Folha de S. Paulo


Leitores comentam opinião de antropólogo de Harvard sobre Lula

OPERAÇÃO LAVA JATO

Assiste razão ao professor John Comaroff. Ele é douto no assunto, mas, obviamente, será criticado por leigos, que nada entendem da matéria. Alguns, mais afoitos e radicais, irão até afrontá-lo. Em tempo como estes vividos no Brasil, são eles que dão as cartas. Felizmente, no final, perdem o jogo.

ANTONIO RIBEIRO (São Paulo, SP)

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Nada como a opinião de um antropólogo estrangeiro sobre direito brasileiro.

FERNANDO ROSSI (São Paulo, SP)

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O antropólogo ouviu os advogados brasileiros. Não "ouviu" a peça que está nas mãos do juiz Sergio Moro. É importante ouvir os dois lados. O antropólogo deve ser informado de tudo o que realmente está ocorrendo para emitir um parecer. Ele mesmo diz que precisa saber mais de todo esse caso. Houve pressa dos advogados brasileiros em divulgar um comentário que, com certeza, um cientista de Harvard não deveria fazer sem saber a fundo de que se trata.

DALMO A. RIBEIRO MOREIRA (São Paulo, SP)

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Acredito poder falar que nós, brasileiros, queremos justiça para todos. Por que só se fala no PT? Onde estão os políticos beneficiários de propinas do PSDB, DEM, PTB, PP, entre outros? Como jornalista, questiono: qual a ética da mídia? Estamos sem entender. Qual a finalidade precípua da Lava Jato? Justiça? Fica a sugestão: em vez de prender os corruptos, pior penalidade seria tirar-lhes os bens.

VANILDA SOUZA BUENO (Piracicaba, SP)

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FARRA DAS PASSAGENS

Em um momento em que se fala em mexer nos benefícios dos aposentados, vem à tona esse caso tenebroso levantado há anos. A denúncia atinge Moreira Franco, ACM Neto e Ciro Gomes, todos com grandiosas aspirações políticas. Com a costumeira "cara de pau", dizem que, entre as normas que regulavam o uso da cota de passagens, não havia vedação explícita à prática. E precisa?

ABDIAS FERREIRA FILHO (São Paulo, SP)

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Se as excelências recebem passagens para se deslocarem para suas bases, então deveriam ter direito a apenas oito ou dez passagens mensais (nos finais de semana, para ida e volta) e, caso houvesse necessidades extras, que cada um pagasse do seu próprio bolso. Chega de tantos privilégios! Os envolvidos ressarcirão aos cofres públicos esses gastos em dobro e em valores atualizados? Deveriam.

ROSÂNGELA BARBOSA GOMES (Salvador, BA)

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ELEIÇÕES MUNICIPAIS

A guinada para a centro-direita nas últimas eleições deveu-se ao fato de que a maioria da população brasileira demonstrou, à exaustão, que a filosofia política estatizante, principal bandeira da esquerda, está totalmente superada. Felizmente, em benefício da iniciativa privada, única responsável pelo provável crescimento da economia.

ALOYSIO CYRINO PERALVA (Juiz de Fora, MG)

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MUDANÇAS CLIMÁTICAS

Para bom entendedor, poucas palavras. Georg Witschel usou o clima como pretexto para demandar apoio a tecnologias nas quais o seu país tem vantagens competitivas. Espero que a Alemanha não negligencie a biomassa, como fez o seu embaixador na Folha.

BRUNO GRETZ (São Paulo, SP)

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Ver para crer. Historicamente, a humanidade nunca esteve tão perto de se autodestruir. Acordem.

CARLOS A. MONTESI VIEIRA (São Paulo, SP)

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COLUNISTAS

Impressiona-me a ginástica que o colunista Vladimir Safatle faz para justificar a derrota massacrante do PT nestas eleições. Curioso é que, quando convém, o voto popular é soberano. Agora, a vitória maciça de Alckmin o faz lembrar racionamento de água (que nem houve) e outras implicâncias. Será porque Alckmin vem ganhando todas no Estado de São Paulo? O povo sabe reconhecer competência.

MILTON LUÍS PEREIRA (São Paulo, SP)

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Safatle acerta ao analisar a apatia dos eleitores. Faltou, porém, citar entre as causas da percepção de que as eleições são uma "pantomima esvaziada de sentido" a destituição de Dilma Roussef, eleita com 54 milhões de votos. Muitos se perguntam: para que votar se o resultado pode ser revertido pelos descontentes no tapetão? Tenho certeza de que Safatle concordará que uma imprensa minimamente honesta estaria analisando o fenômeno também por esse ângulo.

CELSO BALLOTI (São Paulo, SP)

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Dizer que a irreverência e a forma inteligente de se expressar do querido Reinaldo Azevedo é um bálsamo nas sextas-feiras seria chover no molhado. Concordo em gênero e número com o colunista quando cita o juiz Sergio Moro. Considerado, com razão, o super-herói do momento, precisa ter o sábio discernimento de não misturar o mundo jurídico com o político.

ADAUTO LEVI CARDOSO (Sorocaba, SP)

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Parabenizo Claudia Costin pelo lúcido, sério e consequente artigo sobre creches. Muito além dos discursos de campanha movidos por falácias, os candidatos se esquecem do necessário comprometimento com o futuro das novas gerações. É somente por meio da criação de creches com qualidade e de uma rede de sustentabilidade e amparo às nossas crianças que o país efetivamente contribuirá para a redução das desigualdades sociais na sua origem, ao permitir que as crianças mais pobres sejam niveladas àquelas nascidas em condições mais favoráveis.

ÂNGELA LUIZA S. BONACCI (Pindamonhangaba, SP)

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Reinaldo Azevedo destila todo seu veneno contra o juiz Sergio Moro, que vem demonstrando toda sua competência na Lava Jato. O inflexível colunista demonstra um ciúme exacerbado de alguém que tem mais conhecimentos do que ele. Com suas adivinhações miraculosas, o jornalista se candidata à versão masculina das pitonisas gregas.

OSVALDO CESAR TAVARES (São Paulo, SP)

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Mais panfletária que analítica, a coluna de Eduardo Cucolo integra-se à tática do governo de jogar aluno contra aluno. Se a ocupação de escolas é "atrapalhar a vida de muitos estudantes", então aceitar de forma submissa uma proposta de política educacional imposta a toque de caixa, por medida provisória, e sem a necessária participação de professores e alunos, é que seria sinal de "ordem e progresso"?

GERALDO O. CORDEIRO JÚNIOR (São Paulo, SP)

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