Folha de S. Paulo


Gilmar Mendes deve admitir que errou, afirma leitor

OPERAÇÃO LAVA JATO

Quem diria, justamente no seio da intelectualidade nacional, encontramos uma opinião retrógrada. O ministro do Supremo Tribunal Federal Gilmar Mendes não me parece convencido de que o país precisa combater novos métodos de corrupção com ações jurídicas igualmente inovadoras.

RICARDO C. SIQUEIRA (Niterói, RJ)

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Bravo, Gilmar! Enfim acordou para as perseguições da Lava Jato. Lembro-lhe que Sergio Moro usou prova ilícita contra Lula quando vazou grampo de conversa entre Lula e Dilma e, mesmo assim, o nobre ministro do STF deu liminar suspendendo a posse de Lula. Está na hora de um mea-culpa, ministro. Se continuarmos atirando areia uns nos olhos dos outros, ficaremos todos cegos. Se a Justiça não for imparcial, não será Justiça!

WILSON RONALDO DE OLIVEIRA (Curitiba, PR)

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Se até os deuses do Olimpo se digladiavam, por que não podem mortais das mais altas cúpulas do Poder Judiciário também partir para o embate? A diferença está no fato de os embates olímpicos estarem nos poemas de Homero e os embates do Judiciário serem terrenos e relacionarem-se a fatos bem menos poéticos da política brasileira.

FRANCISCO MANOEL DE SOUZA BRAGA (Rio Claro, SP)

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Juristas e o ministro do STF Gilmar Mendes repudiam uma das propostas de combate à corrupção defendidas pela força-tarefa da Lava Jato. Parece que a proposta é extremamente razoável e equilibrada, qual seja que provas obtidas de forma ilícita por investigadores sejam consideradas válidas para instruir processos contra criminosos. Isso faz sentido porque, nesse caso, o agente investigador estaria usando a mesma arma usada pelo criminoso.

CARLOS ALBERTO MELO FRANCO DOS SANTOS (Pará de Minas, MG)

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O ministro Gilmar Mendes há muito exercita seu linguajar para atacar a Lava Jato e o Ministério Público Federal. Não percebo bem o seu intento, mas estou certo de que republicano não é. Quando o vejo a borboletear entre seus pares, sinto saudade do ex-presidente do STF Joaquim Barbosa.

JORGE SIMAO CURUCA (Rio de Janeiro, RJ)

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No âmbito dos crimes comuns, o que vemos são policiais munidos de revólveres enfrentando bandidos armados com carabinas ponto 50, dessas capazes de derrubar um helicóptero. Já no plano dos crimes de colarinho-branco, o que temos são procuradores obrigados a enfrentar criminosos de alto rendimento e com poder de fogo para contratar advogados caríssimos. E vem agora o ministro Gilmar Mendes exigir de quem combate essa gente uma perfeição angelical nos mínimos detalhes. É muita vontade de produzir frases de efeito.

CARLOS MORAES (São Paulo, SP)

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IMPEACHMENT

É incrível como os defensores de Dilma demonstram ignorar a Constituição Federal para insistir nessa cantilena viciada de golpe. Pensam talvez que, repetindo a mentira com veemência, ela acabe se tornando verdade. Próprio de ditadores. Que o Senado cumpra seu papel!

MARIA LÚCIA BRESSANE CRUZ (Campinas, SP)

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Um tanto tendencioso o título "Impeachment de Dilma conta com apoio de 48 senadores". Ora, se são necessários 54 votos, o correto seria se referir ao "processo de impeachment", não insinuar ao leitor que se vive uma situação irreversível.

FLÁVIO AUGUSTO SILVA (São Paulo, SP)

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O escritor Millôr Fernandes já dizia que o Brasil não é o único país corrupto do mundo, mas a nossa corrupção é a mais gratificante. Gratificante mesmo é saber que uma imagem vale mais que mil palavras. Laerte acertou na mosca com sua charge. Ela nada mais é do que o espelho do nosso Congresso Nacional.

RICARDO BERTINI FILHO (Jaguariúna, SP)

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ELEIÇÕES MUNICIPAIS

Em tempos de vices, os veículos de comunicação deveriam abrir espaço e organizar debates com os vices dos candidatos a prefeito. Afinal, os que ficam ocultos nas campanhas podem vir a assumir o poder. Recordemos que quem detém o poder tende a abusar dele.

MARCOS ABRÃO (São Paulo, SP)

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AUMENTO DO JUDICIÁRIO

Neste momento da grande crise, falar em aumento de salários para os juízes e um consequente aumento em cascata para demais funcionários públicos federais é um contrassenso sem tamanho. Os magistrados brasileiros têm férias de 60 dias, recesso forense, auxílio-moradia, motorista particular. Só está faltando o auxílio-cueca. O Judiciário brasileiro, bem como os funcionários públicos em geral, não pode ser tratado como uma casta.

EDGARD GOBBI (Campinas, SP)

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COLUNISTAS

Ruy Castro, menos! Penso que ninguém, em sã consciência, negaria a beleza do Rio de Janeiro, e quem esteve na Olimpíada com certeza voltaria à cidade. Mas mandar os críticos "lamberem sabão" é um tanto demais. O ufanismo carioca não descaracteriza o "complexo de vira-lata". Já começaram a aparecer graves desvios de dinheiro e as nossas mazelas costumeiras.

ABIMAEL LARA (São Paulo, SP)

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MODA

Vai me desculpar, Flávio Rocha, mas é o senhor quem está fora de moda. A revolução do fast fashion não é sinônimo de inclusão. É escravidão.

MARIA CONSUELO APOCALYPSE JÓIA (Ouro Fino, MG)

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