Folha de S. Paulo


Médico contesta coluna de Hélio Schwartsman sobre câncer de próstata

Em Guerras médicas, Hélio Schwartsman comete erros. 1) não se trata de guerra entre urologistas e sanitaristas, mas entre quem interpreta evidências com isenção e quem as interpreta com conflitos de interesses, 2) médicos de família não são sanitaristas, 3) a diferenciação entre casos concretos e estatísticas foi infeliz e mostra desconhecimento de como a ciência funciona, 4) a detecção precoce não salva vidas (nem de estatísticas nem de casos concretos), há só a impressão de que alguns casos individuais foram "salvos".

RODRIGO DÍAZ OLMOS, chefe da divisão clínica médica do Hospital Universitário da USP (São Paulo, SP)

RESPOSTA DO COLUNISTA HÉLIO SCHWARTSMAN - Quem dera a ciência tivesse a mesma certeza que o missivista sobre prognóstico de cada tumor individual. A detecção precoce provavelmente salva vidas, ainda que a um alto custo para a saúde pública. Numa das simulações de Welch, para cada óbito evitado, 50 pacientes são tratados inutilmente e 1.400 passam pelo estresse do rastreamento.

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