Folha de S. Paulo


Vitória de Renan é o ápice do 'jeitinho brasileiro' na política, diz leitor

AFASTAMENTO DE RENAN

Mais uma extraordinária vitória de Renan Calheiros. Nunca se viu uma forma tão eminente e pernóstica do "jeitinho brasileiro" para salvar um político. Ele desrespeita olimpicamente ordem judicial e nada lhe acontece. A forma como se distribui justiça neste país nos incha de orgulho.

CLARILTON RIBAS (Florianópolis, SC)

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O STF ajoelha-se perante Renan. O senador tem um cargo de alta responsabilidade na República, é presidente do Congresso. Isso bastaria para afastá-lo. No entanto o STF decide que Renan pode exercer sua posição mesmo sendo réu. A decisão ridiculariza a Justiça brasileira perante o mundo e abre precedente grave. Pior. Prova que o tribunal faz acordão político, gosta de tapetão e age por conveniência.

HUMBERTO M. DO NASCIMENTO (Campinas, SP)

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Lamento a decisão do STF. Não ser réu parece-me uma exigência mais que razoável para alguém exercer qualquer cargo, ainda mais a presidência do Senado. Princípios deveriam ser inegociáveis. Nosso padrão ético está muito baixo.

FABIANA TAMBELLINI (São Paulo, SP)

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Não é possível que um cidadão que responde a 11 inquéritos, sendo oito da Lava Jato, saia impune e continue a presidir o Senado. Não há como justificar a permanência de Renan Calheiros depois que milhares de brasileiros saíram às ruas pedindo a sua saída do cenário político atual. Sinto-me envergonhado por ter um STF venal e mergulhado numa crise de indignidade, se abstendo de sua principal missão: ser o guardião da Constituição.

HÉLIO DE ALMEIDA ROCHA (Piracicaba, SP)

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Os integrantes do STF vão ter de dar muitas explicações. A sentença corre o risco de ser interpretada como acordão, o que os coloca na mira de quem faz críticas à classe política, acusada de ser useira e vezeira em promover conchavos para defender situações que são de interesse de grupos, e não da população. Por certo um fato lamentável.

URIEL VILLAS BOAS (Santos, SP)

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O STF mais uma vez prestou, na minha humilde opinião, um desserviço ao Brasil e à Constituição. Ao manter Renan, réu, no cargo de presidente do Senado, mas não na escala sucessória, e imaginando a possibilidade dos presidentes da Câmara e da República também se tornarem réus, não haverá sucessor para o presidente da República. Depois, não puniu o senador pelo desacato. Lamentável.

OTAVIO DE QUEIROZ (São Paulo, SP)

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O Supremo Tribunal Federal continua fatiando a Constituição. Grande "pizza a la Supreme".

ALROGER LUIZ GOMES (Cotia, SP)

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Michel Temer, que se diz e se apresenta há décadas como constitucionalista, agora vem com essa de articular para salvar um réu, que responde a outros 11 inquéritos, para que este permaneça ocupando o cargo de presidente do Senado.

APARECIDO JOSÉ GOMES DA SILVA (Santana de Parnaíba, SP)

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O Ministério Público deveria investigar de onde vem todo o poder de Renan Calheiros, Geddel Vieira Lima, José Sarney, Fernando Collor e Severino Cavalcanti. O Brasil precisa entender por que o presidente da República tem tanto pavor de contrariar os interesses dessa trupe que nunca acrescentou nada de relevante à nação, mas tem o poder de fazer o governo borrar as calças de medo só de pensar em contrariá-la.

MÁRIO BARILÁ FILHO (São Paulo, SP)

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Ridícula a decisão do ministro do STF Marco Aurélio Mello. Quis ser dono do Brasil. Renan tem mais é que ser investigado, processado e punido (com prisão, de preferência). No entanto, enquanto tiver a investidura constitucional de presidente do Senado, não pode ser simplesmente enxotado por uma determinação desmedida, monocrática. Ministro do STF não é Deus. Impeachment para ele.

THIAGO MEIRELES PESSANHA (Rio de Janeiro, RJ)

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Ninguém tinha se dado conta, mas Luís 14, o Rei Sol, reencarnou no Brasil, em Alagoas, e veio viver em Brasília para reinar no Planalto Central.

