Folha de S. Paulo


Golpe é mentir ao povo para se eleger, escreve leitor sobre impeachment

Interpreto o artigo "Pedido sem consistência" (Tendências/Debates, 17/1), do advogado e deputado José Guimarães (PT-CE), como uma mera peça de defesa da presidente Dilma. O articulista faz coro com o decantado e pueril argumento articulado pelo petismo de denominar o pedido de impeachment de golpe. Golpe é mentir ao povo para se eleger e jogá-lo aos leões da inflação e da miséria. A presidente Dilma deveria ser apeada do poder somente pela própria incompetência de gerir este país. Será impedida pelos meios legais e constitucionais que o nobre colega também conhece.

Livingston Streck, advogado (São Paulo, SP)

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É doloroso ver alguém inventar fatos históricos como fez Reinner Carlos de Oliveira (Painel do Leitor, 19/1) ao dizer que "até o governo FHC o Brasil estava indo numa boa toada". Que idade tem esse senhor? Doze anos? Convido-o a ler os arquivos da Folha de 1999 a 2002. Inflação e desemprego nas alturas, forte concentração de renda, fome e miséria.

Tania Cristina de Mauro Cunha (São Paulo, SP)

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No Brasil, mais de 40% dos presos são provisórios, ou seja, nem sequer foram condenados. O Instituto de Defesa do Direito de Defesa (IDDD), fundado há 15 anos por muitos dos subscritores da carta criticada por Mario Sergio Conti ("Diante da lei", "Poder", 19/1), preocupa-se diuturnamente com a explosão carcerária que vivemos. O instituto capitaneou e lutou pela instituição das audiências de custódia, mantém projetos de educação no cárcere e nas escolas e patrocina gratuitamente centenas de casos em seus mais de 15 projetos.

Augusto de Arruda Botelho, advogado e presidente do IDDD (São Paulo, SP)

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É perfeito o artigo de Mario Sergio Conti. Evidenciando os fatos como são e como sempre foram, o que podemos comparar bem ao ler, na mesma página, a defesa do advogado de Marcelo Odebrecht. Nabor Bulhões, um criminalista cheio de títulos e experiência, diz que "Juiz Moro é parcial contra os acusados na Lava Jato" ("Poder", 19/1). Por profissionalismo, o advogado busca defender seu cliente, o que não significa buscar a Justiça, mesmo que seja em prol de toda uma nação. À Justiça resta a pena de outro Sergio, Sergio Moro.

Eliana Toffoli Batista (Rancharia, SP)

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Ao ler o texto "Pena de delatores da Lava Jato cai de 283 para 7 anos" ("Poder", 18/1) entendo que o benefício é por demais excessivo, podendo dar margem a distorções futuras: o cometimento de crimes semelhantes já pressupondo, "caso necessário", a delação que, praticamente, eliminará o cumprimento da pena.

Luiz Philippe da Costa Fernandes (Rio de Janeiro, RJ)

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Que o Brasil está em crise todos sabemos há muito tempo. Está na hora de a Folha parar com esse "bordão" no Painel do Leitor e começar a publicar cartas que tragam algum conhecimento novo para nós, leitores. Assim, a seção poderá ter alguma utilidade para quem compra o jornal.

Aeramiz Alves (Belo Horizonte, MG)

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