Folha de S. Paulo


Leitores lamentam desabamento de ciclovia no Rio e pedem providências

Felipe Dana/Associated Press
Two bodies recovered by rescue workers lay on the sand as sunbathers walk past after a bike lane collapsed in Rio de Janeiro, Brazil, Thursday, April 21, 2016. Part of an elevated bike lane built ahead of the Olympic Games collapsed on Thursday, killing at least two people who were on it when cement gave way and crashed onto the beach below. (AP Photo/Felipe Dana) ORG XMIT: XFD101
Corpos de vítimas do desabamento de ciclovia no Rio são estendidos na areia da praia de São Conrado

O desabamento parcial da ciclovia Tim Maia no Rio de Janeiro é a nota trágica para mais um equipamento urbano concebido de maneira incompleta e rudimentar. Nossas cidades merecem obras públicas bem solucionadas e eficientes, cuja tecnologia e beleza plástica justificassem os milhões de reais investidos e nas quais, sobretudo, não fosse possível morrer em um prosaico passeio de final de semana.

MARCOS BERTOLDI, arquiteto (Curitiba, PR)

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Como eram fixadas as placas do piso da ciclovia Tim Maia? Quem projetou essa fixação? Esse é o real evento novo, sr. Pedro Paulo Teixeira, que precisa ser muito bem esclarecido.

PEDRO LUÍS DE CAMPOS VERGUEIRO (São Paulo, SP)

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À mesa para o café da manhã, eu me deparo com duas fotos chocantes. A primeira mostra o desabamento de uma ciclovia de R$ 45 milhões recém-inaugurada no Rio de Janeiro. A outra, pasmem, mostra um jogo de futebol na praia ao lado de dois corpos de vitimas do desabamento. A minha mulher acha que o jogo continuou porque já nos acostumamos com essa rotina. Será?

ROBERTO MAURO BATISTA GOMES (São Paulo, SP)

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Sou leitora assídua da Folha e nunca vi uma foto de capa de tamanho mau gosto. Os dois corpos na areia descobertos, rodeados pela indiferença de jovens jogando bola, pessoas passando e adolescentes brincando, contribuíram para trazer ao leitor um ingrediente revoltante a respeito da tragédia. Hoje compreendo o real significado da banalização da morte.

SUELI GOMES GONCALVES (Santos, SP)

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A foto da primeira página mostrando os corpos de dois indivíduos prostrados na areia foi estarrecedora para mim. Quanto descaso, quanta indiferença, quanto desrespeito! Mas podemos dizer que esse é o retrato do nosso país, em que dois cidadãos saem numa manhã para dar umas pedaladas e são surpreendidos pela incompetência criminosa de nossos gestores. Como se não bastasse, são tratados como um monte de carne.

MARCELO ROSA DE REZENDE (São Paulo, SP)

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Inaugurada festivamente em janeiro e com o custo de R$ 44,7 milhões, caiu a ciclovia Tim Maia. Mais uma tragédia para a extensa lista de obras mal feitas que, em vez de beneficiarem a população, a afetam da pior maneira.

RONALDO GOMES FERRAZ (Rio de Janeiro, RJ)

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Historicamente, o mar em ressaca assola o paredão rochoso. Uma estrutura no local deveria ser muito ponderada pelas autoridades e pela engenharia. Já vimos esse filme. Dizem que vão criar uma comissão para apurar os fatos e punir os responsáveis. Acho perda de tempo. Claro que o culpado é o rei dos mares, Poseidon.

MÁRCIO MOURÃO (Rio de Janeiro, RJ)

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A queda da ciclovia no Rio mostra os problemas básicos do país. Há falta de informação, de planejamento e de gestão pública. A estrutura da ciclovia foi projetada sem levar em consideração a força das ondas do mar.

LUIZ ROBERTO JR. (Campinas, SP)

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