Folha de S. Paulo


Para leitora, projeto de lei pode 'enterrar' combate à corrupção

OPERAÇÃO LAVA JATO

O projeto é o primeiro passo para enterrar o combate à corrupção ("Renan promete votar logo projeto que trata de abuso de autoridade" ). Se essa lei existisse, a Lava Jato seria impossível. Mais uma vez, parabéns aos envolvidos, que, por meio de projetos que reduzem o poder e a autonomia dos órgãos de investigação, viram massa de manobra dos que hoje estão no poder. Em "abuso de autoridade" vai ser enquadrado tudo aquilo que possa combater a corrupção.

SUELY REZENDE PENHA, professora (Campinas, SP)

*

Um político, ao se tornar réu, deveria automaticamente ser afastado, para que não usasse seu poder para postergar processo, acobertar provas nem perseguir seus acusadores. Só no Brasil um bandido, após ser investigado, continua com poderes para mudar as leis e perseguir os seus investigadores e juízes. Vimos isso com Eduardo Cunha e vemos agora com Renan Calheiros.

GENILDO BORBA (Aracaju, SE)

*

Os procuradores fizeram ginástica olímpica para criticar o habeas corpus que Dias Toffoli, do STF, concedeu ao ex-ministro Paulo Bernardo. Não me lembro de ver seus escritos quando o ministro do Supremo Gilmar Mendes demonstrou pouco apreço pelo juiz Fausto de Sanctis, da mesma 6ª vara, e soltou por duas vezes Daniel Dantas, preso na Operação Satiagraha. A verdade caminha a pé, já a parcialidade voa a jato.

WILSON RONALDO DE OLIVEIRA (Curitiba, PR)

-

PRESIDÊNCIA DA FUNAI

Ao saber que um general favorável ao golpe de 64 poderia presidir a Funai, enfim entendi a lógica do governo Michel Temer: de um presidente ilegítimo só podemos esperar atitudes ilegítimas.

LEANDRO VEIGA DAINESI (Lorena, SP)

*

Seria uma aberração que um general abertamente favorável ao golpe militar de 1964 pudesse ser escolhido como o novo presidente da Funai. Nossos sofridos índios merecem mais respeito e consideração do governo. A Funai deveria ser dirigida por civis ligados às questões indígenas, de preferência antropólogos, nunca por defensores de ditaduras. Seria mais um retrocesso inacreditável.

RENATO KHAIR (São Paulo, SP)

*

A Folha parece esquecer que, em 1979, foi decretada a anistia ampla, geral e irrestrita e que, além disso, o direito do general nomeado de manifestar ideias, com as quais pessoalmente divirjo de maneira frontal, é resguardado pela nossa atual Constituição. Por isso, acho que sua opinião sobre nossa história recente não merece manchete de jornal.

LUÍS ROBERTO NUNES FERREIRA (Guarujá, SP)

-

RÉPLICA

Um breve e sucinto conselho a Bernardo Carvalho: Quem não quer ter frases "pinçadas" não as deve proferir.

ANTONIO CARLOS ORSELLI (Araraquara, SP)

-

MARILENA CHAUI

A declaração de Marilena Chaui é a prova cabal de que cultura não é sinônimo de sabedoria.

GABRIEL ELIAS GONÇALVES DE OLIVEIRA, engenheiro-agrônomo (São Paulo, SP)

*

O articulista Uirá Machado acertou em "Paradoxo de Chaui". Se o PT sempre se orgulhou de ter em seus quadros uma filósofa, está explicada a loucura de suas decisões econômicas. A "alienista" Marilena Chaui foi peça fundamental.

JORGE SIMÃO CURUCA (São Paulo, SP)

*

Impecável o texto de Uirá Machado. É triste o declínio da intelectual do PT.

AMARO D'ALBUQUERQUE (Taquaritinga, SP)

-

#SOMOSTODOSJUÍZES

Boas notícias também podem vir em curtos textos, como na nota "Pausa" : a disposição dos irmãos Hypolito de participar da campanha #SomosTodosJuízes, sobre o combate a pequenas corrupções no dia a dia. Parabéns a nossos queridos atletas Diego e Daniele, pelo "protagonismo do bem", que honra a quem o pratica.

THEREZINHA KROISS FERIGATO (Jundiaí, SP)

-

TRANSPORTE CLANDESTINO

Viva a Constituição. Se o Uber ou outras empresas se valem da livre concorrência, todo o mundo tem o mesmo direito. Esqueceram-se é dos deveres. Agora é ver como o poder público administra esse problema ("Vans clandestinas voltam a circular na zona oeste de SP" ).

EMILIO FUKUDA (São Paulo, SP)

-

EUROCOPA

No quadro de notória carência de lideranças legítimas em que vivemos, a atitude do craque Cristiano Ronaldo, ao incentivar seu companheiro de equipe João Moutinho a encarar a responsabilidade de cobrar um pênalti decisivo para a equipe portuguesa, redunda em salutar exemplo para dirigentes, atletas e cidadãos em geral, que fogem de suas responsabilidades.

ANTONIO FRANCISCO DA SILVA (Rio de Janeiro, RJ)

-

SALÁRIO DA PM

A proposta de emenda constitucional (PEC) 300, que estabelece que os salários dos policiais militares dos demais Estados não podem ser inferiores à remuneração dos PMs do Distrito Federal, está na gaveta, aguardando para entrar em pauta. Os salários dos policias do Brasil estão defasados. Eles arriscam suas vidas a troco de um mísero ordenado.

LENINE AMENDOLA (Sorocaba, SP)

-

ECONOMIA

Não procede a associação entre a minha condição de presidente do Cofecon e filiado ao PT e as críticas formuladas pela entidade à política econômica do governo Temer, tampouco a insinuação de que o Cofecon cobra de Temer o que não cobrou nos 13 anos de governos do PT. No site do Cofecon estão disponíveis diversas notas contendo posicionamentos críticos da autarquia à política econômica do governo Dilma. O Cofecon reafirma sua condição de independência política em relação a governos, partidos políticos e empresas.

JÚLIO MIRAGAYA, presidente do Conselho Federal de Economia (Brasília, DF)

-

PARTICIPAÇÃO

Os leitores podem colaborar com o conteúdo da Folha enviando notícias, fotos e vídeos (de acontecimentos ou comentários) que sejam relevantes no Brasil e no mundo. Para isso, basta acessar Envie sua Notícia ou enviar mensagem para leitor@grupofolha.com.br


Endereço da página:

Links no texto: