Folha de S. Paulo


Trabalhador acabou sendo vítima de racismo, diz leitor

MORTE NO METRÔ
Ao evitar uma agressão homofóbica praticada por dois homens, um trabalhador acabou sendo vítima de racismo. A ausência do poder público, em garantir a segurança, e o olhar passivo dos transeuntes chocam tanto quanto o brutal assassinato ("Homem é morto no metrô após salvar travestis de agressão", "Cotidiano", 27/12).

LUIZ ROBERTO DA COSTA JR. (Campinas, SP)

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A conduta assustadora e cruel praticada por dois psicopatas que culminou com a morte do ambulante Luiz Carlos Ruas, cujo único "crime" foi defender duas travestis, está longe de ser o mais repugnante do fato. Pior do que isso foi a omissão dos transeuntes que assistiram impassíveis a ação animalesca, sem esboçarem nenhuma reação.

MAURÍLIO POLIZELLO JÚNIOR (Ribeirão Preto, SP)

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Ultimamente temos visto vídeos gravados pelas chamadas câmeras de segurança que não servem para nada, a não ser notícia na mídia. Presume-se que sirvam para registrar e divulgar as atrocidades cometidas e tentar punir os culpados. No entanto, nada representam de segurança para os usuários do local, como se viu mais uma vez em que um senhor é barbaramente espancado até a morte, numa estação de metrô, sem qualquer intervenção da chamada segurança. Que segurança é essa?

MARIA LÚCIA BRESSANE CRUZ (Campinas, SP)

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LULA
Curioso que a arrecadação pró-Lula tenha como objetivo usar o recurso não para defesa jurídica, mas para suporte de mídia. Será que agora vivemos num país onde simplesmente convencer a população de sua inocência através de golpes publicitários é suficiente? Lula enfrenta um processo judicial e não deveria esperar reverter sua situação com mais comunicação ou demagogia, mas com argumentos jurídicos e refutando as provas contra si apresentadas ("Arrecação pró-Lula atinge 54% da meta", "Poder", 26/12).

LUIZA DANIEL DE CAMPOS (São Paulo, SP)

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EQUILÍBRIO
Com publicação de dois artigos na mesma semana, um do Cairo sobre ativista egípcia Nawal El Saadawi ("Feminismo à oriental", "Ilustríssima", 25/12) e outro de Tel Aviv sobre Stefan Zweig ("Mestre Zweig", "Ilustrada", 27/12), a Folha deu um grande e raro exemplo na imprensa mundial de um jornal consciente e responsável. Como brasileiro-egípcio que acompanhou a Folha durante os últimos 20 anos fiquei muito impressionado. Devo levantar meu chapéu e me curvar pela grandeza do jornal.

NAGIB NASSAR, prof. emérito da UnB (Brasília, DF)

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HOSPITAL EINSTEIN
Perfeito o dr. Sidney Klajner quando se refere às práticas de gestão para desonerar a saúde. Talvez imperfeito quando afirma que diretrizes do hospital devem prevalecer sobre a autonomia médica. Lembro que bons profissionais sempre levam em conta a natureza única de cada ser humano, seu padecimento e o direito inegociável de compartilhar de decisões que afetam seu destino ("Custo da saúde só é real se tirar desperdício e ineficácia", "Entrevista de 2ª", 26/12).

MIGUEL SROUGI, prof. titular de Urologia da USP (São Paulo, SP)

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COLUNISTAS
Só uma questão não me pareceu colocada de forma muito clara no brilhante texto de Mário Sérgio Conti. É certo que "a família ilustre corrompeu a ditadura, a Nova República, o Brasil Novo, o neoliberalismo, o petismo, deu R$ 10 milhões a Temer". Mas todos os envolvidos aceitaram ser corrompidos, de bom grado em muitos casos. Não há corruptores sem corrompidos, ou vice-versa ("O Itamaraty e a Casa de Odebrecht", "Poder", 27/12).

ALEXANDRE EFFORI DE MELLO (Rio de Janeiro, RJ)

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TENDÊNCIAS/DEBATES
Não é correto que Rubens Figueiredo assine como "cientista político". Seu texto o qualifica melhor como "humorista". Fazendo graça sobre a tragédia que é a destruição da democracia e do ensaio de Estado social no Brasil ("O fenômeno Temer", "Opinião", 27/12).

LUIS FELIPE MIGUEL (Brasília, DF)

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Finalmente uma descrição realista de Temer sem sonegar-lhe os méritos. Pena que a maior parte dos brasileiros e quase a totalidade da mídia prefiram um "performer" que lhe dê assunto a alguém que vai e faz.

CLEIDE BRAGLIOLLO (São Paulo, SP)

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Patético, é só o que se pode dizer do artigo de Rubens Figueiredo. O cientista político tenta negar que o seu "fenômeno" é criticado por decisões tão impopulares quanto desacertadas, está assessorado por figuras com pendências judiciais (com sobras para o próprio "fenômeno") e tem popularidade tão desgastada que evita eventos públicos para não ouvir as vaias que faz por merecer.

GERALDO OLIVEIRA C. JÚNIOR (São Paulo, SP)

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