Folha de S. Paulo


Políticos utilizam comissões do Congresso como palanque, diz leitor

Renato Costa - 2.jun.16/Folhapress
Eduardo Cardozo na comissão do impeachment no Senado para discutir o cronograma apresentado pelo relator Antonio Anastasia
O advogado de Dilma, José Eduardo Cardozo (à esq.), na comissão do impeachment

IMPEACHMENT

O circo do Conselho de Ética se replica na Comissão Especial do Impeachment com o estrelismo (ou histrionismo) de alguns "artistas". No caso de Cunha, vicejaram Tia Eron e Wladimir Costa. Na comissão do impeachment, Cardozo, Farias, Grazziotin e Hoffmann. O que se vende é tenacidade e, como diz o imperdível Elio Gaspari (A Oi e os delírios da teleprivataria ) "um professor e uma parlamentar de rara combatividade". Discordo: a custo zero, com horas e horas de exposição midiática, constroem seus palanques sobre o cadáver insepulto de Dilma Rousseff.


CARLOS ALBERTO BELLOZI (Belo Horizonte, MG)

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Ao dizer que a esquerda usa a repetição do termo golpe para evocar memórias de medo e que essa é uma estratégia esperta, Ivan Izquierdo dá a melhor definição para a desonestidade intelectual dos que vêm chamando desta forma o afastamento de Dilma (Estudos de neurociência superaram a psicanálise ).


AMILCAR BAIARDI, professor universitário (Salvador, BA)

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Vale dizer a Izquierdo que é um "processo muito esperto" dizer que "a psicanálise foi superada pelos estudos em neurociência", pois isto resulta em "evocar memórias de medo" que desqualificam certas formas de conhecimento por não serem verdadeiras e científicas. Faz todo sentido que um neurocientista que define a psicanálise como mero "exercício estético" assuma posição política tão condescendente.


MARCO ANTONIO SILVEIRA (Belo Horizonte, MG)

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LAVA JATO

Oportuna e precisa a contribuição de Roberto Feith (O público e o privado ). No que diz respeito ao sistema partidário brasileiro sabemos que ele é produto do paternalismo que historicamente predominou na organização social e política do país. Desse paternalismo decorre a inexistência de distinção entre o público e o privado. Como desdobramento, no sistema partidário predomina a falta de espírito público, o fisiologismo, o clientelismo. Eis o desafio: como extrair da vida brasileira essa subcultura?


PAULO FERNANDO CAMPBELL FRANCO (Santos, SP)

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Conforme as notícias, o clima junino chegou pra valer em todo o Brasil –mas o Congresso em Brasília continua sendo o centro imbatível das quadrilhas.


EDGARD GOBBI (Campinas, SP)

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PC FARIAS

Se há 20 anos se busca solução para o caso Paulo César Farias e Suzana Marcolino é porque interesses escusos impedem a elucidação do duplo homicídio (O mistério não resolvido de PC Farias ). A exposição exaustiva dos corpos do casal encontrados sobre a cama, seminus, é imagem que não se esquece jamais, posto que viola o preceito de respeito aos mortos. Por que, agora, expor o túmulo de PC? Será que, de fato, seus restos ali repousam? Se assim é, que o deixem em paz, pois tal solução continuará pendente ad aeternum.


MARIA INÊS DE ARAÚJO PRADO (São João da Boa Vista, SP)

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Muito interessante a Folha lembrar do caso da morte de PC Farias e Suzana Marcolino continuar sem respostas plausíveis após vinte anos. Uma das teorias mais discutidas na época era que o tesoureiro do candidato Fernando Collor não quis dividir as "vantagens" com mais ninguém após o "caçador de marajás" ser eleito presidente do Brasil. Hoje, com a Operação Lava Jato expondo todo o funcionamento da corrupção entre governo e empreiteiras, podemos descobrir que o esquema está cada vez mais aperfeiçoado e muita gente próxima ao poder se dá bem com o dinheiro dos nossos impostos.