ARY BRAGA PACHECO FILHO (Brasília, DF)

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JANTAR PARA ALIADOS

Que exemplo o presidente Temer está dando ao povo brasileiro com gastos de R$ 42 mil em jantares para a base aliada para que votem em suas propostas. Os cardápios foram regados a vinhos estrangeiros, salmão e outras guloseimas. Tudo isso em um período de recessão e ajuste fiscal rigoroso.

MARIA HELENA BEAUCHAMP (São Paulo, SP)

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REFORMA DE PREVIDÊNCIA

O Planalto não tem credibilidade suficiente para falar em rombo na Previdência nem impor sacrifícios ao trabalhador. Recentemente, o próprio presidente Temer sancionou a lei 13.327/16, cujo teor isenta de contribuição previdenciária os honorários advocatícios de procuradores federais. Privilégios seletivos não comprometem a receita?

LAFAYETTE PONDÉ FILHO (Salvador, BA)

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AÉCIO E MORO

É no mínimo estranho ver o todo-poderoso juiz Moro, tão implacável com os petistas, de tititi e sorrisinhos com a alta cúpula dos tucanos.

JEFFERSON C VIEIRA (São Paulo, SP)

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QUADRINHOS

A obra de Adão descreve com engraçada exatidão o que milhões de brasileiros estão sentindo com relação à carreira profissional na atualidade. Infelizmente, agora trabalho é questão de "salve-se quem puder". É melhor rir do que chorar, não é?

MARCIEL DINIZ (S. Miguel do Iguaçu, PR)

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CRISE NA USP

Em resposta à reportagem "Após corte de gastos, USP voltará a contratar professores em 2017", o aumento nos gastos com pessoal da USP deveu-se a vários fatores entre os quais, a progressão horizontal dos docentes e a carreira dos funcionários, aprovadas pelo Conselho Universitário, em 2009 e 2011. Apesar disso, os docentes da USP continuaram ganhando menos que os das universidades federais e a remuneração dos funcionários nunca foi exagerada. Com a queda na arrecadação do ICMS (meados de 2013), o gasto percentual mensal com folha de pagamento aumentou. Nem os atuais reitor e vice-reitor da USP, pró-reitores, com mandato, na gestão 2010/2013; nem ninguém, à época, denunciou as correções acima. Os cerca de três bilhões de reais, que vem complementando os gastos, foram deixadas pela gestão 2010/2013. Trata-se de problema conjuntural, por ser similar a situação da USP, Unicamp e Unesp. Tanto mais que a correção salarial delas é decidida pelo CRUESP - Conselho das Universidades Paulistas.

JOÃO GRANDINO RODAS, ex-reitor da USP (São Paulo, SP)

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CRACOLÂNDIA

Sobre a carta da prefeitura, prefeito Fernando Haddad reconheceu, em entrevista à Folha, que a criminalidade havia sido reduzida na região da Nova Luz por conta da eficiência policial. Prestes a encerrar o mandato, a administração quer justificar suas falhas transferindo para outras esferas responsabilidades que sempre foram suas, como o enfrentamento ao uso do crack e aos pancadões – jamais fiscalizados pela atual administração –, com base na lei 15.777, de 2013, que proíbe a poluição sonora. O governo municipal contribuiria mais com a cidade se se ocupasse com suas próprias obrigações.

CLEBER MATA, coordenador de imprensa da Subsecretaria de Comunicação do governo estadual (São Paulo, SP)

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GESTÃO DORIA

Sobre "Primeiro escalão da futura gestão Doria tem dois réus e um investigado", a MV esclarece e reafirma que a sua contratação pelo Hospital das Clínicas, IAMSPE e Santa Casa ocorreu na mais completa observância da legislação e dos ditames éticos. A investigação mencionada tem origem em denúncia anônima e caluniosa, em que já foram prestados todos os esclarecimentos necessários, estando a MV segura de que o MP-SP concluirá pela sua lisura nas contratações.

DEISE REGUS, gerente de Marketing e Comunicação da MV (Recife, PE)

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