precária dos importantes institutos de pesquisa, mas cabe ao governo adequar as receitas desses órgãos às necessidades do Estado sem descumprir os preceitos constitucionais.

MAURÍCIO LACERDA NOGUEIRA, presidente da Sociedade Brasileira de Virologia (São José do Rio Preto, SP)

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