Folha de S. Paulo


Eleição de Rodrigo Maia não é motivo de comemoração, diz leitor

ELEIÇÃO NA CÂMARA

A excelente foto de Pedro Ladeira registra a felicidade de nossos deputados com o resultado em favor de Rodrigo Maia. Registro esse que se contrapõe sobremaneira aos sentimentos atuais da população, que podem ser de tristeza, escárnio, incompreensão e revolta, mas não de felicidade. Politicamente, não temos motivo algum para sorrir.

ARLINDO CARNEIRO NETO (São Paulo, SP)

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Como não existe o melhor político, digamos que Rodrigo Maia é o menos ruim para o país — o que já é um avanço.

ARCANGELO SFORCIN FILHO (São Paulo, SP)

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Sempre soube que a única coisa que ressuscita é político, principalmente no Brasil. O artigo de Bernardo Mello Franco, "Dupla ressurreição", trata, de forma precisa, da eleição de Rodrigo Maia para a presidência da Câmara, encerando o ciclo exótico de Eduardo Cunha. Com isso, mostra que nossos políticos têm sete vidas. Em declínio na política nacional, sem nenhum destaque, o DEM corria o risco de extinção, e Rodrigo Maia, fruto do filhotismo de capitanias hereditárias, estava sem prestígio em seu Estado, o Rio de Janeiro—nada que não possa ser mudado com uma mexida no tabuleiro político. Como brasileiro e contribuinte, nutro esperança de que o novo presidente tenha mais responsabilidade e espírito republicano do que o que sai.

LUIZ THADEU NUNES E SILVA (São Luís, MA)

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CASSAÇÃO DE CUNHA

A ameaça de Eduardo Cunha aos membros da CCJ é abusiva e inexplicável. Ainda por cima, não recebeu nenhuma contestação de quem estava presente na sessão. Até quando vamos contar com um Parlamento, cujos integrantes, em grande parte, estão sob investigação e na dependência de conchavos para manter seus mandatos?

URIEL VILLAS BOAS (Santos, SP)

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GOVERNO TEMER

Não posso crer que, ao falar em "escolhas de um governo preocupado apenas em manter-se no poder conspiram contra alternativas sustentáveis de enfrentamento da crise", Laura Carvalho esteja se referindo ao governo Temer. Onde a colunista estava quando o PT governou este país?

RODRIGO ENS (Curitiba, PR)

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PALESTRAS DE JUÍZES

Cumprimento o editorial "Sem transparência", que trata da remuneração recebida por juízes em razão das palestras que proferem. No Brasil, há sempre grupos que desejam ser tratados como "mais iguais" do que os outros.

MARLY A. CARDONE, advogada e professora da USP (São Paulo, SP)

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A respeito do editorial "Sem transparência", cumpre enumerar também que o Judiciário, em geral, conta com outras regalias, como remunerações muito acima das que os trabalhadores normais recebem, como revelado pelo jornal "Gazeta do Povo". Repudiamos os altos ganhos de todos os membros do Executivo, do Legislativo e do Judiciário.

WALTER FONSECA NETO (Artur Nogueira, SP)

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EDUCAÇÃO

O governador Geraldo Alckmin se esqueceu de dizer que Franco Montoro foi o melhor governador para a educação paulista, fato esse que pode ser pesquisado pelos profissionais da educação. Se Alckmin tem admiração por Montoro, deveria seguir seu exemplo.

JOSÉ CARLOS RODRIGUES (Mirassol, SP)

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JUDICIÁRIO E POLÍTICA

Sobre "O papel do Supremo Tribunal Federal", o articulista tem razão ao afirmar que o STF se tornou um protagonista para além de suas próprias fronteiras. Acontece que o Legislativo, ao contrário do Judiciário, não está interessado nas questões sociais e institucionais da nação. Os parlamentares estão mais preocupados com seus bolsos, como mostra a Lava Jato. Se o Congresso Nacional se debruçasse sobre os temas de interesse nacional, o STF teria mais tempo para cuidar daquilo que a Constituição Federal especificamente lhe atribui.

JAIRO MARRA (São Paulo, SP)

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Vivemos hoje, no Brasil, uma situação em que o Poder Legislativo, além de desmoralizado, se guia pelo interesse pessoal de seus integrantes. Enquanto tivermos um Congresso desse nível, só nos restará que o Supremo legisle por nós.

JOSÉ REINALDO BALDIM (Dourado, SP)

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Etore Scolla, Abbas Kiarostami e, agora, Hector Babenco. O mundo do cinema fica mais triste e mais pobre. Adió,s Babenco, descanse em paz!

PAULO SÉRGIO CORDEIRO SANTOS (Curitiba, PR)

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CEAGESP

É meio óbvio para qualquer paulistano que a Ceagesp precisa sair de onde está. No entanto movê-la de lugar não é como pintar ciclovias ou faixas de ônibus em bairros de classe média. É preciso planejamento. Circulam no entreposto mais de 50 mil pessoas e 12 mil veículos por dia. De lá, sai boa parte dos alimentos que abastecem milhões de famílias. É lá também que se formam os preços de milhares de produtos praticados no Brasil. O prefeito Fernando Haddad, mais uma vez, tenta criar um factoide eleitoral com algo muito sério.

PEDRO BENEDETTI, advogado e ex-diretor da Ceagesp (São Paulo, SP)

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POLÍTICOS E EMPREITEIRAS

Esclareço, quanto à reportagem "Mensagens mostram assédio de políticos a executivo da Andrade", que, em minha campanha a deputado, nos termos da legislação então vigente, recebi recursos de pessoas físicas e jurídicas, devidamente declarados na prestação de contas, aprovada pela Justiça Eleitoral. Eventuais mensagens com apoiadores atestam que não houve assédio, mas, sim, confirmação da doação em razão do prazo-limite para tanto, bem como posterior agradecimento.

CARLOS NEDER, deputado estadual (PT-SP) (São Paulo, SP)

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Janio de Freitas, com seu jornalismo estourado, há muito aluga sua pena a interesses inconfessáveis. Escreve a meu respeito olhando-se ao espelho. Reitero mais uma vez minha repulsa às suas injúrias.

MOREIRA FRANCO, secretário-executivo da Secretaria Executiva do Programa de Parceiras e Investimentos (PPI) (Brasília, DF)

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RESPOSTA DO COLUNISTA JANIO DE FREITAS - Insultos não apagam ordinarices. Todos os fatos citados no artigo estão comprovados e podem sê-lo outra vez.

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