Folha de S. Paulo


Temos o desafio de tornar o Brasil governável, afirma leitor

GOVERNO TEMER

Em tempos de contendas em que os ânimos estão exaltados, governar o Brasil não é tarefa fácil. O grande desafio é como vamos tornar este país governável. O PT, na oposição, está fazendo o que mais sabe: tumultuar. Michel Temer pode não ser o presidente ideal, mas foi eleito democraticamente, pelo voto direto, na mesma chapa do PT, e é o presidente. As manifestações estão crescendo e, se o governo não mostrar a que veio, será engolido pelas ruas.

LUIZ THADEU NUNES E SILVA (São Luís, MA)

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O colunista Matias Spektor afirma que "o mercado comprou a ideia [das reformas de Temer], assim como boa parte das instituições e corporações que comandam a vida nacional" ("Mensagem estratégica", "Opinião", 8/9). Só esqueceram de consultar o povo, não é?

JOSÉ PADILHA (São Paulo, SP)

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IMPEACHMENT

Dilma diz que é honesta e competente e que seu governo só não deu certo porque a Câmara e o Senado não aprovaram seus maravilhosos projetos. Ora, ex-presidenta, os políticos continuam os mesmos, logo seus projetos continuariam a ser barrados. A coisa continuaria desastrosa.

GERALDO DE PAULA E SILVA (Teresópolis, RJ)

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A memória ainda me permite lembrar expressões do meu tempo. Essa proposta de diretas já do PT seria chamada de "golpe do João sem braço". Considerando o atual nível de prestígio do partido e a dificuldade de se identificar até a sigla dos seus candidatos no horário eleitoral, as tais diretas seriam como "passar a borracha" para tentar um recomeço.

MARCIO MACEDO (Belo Horizonte, MG)

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SEGURANÇA PÚBLICA

É oportuna a crítica ao modelo de combate à violência proposta pela Agenda Municipal de Segurança Cidadã ao abordar um conjunto de ações que vai além da recorrente promessa nas campanhas eleitorais de aumento do efetivo policial. Mas a proposta parece esquecer o combate ao protagonismo das facções criminosas, que constituem poder paralelo e terrorista, bem como o abismo social em todo o país, um incentivo à adesão ao crime pela falta de opções de ascensão social.

MILTON DINES (São Paulo, SP)

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ABORTO

Se homens engravidassem, o aborto seria legalizado. Como o Estado, para respeitar as mitologias religiosas, pode adotar posturas tão arcaicas diante de questões que envolvem saúde pública e direitos individuais?

EDILSON BORGES (Rio de Janeiro, RJ)

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QUADRINHOS

Parabenizo a Folha por contar com o humor inteligente de Thaïs Gualberto. A tirinha "Olga, a Sexóloga" desta quinta esnobou sabedoria. Tiro o meu boné. Lembrou-me de pessoas que não gostam de críticas.

FELIPE LUIZ G. E SILVA (São Carlos, SP)

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MANIFESTAÇÕES

Para que Alckmin possa seguir a sugestão do editorial "Basta de Confronto", falta um detalhe importante: que os coronéis da PM se submetam, de fato, ao seu comando.

FRANCISCO J. B. DE AGUIAR (São Paulo, SP)

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A insistência em não reconhecer o óbvio só fará com que cresçam as manifestações. Por outro lado, seria bom que as análises abandonassem a tentativa de colar na opinião pública que os movimentos são comandados exclusivamente pelos descontentes com o impeachment e movimentos sindicais e refletissem sobre o anseio por novas eleições. Uma democracia só se consolida por meio do respeito às manifestações e do voto livre, conquistas tão caras ao nosso país.

ROBERTO GONÇALVES SIQUEIRA (São Paulo, SP)

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Sobre "É preciso barrar a escalada repressiva", é importante esclarecer que houve quebra da ordem no largo da Batata, com policiais agredidos, conforme provam as imagens. Guilherme Boulos deveria incentivar as boas práticas. Está mais do que comprovado que a população de bem quer ordem, e depredações são crimes! Além disso, a Constituição não permite dois eventos no mesmo local. Não houve repressão! Houve defesa das pessoas, do direito de ir e vir e do patrimônio.

ALVARO BATISTA CAMILO, deputado estadual (PSD-SP) (São Paulo, SP)

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POLUIÇÃO

O governo reduziu o ICMS do álcool de 25% para 12%. Ações da Cetesb foram importantes para a redução da poluição, com exigências de padrões de emissão mais restritivos às montadoras. Com a fiscalização da fumaça preta, a frota de veículos fora dos parâmetros passou de 40%, em 1997, para 6% hoje. A Folha desconsiderou que o número de estações de monitoramento passou de 55 para 60 no período e, por fim, ignorou o crescimento da frota: de 78% nos últimos dez anos para 12% no período analisado pela reportagem.

*GISELE SOUZA,* gerente de comunicação da Secretaria do Meio Ambiente (São Paulo, SP)

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PARAOLIMPÍADA

Como jornalista esportivo, Juca Kfouri é um cansativo analista político. Os seus argumentos bajuladores ao petismo estão sempre ancorados na emoção. Dessa vez, ele pega carona nos desafios dos atletas paraolímpicos para, de forma eleitoralmente interessada, entrar em uma "corrida sem obstáculos que excedem todos os limites". Quer fustigar autoridades que agem para manter a ordem, mas nada diz sobre vandalismo. Há uma cegueira ideológica que o impede de enxergar a realidade das ruas.

CLEBER MATA, coordenador de imprensa da Subsecretaria de Comunicação do Governo de São Paulo (São Paulo, SP)

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RESPOSTA DO COLUNISTA JUCA KFOURI - Só me faltava, nesta altura da vida, ser chamado de petista, o que jamais fui. Mas entendo que o missivista tenha de ficar bem com as autoridades que lhe pagam "e que agem para manter a ordem". Mesmo que seja a ordem dos cemitérios.

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