Folha de S. Paulo


'Cunha sabe muito, o suficiente para derrubar a República', diz leitor

Pedro Ladeira/Folhapress
BRASILIA, DF, BRASIL, 12-09-2016, O deputado Eduardo Cunha, se defende em sessao na Camara dos Deputados, que vai decidir se o seu mandato sera cassado. (Foto: Pedro Ladeira/Folhapress, PODER)
O ex-deputado Eduardo Cunha, preso em Curitiba desde outubro

PRESSÃO SOBRE CUNHA

Não resta dúvida de que Cunha sabe muito, o suficiente para derrubar a República. Resta saber se o Judiciário vai corresponder à altura ("Ação eleva pressão para Cunha deletar e exibe seu arsenal", "Poder", 14/1).

EDELSON BESERRA RESENDE (Brasília, DF)

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A crise saiu dos intestinos e chegou ao coração do governo de Michel Temer. Eduardo Cunha, o homem que ungiu Temer à presidência da República, agia em conjunto com Geddel Vieira Lima, ex-ministro da Secretaria de Governo de Temer, para desviar dinheiro na Caixa Econômica Federal. O principal beneficiário desses desvios era o PMDB, partido que na época era presidido por Temer. Parece que Lula finalmente encontrou um adversário à altura na disputa pelo título de político mais corrupto do Brasil.

MÁRIO BARILÁ FILHO (São Paulo, SP)

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JOÃO DORIA

A Folha publicou neste sábado carta de um leitor elogiando Doria por querer tirar leite, material e transporte escolar das crianças paulistanas ("Painel do Leitor", 13/1). No Brasil atual e imbecilizado, governantes bons são os que tomam "medidas impopulares". Agora, políticos farão campeonato de quem maltrata mais do povo.

TANIA GUIMARÃES (São Paulo, SP)

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ANDRÉ SINGER

Talvez esse modelo de profundas mudanças na economia brasileira tenha como pano de fundo um viés autoritário que tenha como objetivo a instituição de um perverso Estado ditatorial ("Desafio democrático", "Opinião", 14/1).

TANCREDO FAGUNDES LINS (Belo Horizonte, BH)

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EDITORIAL

Maravilha este país contar com a extraordinária reserva moral representada pelos tucanos. Em tantos meses de devassas policiais-judiciárias, nem
um único deles apanhado e indiciado de verdade ("Sem trégua", "Opinião", 14/1).

JAQUES BRAND (Curitiba, PR)

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TRUMP

Vê-se que ainda repercute a fala de Meryl Streep criticando Trump, acrescida agora do vídeo dos artistas contrários a Trump ("Atores de Hollywood cantam 'I Will Survive' contra Trump", "Mundo", 14/1), maioria nesse meio. De forma bem-humorada, afirmam que sobreviverão. Por aqui, a repressão à
opinião divergente é crescente, explícita e já autoritária, ainda que não fardada.

ADILSON ROBERTO GONÇALVES (Campinas, SP)

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EDUCAÇÃO

Nada contra os comentários e recomendações de Claudia Costin ("Bons professores", "Opinião", 13/1). Há, no entanto, um problema básico que a autora ignora: nossos estudantes não pretendem ser professores. A profissão é simplesmente descartada. Quem terá como ideal uma profissão em que o salário será de R$ 2.298,80 para 40 horas semanais de trabalho? Nem isso. Basta dizer que há governadores e prefeitos já se articulando para não serem obrigados a pagar o teto estabelecido por lei.

NEWTON CESAR BALZAN (Campinas, SP)

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MARACANÃ

A atual situação do estádio do Maracanã reflete bem o que é o Brasil. De início, na sua reforma, foi depenado por construtoras e políticos inescrupulosos com superfaturamento. Agora, depois de pronto, é depenado pela população. O brasileiro não gosta do Brasil. Um povo culturalmente mais desenvolvido faria plantão, diuturnamente, na porta do estádio para proteger o seu patrimônio contra a depredação. Saudades dos torcedores japoneses que catavam o lixo dentro dos estádios ao final dos jogos da Copa-2014 ("Odebrecht pede R$ 60 mi pelo Maracanã", "Esporte", 13/1).

WALDIR CALDEIRA, biólogo (São Paulo, SP)

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Faço coro ao que escreveu o colunista Ruy Castro ("Memória demolida", "Opinião", 13/1). É um crime o que fizeram e estão fazendo com o Maracanã. Destruíram todo um patrimônio cultural, de valor imensurável, em prol de uma suposta modernização. Na verdade, o que tem prevalecido é um descarado mercantilismo, cujas consequências estamos agora lamentando.

JORGE RIBEIRO NETO, jornalista (Campinas, SP)

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GERALDO ALCKMIN

É no mínimo superficial e enviesada a análise feita pelo artigo "Chuchu sem sal", de Fábio Zanini ("Opinião", 13/1). O governador Geraldo Alckmin lidera o maior Estado do país e, apesar da grave crise que o país atravessa, mantém São Paulo nos eixos, com contas em dia e capacidade de investimento. É, sem qualquer dúvida, um dos políticos de maior influência nacional, além de um trabalhador incansável, servidor da causa pública, homem de ética irretocável. E conta com o apoio irrestrito do PSDB de São Paulo. E esse sim é um bom caminho para ganhar qualquer eleição.

PEDRO TOBIAS, deputado e presidente estadual do PSDB-SP (São Paulo, SP)

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IMIGRANTES EM PORTUGAL

Reportagem da Folha mostra que os portugueses não apoiam os imigrantes. Minha irmã solicitou cidadania portuguesa porque nosso pai, Florestan, era filho de Maria Fernandes, que emigrou de Braga para São Paulo no início do século 20. O pedido foi indeferido porque na certidão de nascimento não consta o nome da minha avó como testemunha. Para o juiz, faltou prova de que Florestan era filho de Maria Fernandes. Ele, que já não teve pai, acabou de perder a mãe. Note-se que Florestan recebeu o título doutor honoris causa da Universidade de Coimbra ("Tensão imigratória em Portugal cresce com legalização mais difícil", "Mundo", 9/1).

HELOÍSA FERNANDES, socióloga (São Paulo, SP)

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