Folha de S. Paulo


Heróis brasileiros só são reconhecidos quando ganham medalha, diz leitor

OLIMPÍADA

Eu faço parte dos milhões de brasileiros que nunca tinham ouvido falar em Thiago Braz, assim como na Olimpíada anterior não conheciam Arthur Zanetti. Bonito ver a vitória do talento, da dedicação e da persistência. Ao mesmo tempo, causa perplexidade ver que há, no país, tantos heróis que poderiam servir de inspiração e referência para a nação, principalmente nas escolas, mas que somente são vistos e exaltados no momento de receberem a almejada medalha olímpica.

MOISÉS MORICOCHI MORATO, servidor público (Pacarima, RR)

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Thiago Braz fez história, que seria ainda mais bonita se o público presente no Engenhão não tivesse vaiado o atleta francês, recordista mundial, que ficou com a prata. Será que algum dia os brasileiros vão aprender a se comportar e a torcer como um povo civilizado?

ZANDOR FERREIRA (Goiânia, GO)

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Não sei quem apelidou o Maracanã de "templo do futebol", pois nele o Brasil já perdeu a Copa do Mundo de 1950. Agora, a seleção feminina perde a chance de ser campeã olímpica. Por enquanto, é templo de diversão apenas para estrangeiros. Quem sabe a seleção masculina não quebra essa sina aziaga.

LAÉRCIO ZANINI (Garça, SP)

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REFORMA DA PREVIDÊNCIA

O saco de maldades do governo Temer já começou. Agora, são os pensionistas que vão pagar o que eles, políticos e "amigos do mal", estão roubando das nossas contas. Será que a medida atingirá militares de alta patente, juízes, desembargadores e deputados? Ou eles ficarão de fora? Só a arraia-miúda vai pagar a conta, como sempre. Ninguém pensou que é no final da vida, na aposentadoria, que as maiores despesas aparecem.

MARIZA BACCI ZAGO (Atibaia, SP)

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Os alemães já estão sentindo as consequências da evolução da pirâmide etária no financiamento da Previdência. Alguns estudos por lá concluem que, para equilibrar as contas, a idade mínima de 69 anos para aposentadoria terá que ser adotada. Aqui, em ambiente de muita demagogia, ainda discutimos a idade mínima de 65 anos. A população continua envelhecendo e a Previdência está cada vez menos sustentável.

ULF HERMANN MONDL (Florianópolis, SC)

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O governo Temer quer restringir o acúmulo de aposentadoria e pensão por morte em sua proposta de reforma da Previdência. Somente um povo ignorante sobre seus direitos e sobre as restrições que um governante pode lhe impor não sente indignação com essa notícia. Se é para fazer ajustes assim, façam logo um genocídio dos idosos brasileiros, se é que a saúde pública já não colabora para isso. Acorda, Brasil!

MERCEDES DOS SANTOS SUYAMA (Belo Horizonte, MG)

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CHARGE

Laerte se utiliza do seu espaço na Folha para divulgar suas preferências partidárias. Até aí, nada contra. Só quero saber quando o conselho editorial do jornal irá convidar um cartunista que seja diametralmente o seu oposto, para garantir a isonomia ("Opinião", 16/8).

FREDERICO D'AVILA (São Paulo, SP)

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A antológica charge de Laerte certamente ficará gravada na história. Ela exemplifica e resume a seletividade dos atuais julgamentos de políticos. Se no banco dos réus se encontra um tucano como José Serra, o juiz relata que há uma acusação, mas ela pode, dependendo do interesse, ser desconsiderada. Por outro lado, se o réu é Lula ou alguém do PT, o juiz prontamente determina: o condenado queira se sentar! Pelo visto, a Justiça já não tem mais os olhos vendados.

EDSON JOSÉ DE SENNE (Ribeirão Preto, SP)

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COLUNISTAS

Os leitores da Folha foram brindados com os textos de Celso Rocha de Barros e Mario Sergio Conti. São duas construções muito fiéis ao atual quadro político, elaboradas sem paixões. Retratam os acontecimentos e sua cronologia, que mostra quão bem arquitetado é o processo em curso, cujo desfecho será a deposição do governo eleito e a preservação dos interesses, nem sempre republicanos, dos "novos" líderes.

JOSÉ PAULO MORELLI (Jaú, SP)

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Imaginava que a senadora Vanessa Grazziotin havia sido convidada pela Folha para ser colunista para contrapor opiniões sobre o país, mas ela está se mostrando apenas uma defensora da presidente afastada, Dilma Roussef. Não há nenhum comentário sobre os problemas corriqueiros, estruturais, nada. Somente comparações que não nos levam a nada. Se houve erros no passado, que sejam investigados, mas que não sirvam para avalizar erros e crimes atuais.

ALEXANDRE BARONI (São Paulo, SP)

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Com inteligência e clareza, Vanessa Grazziotin mostra a diferença entre versão e fato ao se referir à presidente Dilma, escolhida diretamente pelo povo para dirigir nosso país! Aplausos à brilhante articulista.

JOSÉ VIEIRA DE MENDONÇA SOBRINHO (Belo Horizonte, MG)

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João Pereira Coutinho trata as mulheres muçulmanas cobertas como Hitler tratou os judeus ortodoxos de Viena no livro "Minha Luta" - seres estranhos que não pertencem à sociedade cosmopolita e ocidental. Todos sabemos como isso terminou. Quanto ao grupo terrorista Estado Islâmico, talvez ele nem existisse, não fosse a criminosa e desumana intervenção americana no Iraque.

MAURO FADUL KURBAN (São Paulo, SP)

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LEI MARIA DA PENHA

A Lei Maria da Penha é irrevogável. Só deveria ser revertida a favor de "marmanjos indefesos", desses que agridem suas companheiras e alegam legítima defesa, como é o caso de Pedro Paulo, candidato à Prefeitura do Rio de Janeiro.

MARISA BODENSTORFER (Lening, Alemanha)

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CARTEIRA DE IDENTIDADE

A Arpen-SP informa que os cartórios não são contra a instituição de uma identidade única, mas alertam sobre os riscos que o projeto oferece ao permitir "o serviço de conferência de dados que envolvam a biometria prestado a particulares", recordando recentes denúncias da imprensa a respeito da comercialização de dados pessoais dos cidadãos pelo TSE, como o repasse de dados cadastrais de 141 milhões de eleitores, posteriormente revogado pela ministra do STF Cármen Lúcia.

MONETE HIPÓLITO SERRA, presidente da Associação dos Registradores de Pessoas Naturais do Estado de São Paulo (Arpen-SP) (São Paulo, SP)

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PARTICIPAÇÃO

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