Folha de S. Paulo


Há mais de 13 séculos o mundo espera a reforma do islã, afirma leitor

Peter Demant afirma que a palavra de Deus, no cristianismo e no judaísmo, "não é mais lida literalmente, mas simbolicamente" e que "eventualmente tal solução acomodará também a maioria muçulmana" (Islã e democracia ). Gostaria que a afirmação estivesse correta. No entanto, há mais de 13 séculos que o mundo está à espera de tal reforma do islã, que até agora não aconteceu. O otimismo de Demant, então, não tem nenhum fundamento histórico, e muito sangue –inclusive e especialmente muçulmano– ainda será derramado em nome da mais nova religião monoteísta que continua com a sua leitura literal do Alcorão.


MARKUS MICHAEL (São Paulo, SP)

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Divulgação
Jogadores do PSG posam com o uniforme em homenagem às vítimas do atentado de sexta-feira 13
Jogadores do PSG posam com o uniforme em homenagem às vítimas do atentado de sexta-feira 13

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Faço reparos ao editorial A lei e o terror sobre o projeto de lei antiterror. O extremismo político não poderia estar ausente do texto, pois é motivação frequente de ações terroristas, além da intolerância religiosa, da xenofobia, da discriminação racial e de gênero. Ao contrário do que sugere a Folha, a ocupação das escolas jamais seria enquadrada na lei porque não há como atribuir a esses jovens a motivação de subverter as instituições democráticas, não houve violência contra pessoa nem resultou em pânico generalizado. Só com todos esses elementos presentes o crime de terrorismo poderia ser caracterizado.

ALOYSIO NUNES FERREIRA, senador pelo PSDB-SP (Brasília, DF)

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O sr. Arnaldo Alves da Costa Neto equivoca-se quando combate o artigo A tentação totalitária, de Janio de Freitas. Desde Sarkozy, com a revolta nos subúrbios em 2005, passando pelo massacre no "Charlie Hebdo", a França vem tendo problemas parecidos. Parece que o país não deu a importância necessária e não fez trabalho de prevenção. Tivesse feito, nem a família de Janio de Freitas nem a de ninguém dificilmente passaria por tamanho drama.

ANÍSIO FRANCO CÂMARA (São Paulo SP)

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Há pelo menos dois erros no artigo O Brasil e o terror, de Igor Gielow. Primeiro: Dilma nunca sugeriu "conversar com o Estado Islâmico". A fala que gerou esse factoide pode, no máximo, ser chamada de ambígua. Há várias interpretações possíveis, e o colunista escolheu uma das menos críveis –e a que mais prejudica Dilma. Não é, portanto, um fato, mas Gielow trata como se fosse. Segundo: "Conversar com o Estado Islâmico" saiu entre aspas, o que passa a impressão de que Dilma realmente disse isso, com todas as letras. Nunca disse. É muita irresponsabilidade.

WALDO BUTCHMO (São Paulo, SP)

RESPOSTA DO JORNALISTA IGOR GIELOW - Dilma criticou os bombardeios ao EI e defendeu o diálogo como solução logo após os EUA começarem a atacar a facção. Não havia pretensão de literalidade no trecho entre aspas, que resumia a posição de então da presidente, negada por ela depois.

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