Folha de S. Paulo


Não iremos construir um futuro melhor pela violência, afirma leitor

Relevante a pesquisa do Datafolha que trata do modo "tradicional" de atuação da polícia brasileira (Metade do país acha que 'bandido bom é bandido morto). No aniversário da promulgação da Constituição (5/10), é bom ver que os jovens que nasceram após a ditadura militar oferecem menor legitimidade do que as gerações anteriores à errônea percepção de que "bandido bom é bandido morto". É inegável que estamos vivendo tempos difíceis, fruto de um tardio processo de transição entre o autoritarismo e o constitucionalismo democrático, mas não será pela violência que construiremos um futuro melhor.

RENE SAMPAR (Curitiba, PR)

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Reprodução/Facebook
Francisco e Regina Múrmura, que morreu baleada em Niterói, no Rio de Janeiro
Francisco e Regina Múrmura, que morreu baleada em Niterói, no Rio de Janeiro

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A morte de uma mulher, pelo simples fato de entrar numa comunidade dominada por traficantes em Niterói, retrata muito bem a violência no Estado brasileiro (Empresária entra por engano em favela do RJ e morre baleada ). Enquanto houver leis complacentes com os delinquentes, esse quadro continuará. Não é por acaso que a Lei de Execuções Penais é conhecida como madrinha dos criminosos. Vide recentemente o assassino em São Paulo que enterrava as suas vítimas em sua casa e usufruía do instituto da liberdade condicional.

LUIZ FELIPE SCHITTINI (Rio de Janeiro, RJ)

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Ruy Castro em Repúdio e reverência foi uma exceção ao que esta Folha faz em sua rotina de sempre massacrar a PM. Triste ver um país onde o bandido é endeusado e a polícia é demonizada –em filmes, isso é retratado. E quando os heróis pararem por 24 horas?

CARLOS ALBERTO MATTIUZZO (São Joaquim da Barra, SP)

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O mau policial ignora a lei e julga não precisar de licença para matar, pois é, por índole, mais bandido do que policial. Como as nossas prisões não recuperam ninguém, diz-se que bandido só é bom morto, pois a sociedade não corre mais o risco de ter violados seus direitos humanos e de danos patrimoniais ou financeiros.

PAULO MARCOS GOMES LUSTOZA (Rio de Janeiro, RJ)

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