Folha de S. Paulo


Quem foi às ruas não está confortável com o governo Temer, diz leitor

GOVERNO TEMER

Contrariamente ao que pensa André Demetrio, nós que fomos às ruas para acabar com a corrupção não estamos nada confortáveis com Temer como presidente. Dilma elegeu-se com apoio do PMDB, partido de Temer, e, certamente, eles praticaram falcatruas juntos. A Constituição prevê, nesse caso de forma equivocada, a assunção do vice. Infelizmente, é o que temos para o momento.

MAURÍLIO POLIZELLO JÚNIOR (Ribeirão Preto, SP)

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Exigir que o pato e as panelas se manifestem com menos de uma semana de novo governo é revanchismo puro, para não dizer irresponsabilidade. Será que se esqueceram que foi preciso mais de uma década após o mensalão para as ruas se manifestarem? Não vamos nos esquecer que a situação é gravíssima.

FAUSTO FERES (São Paulo, SP)

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Um novo mandato está caindo no colo do vice-presidente, mas já se nota que o mesmo está enredado com a enfermidade do fisiologismo covarde. O povo, o Vem Pra Rua e o MBL o derrubarão caso enverede por uma gestão temerária e não aproveite o momento para a redenção nacional. Ele é preparado e hábil e está recebendo uma dádiva de 367 votos para governar. Conta também com uma valorosa tropa de choque no Congresso.

MOACYR LAS CASAS, advogado (São Paulo, SP)

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Da próxima vez que Henrique Meirelles anunciar um novo imposto, que tal perguntar algo como: "Ministro, a tributação no Brasil já é muito alta, assim como os privilégios dos políticos. Que tal anunciar antes o fim das mordomias dos deputados, senadores e demais políticos? Assim, talvez o povo aceitasse mais calmamente os impostos que vocês dizem ser imprescindíveis".

JOSÉ ARY DE CARVALHO (Rio de Janeiro, RJ)

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EDUARDO CUNHA

Pergunto por que a Folha destaca, em sua primeira página, uma afirmação do mais do que desacreditado Cunha sobre a oferta da presidenta Dilma para ajudá-lo junto ao STJ. A falsidade da afirmação é muito óbvia e deveria inibir o jornal de dar tanto espaço à nefasta figura: se Dilma tinha tanta influência no Supremo, por que não salvou a si própria e aos petistas.

DAGMAR ZIBAS (São Paulo, SP)

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'IDEOLOGIA' NA ESCOLA

No debate sobre as ideologias há um pressuposto: o professor é o grande responsável pela inculcação de doutrinas nos jovens. Isso é só parte do fato. A maior parte das representações sociais vem da família, da televisão, das mídias digitais –do tempo fora da escola. Assim, a transmissão ideológica dispensa em muito o professor. A fundação dos gostos culturais e políticos na sociedade de massas advém muito mais da "indústria cultural".

HAROLDO HEVERTON DE ARRUDA (São Paulo, SP)

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No editorial "Na base da ideologia", a Folha traz considerações dúbias sobre a tarefa educativa, embora deixe claro ser contra punições aos docentes por ensinarem temas e princípios do conhecimento humano ligados à evolucão, à anatomia humana e às relações afetivas. Nosso mestre Paulo Freire ensinou que a ação educativa deve proporcionar aos educandos o alcance da verdade e da liberdade. Portanto uma educação libertadora não pode desenvolver-se com limites e restricões a seus agentes, que devem produzir junto com os discentes os conhecimentos que possibilitem o crescimento e a formação destes.

JONAS NILSON DA MATTA, professor aposentado (São Paulo, SP)

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NOVOS MINISTROS

Até torço pelo governo, mas, sem nenhum mineiro, sem nenhum negro, sem nenhuma mulher e com uma turma na Lava Jato, a gestão de Temer tem tudo para dar errado.

MUCIO AGNALDO RIBEIRO (Nova Lima, MG)

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Suprema ironia: o novo ministro da Defesa, Raul Jungmann (PPS-PE), é um desarmamentista tão radical que não admite nem mesmo que os membros do Congresso Nacional reconquistem o direito do cidadão à legítima defesa. Como um político que não admite o direito de defesa do cidadão pode estar à frente do ministério que cuida da defesa do país? Que se pode esperar da atuação desse ministro em uma situação de ameaça ao Brasil?

ROBERTO DUFRAYER (Rio de Janeiro, RJ)

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IMPEACHMENT

A grande maioria já não aguenta mais escutar de uma minoria a palavra golpe. Chega! Como bem disse Cristovão Tezza, "agride a inteligência". Nós é que fomos golpeados durante 13 anos. A vida segue.

FÁBIO PEREIRA ZAGO (Campo Grande, MS)

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Caro Antonio Prata, todo domingo, em sua crônica, minha primeira leitura na Folha, encontro algo com que me identifico em profunda empatia. A deste domingo (15), escrita na quinta (12), nesse momento em que "só versos do Drummond" nos socorrem, é brilhante e me levou às lágrimas! Também espero: Brilhantes Ustras, nunca mais!

ROSA DALVA FAUSTINONI BONCIANI ( São Paulo, SP)

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Quero cumprimentar o professor Ricardo Antunes por seu artigo. Quando diz que "o pântano chegou ao seu volume morto", dá a clara ideia da exaustão a que chegou a tolerância desse sofrido e explorado povo, ao qual as elites nacionais tudo negaram: educação, saúde e liberdade "real" de pensamento – esta subtraída com a espúria participação da imprensa.

JOSÉ ROBERTO BENETI (São Paulo, SP)

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Ricardo Antunes, em seu artigo, diz que "a oposição parlamentar decidiu [...] que a deposição de Dilma era o único caminho para atingir o poder". Ora, a oposição jamais teria sucesso sem o respaldo das ruas. Se o governo Dilma tivesse sido minimamente coerente com seu discurso de campanha, estaria governando até agora. Foi o povo que a apeou do poder, e não a oposição parlamentar.

WALDEMAR NOGUEIRA MARTINS JR. (Rio Verde, GO)

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Será que os jornais poderiam,nem que fosse por pouco tempo,nos poupar de noticias sobre Dilma? De suas pedaladas estamos todos fartos. Até das de bicicleta.

REGINA ULHÔA CINTRA (São Paulo, SP)

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