ANDRÉ PEDRESCHI ALUISI (Rio Claro, SP)

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CALAMIDADE PÚBLICA

A "ajuda" do governo federal ao estado do Rio é a continuidade da roubalheira que assola nosso país (Governo teme que decreto do Rio atrapalhe negociação com Estados ). Sérgio Cabral, principal responsável pelo flagelo, está esfregando as mãos, sabedor da impunidade.


JORGE REZENDE (São José dos Campos, SP)

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O Brasil presenteará os atletas olímpicos de modalidades aquáticas com a competição numa baía e numa lagoa que são verdadeiros esgotos. É grande a possibilidade de os atletas serem assaltados em pontos turísticos e mesmo na rua. A miséria e a violência serão explicitamente divulgadas, fora a vergonha da corrupção.


IRIA DE SÁ DODDE (Rio de Janeiro, RJ)

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Tivemos as pedaladas fiscais que afastaram Dilma Rousseff e agora com Michel Temer teremos as pedalas da calamidade, tentarão driblar a lei de responsabilidade fiscal para depois falarem em golpe. Enquanto isso os irresponsáveis senhores Lula, Sérgio Cabral e Eduardo Paes, que festejaram a escolha do Rio de Janeiro como sede de uma Olimpíada seguem livres e soltos usufruindo das benesses.


OSMAR G. LOUREIRO (Cravinhos, SP)

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HOMOFOBIA

Reprimir e perseguir os homossexuais é dar atestado de atraso e ignorância do momento histórico presente. Os gays já estão assimilados a todas sociedades democráticas em direitos, dignidade e aceitação, como qualquer outra minoria (Homofobia ).


GILBERTO DE MELLO KUJAWSKI (São Paulo, SP)

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ADOÇÃO DE DEFICIENTES

É emocionante a reportagem sobre a entidade que cuida de crianças com deficiências e abandonadas (Após 32 anos, abrigo no RS tem 1ª criança deficiente encaminhada para casal ). Sendo pai adotivo, sei da alegria que é amar alguém sem querer nada em troca. Parabéns pelo maravilhoso trabalho e vida longa a todos esses anjos na vida dessas crianças.


ADAUTO LEVI CARDOSO (Sorocaba, SP)

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ESPORTE

Parabenizo Paula Cesarino Costa pela abordagem sobre o caderno de esportes (Gol contra a torcida ). É incrível verificar como, a cada "reforma", a Folha enxuga cadernos, colunas, jornalistas e conteúdo. Já o valor da assinatura não acompanha essa redução, pelo contrário. Ao secretário de redação Vinicius Mota, digo que seletivos ficarão os leitores ao optarem pela concorrência, que não entrou tanto nessa tendência.


TAUAN EVANDRO DA SILVA (Guarulhos, SP)

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Peço desculpas à simpática Paula, mas ela continua fugindo do verdadeiro tornado político-financeiro que está varrendo o Brasil. Esporte atualmente merece do povo brasileiro a mesma atenção que é dada pelo governo ao próprio esporte.


RAUL AGNELLO MOLER (São Paulo, SP)

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MINHOCÃO

Assino embaixo dos argumentos de Vera Luz em defesa da demolição total do Minhocão (Restauração como medida de futuro ). Essa aberração deve desaparecer da paisagem. No futuro, não deverá passar de uma triste memória do tempo em que o abuso urbano foi permitido. Como metrópole, São Paulo deve ter propostas à sua altura e escala, não "gambiarras" urbanísticas ou soluções colonizadas. Manter o Minhocão é manter física e simbolicamente o "andar de baixo" de nossas cidades: sujo, sombrio e pobre. Tudo o que combatemos.


MARCELO FERRAZ, arquiteto e urbanista (São Paulo, SP)

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PSICANÁLISE

Demanda cogitações sérias o que disse o neurocientista Ivan Izquierdo, ao sustentar que a neurociência supera a psicanálise, que já deu ao homem a contribuição que deveria dar, sobretudo quando diz lamentar que alguém passível de ter cura não deixa o sofrimento, ao insistir na psicanálise. Claro que a evolução da ciência só faz sentido se beneficiar a humanidade. E fica a interrogação do entrevistado: onde está situado o inconsciente?


AMADEU R. GARRIDO DE PAULA (São Paulo, SP)

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