Folha de S. Paulo


Posicionamento de procuradores não passou muita firmeza, diz leitor

Paulo Lisboa/Folhapress
CURITIBA, PR, 30.11.2016 - 16:50 â€
Procuradores Orlando Martello, Carlos Fernando e Deltan Dallagnol dão entrevista em Curitiba

MEDIDAS ANTICORRUPÇÃO

Acho estranha a ameaça de renúncia coletiva dos procuradores da Lava Jato. Até onde sei, eles não exercem cargo passível de renúncia. Ao contrário, são servidores públicos no exercício de função para a qual fizeram concurso. Confiamos que a Lava jato continuará fazendo a faxina moral que o Brasil precisa.

ANTONIO DE BARROS FILHO (Campo Grande, MS)

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Descabido o projeto na Câmara para nova norma contra abuso de autoridade. Só não passou muita firmeza o posicionamento de grupo de procuradores, na base do "assim eu não brinco mais", quais crianças fazendo beicinho com a bola embaixo do braço. Tudo que queriam os parlamentares. Há muitas soluções: CCJ, veto presidencial e controles de constitucionalidade do STF.

LUCIANO LADEIA PRATES (Governador Valadares, MG)

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Já que o presidente Temer diz que está "ouvindo a voz das ruas", é melhor combinar com seus escudeiros Romero Jucá, Renan Calheiros, Rodrigo Maia e base aliada para pararem de fazer bobagens nas medidas anticorrupção, repatriação de valores para parentes de políticos e penalização de membros do Judiciário. Falta muito pouco para o povo ir às ruas exigindo decência.

ROGÉRIO DOS SANTOS OLIVEIRA (Itapeva, SP)

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Depois da bofetada na cara que a Câmara deu nos cidadãos com relação às medidas anticorrupção, a prudência do Senado, rejeitando o pedido de urgência sugerido por Renan para aplicar o chute de misericórdia no assunto, caiu muito bem.

JORGE A. NURKIN (São Paulo, SP)

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JOAQUIM BARBOSA

Aposentado do STF e longe do palanque da mídia, Joaquim Barbosa serenamente faz o melhor resumo do impeachment de Dilma Rousseff. Parabéns!

EVALDO GÂNDARA BARCELLOS (Santa Rita do Passa Quatro, SP)

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Gostaria de saber o que as pessoas "de bem" têm a dizer acerca das lúcidas palavras de Joaquim Barbosa. Com a aprovação das "ruas", a irresponsabilidade e o oportunismo que contaminaram todo o processo do impeachment ajudaram a nos tornar reféns do escancarado mau-caratismo que hoje vigora em Brasília.

LEANDRO VEIGA DAINESI (Lorena, SP)

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Em nome de toda a comunidade evangélica do Brasil, gostaria de repudiar de maneira peremptória a afirmação de Joaquim Barbosa, que diz que o presidente Michel Temer não tem legitimidade, liderança e expressão da vontade popular. O Brasil vive dentro de um Estado democrático de Direito, e o momento político e econômico requer apenas atenção. O presidente foi eleito com a ex-presidente Dilma de maneira democrática e assumiu a Presidência em um processo legal e democrático.

CLÁUDIO GERIBELLO, presidente da Conferência Nacional das Igrejas Evangélicas do Brasil (São Paulo, SP)

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TRAGÉDIA NO FUTEBOL

O país jamais esquecerá do povo colombiano pela belíssima homenagem póstuma que prestaram às 71 pessoas que morreram na queda do avião. Há de se ressaltar ainda os trabalhos de resgate dos bombeiros, policiais e toda a mobilização de profissionais da saúde, dos enfermeiros aos diretores dos hospitais. O discurso do ministro José Serra traduz com emoção a gratidão de toda nação.

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CAETANO VASCONCELOS (Pedro Leopoldo, MG)

Diretamente do estádio Atanasio Girardot, em Medellín, assistimos, pela TV, à tocante e sensível homenagem dos colombianos diante da tragédia que vitimou a Chapecoense, profissionais da imprensa e tripulantes. Um ato que enobrece e eleva a nossa latinidade. Gracias, Colômbia!

ANTONIO FRANCISCO DA SILVA, professor (Catete, RJ)

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A emocionante homenagem prestada pelo povo colombiano e pela torcida do Atlético Nacional é um demonstrativo de que o futebol pode servir de instrumento para a união dos povos. Torcer é desejar seu clube grande, não necessariamente o do outro menor. Que "nossas organizadas" aprendam.

PAULO TARSO J SANTOS (São Paulo, SP)

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Um fato a mais chamou a atenção no caso do acidente da Chapecoense: o excelente aparato de socorro e hospitalar da cidade de Medellín. Cidades do mesmo porte no Brasil não têm um aparato de tal qualidade.

HEITOR VIANNA P. FILHO (Araruama, RJ)

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COLUNISTAS

Lembro-me de a atriz Arlete Salles dizer certa vez que "Deus é entusiasmo". Os escritos do mestre Pasquale Cipro Neto são assim: revigoram as nossas almas e entusiasmam os nossos melhores imaginários, sobretudo nesse tempo de cólera.

PAULO DE TARSO PORRELLI (Piracicaba, SP)

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O colunista Contardo Calligaris foi muito feliz com o texto "Adeus, Fidel". Não é mais possível justificar o assassinato de milhares de pessoas com os resultados dos avanços sociais. Só Stalin matou 4 milhões de ucranianos. Até mesmo A. Camus e Jean Paul Sartre justificaram o stalinismo.

FELIPE LUIZ GOMES E SILVA (São Carlos, SP)

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JAN GEHL

Li com tristeza os comentários do urbanista dinamarquês Jan Gehl sobre a baixa "qualidade de vida" oferecida nas ruas, praças e parques da cidade de São Paulo. Curiosamente, ele não notou que, contrastando com o que se vê em Paris ou Londres, raramente encontramos deficientes visuais e outros em nossas ruas, meios de transporte, restaurantes e cinemas. Ficar em casa pode ser mais seguro.

MICHEL RABINOVITCH, professor aposentado da USP (São Paulo, SP)

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ABORTO

A discussão sobre a possibilidade de aborto para mulheres infectadas pelo vírus da zika, marcada para o próximo dia 7, não gera nenhuma comoção, já que a imposição de gerar um filho com má formação cerebral fica restrita apenas às mulheres de baixa renda e pouca escolaridade. Além do mais, reafirma o pensamento machista/cristão. A mulher não possui voz, desejo, autonomia e muito menos o direito de decidir. Veio ao mundo para servir e procriar.

ANETE ARAUJO GUEDES (Belo Horizonte, MG)

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