Folha de S. Paulo


É muito mais fácil culpar os outros, diz leitor sobre crise no governo Dilma

BRASIL EM CRISE

A "Primeira Página" desta segunda (2/5) desrespeita os leitores. Houve dois atos para comemorar o 1º de Maio. No entanto a Folha deu destaque de primeira página para o ato liderado pela Força Sindical e só mostra o ato liderado pela CUT no meio do jornal. Em vez de registrar também o ato da CUT na primeira página, destacou cinco fotos da presidente sendo perturbada por uma mosca. Qual a relevância jornalística desse episódio?

ZORAIDE INÊS FAUSTINONI DA SILVA (São Paulo, SP)

*

A manchete "Dilma culpa oposição pela crise econômica" ("Primeira Página", 2/5) infelizmente reflete algo que sempre aconteceu. Afinal, não foi por culpa de Napoleão que a corte portuguesa veio para o Rio e sentiu que era seu direito tirar tantas coisas dos moradores que já estavam lá? As pessoas de todos os partidos, de todas as áreas, nunca assumem aquilo que fazem. É muito mais fácil dizer que a culpa é dos outros.

SANDRA MARY STEVENS, professora (São Paulo, SP)

*

Nos estertores do governo Dilma, reclamar da crise econômica é chover no molhado. Como um personagem que amealhou mais de 50 milhões de votos nas últimas eleições, Aécio teria, a meu ver, que participar efetivamente da formação do novo governo em vez de ficar falando mal de um governo agonizante.

PAULO ABREU (Brasília, DF)

*

As considerações de Aécio Neves para com os eleitores de Dilma faltaram com a ética. Não têm outro propósito senão o de semear mais ódio, pois, diferentemente dos abutres do Planalto, que farejam o poder em busca de interesses próprios, insisto que tanto seus eleitores quanto os de Dilma votaram de forma democrática e legítima, com a esperança de alcançar um único objetivo: um país melhor.

RICARDO INADA (São Paulo, SP)

*

Tais gentilezas visam tão somente implodir a já estertorante economia do país, tornando Temer o responsável pelo caos generalizado. As benesses são uma bomba de efeito retardado. Lula que o diga: quanto pior, melhor!

FRANKLIN SIQUEIRA SANTOS (São Paulo, SP)

-

CRISE NO RIO

A consultoria Falconi foi contratada para contribuir no aumento da arrecadação de ICMS neste momento de grave crise financeira (Painel do Leitor, 2/5 ). Como mostra a correta reportagem veiculada neste jornal, já há resultados palpáveis desse trabalho, como o diagnóstico de R$ 7 bilhões em inadimplência e a recuperação, até o momento, de R$ 2 bilhões desse total. O valor pago à consultoria representa 0,4% do valor recuperado como resultado do trabalho realizado até o momento.

JACQUELINE FARID, assessora de comunicação da Secretaria de Estado de Fazenda do Rio de Janeiro (Rio de Janeiro, RJ)

-

AGENDA LIBERAL

Considero progressista quem defende o Estado voltado para atividades como segurança pública, educação, saúde e mobilidade urbana. Considero conservador e corporativista quem defende que o Estado tenha empresas de petróleo ou nomeie sem critérios técnicos milhares de servidores para cargos de confiança.

LUIZ DUARTE (São Paulo, SP)

*

Kim Kataguiri revela mais uma vez os efeitos de ter abandonado precocemente o curso de economia. Ele se diz liberal, mas se alia a dois grupos que são o oposto de qualquer concepção de liberalismo, seja social, seja econômico. Os evangélicos defendem uma agenda de retrocesso aos direitos civis e os ruralistas aparelharam o Estado, fonte das políticas de incentivo que os beneficiam. Que ele se dedique mais à retomada dos seus estudos para não comprometer o seu movimento.

JOÃO PEDRO DE LIMA (Belo Horizonte, MG)

-

IMPRENSA BRASILEIRA

Sinval de Itacarambi Leão optou por não detalhar os motivos pelos quais o Brasil foi rebaixado à 104ª posição em liberdade de imprensa segundo a Repórteres Sem Fronteiras. A ONG afirma que a mídia brasileira "continua concentrada nas mãos de proeminentes famílias industriais ligadas à classe política". Enquanto persistir esse quadro, haverá bons motivos para reclamar da nossa imprensa.

ANDREI REINA (São Paulo, SP)

-

BLOQUEIO DO WHATSAPP

Nós, usuários do WhatsApp, deveríamos concordar com a Justiça, uma vez que a empresa se nega a cooperar. Por aqui, o crime ainda compensa.

NAOR PEDROZA (Goiânia, GO)

*

Quando dois princípios do Direito consagrados mundialmente começam reiteradamente a não fazer mais sentido neste país, é porque a proporcionalidade e a razoabilidade estão sendo substituídas por 15 minutos de fama. Mais uma vez colocaram fogo na floresta para eliminar uma árvore doente.

TÚLIO PEREIRA (Cambuí, MG)

-

TIRINHA

A Folha dedica sua revista dominical às mães ("sãopaulo", 1º/5) e publica a repugnante tirinha de Caco Galhardo ("Ilustrada", 1º/5). É de causar ojeriza a qualquer mulher (ou homem) de bom senso. Considero um desprezo às leitoras.

CLAUDIA KAREM (São Paulo, SP)

-

POLÍCIA NA TV

O sensacionalismo sempre fez parte do interesse do ser humano. Basta ver o engarrafamento que se forma quando ocorre um acidente numa estrada. Nada mais natural do que a grande audiência de realities que inflam o ego da polícia. Basta agora saber se os podres também serão expostos ou se os programas não passarão de meros informes publicitários.

ESTELA DRUGOVICH, publicitária (Curitiba, PR)

*

PARTICIPAÇÃO

Os leitores podem colaborar com o conteúdo da Folha enviando notícias, fotos e vídeos (de acontecimentos ou comentários) que sejam relevantes no Brasil e no mundo. Para isso, basta acessar Envie sua Notícia ou enviar mensagem para leitor@grupofolha.com.br


Endereço da página:

Links no texto: