Folha de S. Paulo


Anulação do julgamento do Carandiru fere a dignidade humana, diz leitor

MASSACRE DO CARANDIRU

O absurdo da anulação do julgamento do massacre do Carandiru vem, por derradeiro, afrontar o Estado de Direito e a democracia, que têm por princípio normativo proteger, dentro da isonomia legal, todos os cidadãos. Jogaram uma pá de cal no princípio da dignidade humana, transparecendo, mais uma vez, a falência do Judiciário.

JOSÉ ALEXANDRE COELHO SILVA (Mogi Mirim, SP)

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Bernardo Mello Franco está coberto de razão quanto à vergonhosa decisão do Tribunal de Justiça de São Paulo de anular o julgamento dos 74 PMs envolvidos no massacre do Carandiru. Só faltou o desembargador Ivan Sartori alegar que os 111 mortos naquele dia haviam cometido suicídio!

ANDRÉ P. ALUISI (Rio Claro, SP)

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OPERAÇÃO LAVA JATO

Além do fato de Alexandre de Moraes falar demais e falar o que não deve, parece-me fora de propósito que um ministro da Justiça se engaje em campanhas políticas. Ou não?

MÁRCIA MEIRELES (São Paulo, SP)

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Posso estar ficando gagá, mas, por mais que reflita, não consigo entender a polêmica envolvendo a declaração do ministro da Justiça. Não é ele o chefe máximo da PF? Não pode e deve ter ciência de tudo o que a instituição vai fazer?

RUBEM PRADO HOFFMANN JUNIOR (São Paulo, SP)

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Em que pese a justa perplexidade da Folha para com a suspeita de uso político de informações que Alexandre de Moraes "a rigor nem deveria ter em mãos", o lamentável episódio escancara que a sua escolha não foi apenas uma retribuição do governo Temer ao apoio do PSDB, mas uma evidente manobra para controlar e dirigir a Operação Lava Jato.

FABRIZIO WROLLI (São Paulo, SP)

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SEGURANÇA PÚBLICA

O governo do Rio está perdendo a batalha contra os milicianos. O crime impera, principalmente na região metropolitana da capital. Não é concebível o assassinato de candidatos, ocorrido justamente onde habita a população mais pobre. A presença do Exército não inibe o crime: é puro marketing. A população está sem defesa.

MÁRIO NEGRÃO BORGONOVI (Rio de Janeiro, RJ)

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COMUNICAÇÃO

Parabéns à Folha pela reportagem "Congresso tem mais de 1.200 servidores na comunicação". É cediço que esse gasto exacerbado ocorre nas três esferas do Legislativo. As razões, acredito, são duas: o excesso de repasse do Orçamento ao Legislativo e a cultura de que o recurso destinado deve ser "queimado", gasto. Não há razão para um repasse tão expressivo.

RÔMULO GOBBI (Santa Bárbara d' Oeste, SP)

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NOVO ENSINO MÉDIO

Concordo com a colunista Rosely Sayão. Sem a participação dos docentes e dos alunos, a reforma curricular será uma ilusão.

FELIPE L. G. SILVA (São Carlos, SP)

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Todas as reformas educacionais fracassaram, haja vista os resultados das avaliações realizadas nos últimos tempos. Sempre houve preocupações com carga horária, currículo e infraestrutura, mas se esquecem do principal: o professor, que continua mal formado, mal recrutado, desmotivado e, principalmente mal remunerado. Por isso, como tantas outras, a reforma agora pretendida com certeza é um fracasso anunciado.

CLÓVIS ROBERTO DOS SANTOS (Santo André, SP)

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COLUNISTAS

Brilhante o artigo "100 anos em ação", de Ruy Castro. Só faltou citar o magistral Kirk Douglas em "Glória Feita de Sangue", um libelo contra as manipulações bélicas.

ANTONIO JORGE VIEIRA PAGAN (Sorocaba, SP)

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ELEIÇÕES MUNICIPAIS

O debate realizado pela Folha com candidatos à reeleição à Câmara Municipal selecionou "os primeiros colocados de seus partidos na avaliação do Voto Consciente". A ONG publicou, 12 dias antes do debate, uma errata, que não foi considerada pela organização. Com apenas cinco vereadoras na Câmara, é lamentável que a presença de uma mulher não tenha sido valorizada. A vereadora Patrícia Bezerra já estava entre os primeiros colocados do PSDB e assumiu a liderança na lista corrigida.

LUIZ ROCHA POMBO, assessor de imprensa da vereadora Patrícia Bezerra (São Paulo, SP)

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RESPOSTA DA EDITORA DE TREINAMENTO, SEMINÁRIOS E QUALIDADE, SUZANA SINGER - Quando foi organizado o debate, não tinha sido ainda publicada a errata no ranking do Voto Consciente.

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O Voto Consciente analisou de forma equivocada minha atuação parlamentar. Deram nota zero para minha participação em audiências públicas, sendo que participei de 76. Não levaram em consideração atividades importantes do meu trabalho no Legislativo. O ranking confunde o eleitor, uma vez que utilizaram critérios que não retratam, de forma justa, a atuação dos vereadores.

AURÉLIO NOMURA, vereador (PSDB) (São Paulo, SP)

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TRIBUTOS

Sobre "Desoneração vira alvo da Receita e pode gerar R$ 15 bi", a Associação Brasileira da Indústria de Refrigerantes e de Bebidas não Alcoólicas (Abir) esclarece que o setor tem sofrido aumento da carga tributária nos últimos anos. As alíquotas de PIS e Cofins, por exemplo, vêm subindo durante os últimos oito anos, e as alíquotas de ICMS aumentaram em até 3% em vários Estados. Só em 2015, a indústria de refrigerantes gerou R$ 10,2 bilhões em tributos.

ALEXANDRE K. JOBIM, presidente da Abir (Brasília, DF)

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