Folha de S. Paulo


Leitor questiona se Dilma não tem o mérito de ter permitido a investigação

Com relação à crise política, será que não estamos deixando de fazer as perguntas corretas? Será que, no início da Lava Jato, a presidenta Dilma, com a aprovação popular em alta e todo o apoio que teria de políticos e empresários envolvidos, não teria tido a força de abafar a investigação que já se sabia aonde ia chegar? Será que, como disse o presidente do Itaú (Não há motivos para tirar Dilma do cargo, diz Setubal), ela não tem o grande mérito em ter permitido que a investigação se processasse com liberdade?

RICARDO CORRÊA DE ARAÚJO (Recife, PE)

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Eduardo Anizelli/Folhapress
Dilma Rousseff discursa em Catanduva, interior de São Paulo
Dilma Rousseff discursa em Catanduva, interior de São Paulo

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Dilma disse que não sabe quando vai passar a situação difícil (Dilma afirma que errou na avaliação da economia), mas, no horário da propaganda política, afirmou que a crise era apenas uma passagem. Onde está a verdade?

PAULO T. JUVENAL SANTOS (Barretos, SP)

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Não acredito que falte experiência parlamentar à presidente Dilma Rousseff como escreveu Elio Gaspari (O olho da crise está no bunker). Ela já governa o país há quatro anos e já deveria ter aprendido pelo menos um pouco nesse período na Presidência. O que faltou sim foi investir na infraestrutura do país quando haviam condições financeiras e não em programas imediatistas de curto prazo –na maioria das vezes pensando apenas na próxima eleição. Reconhecer o erro foi o primeiro passo, agora cortar na própria carne para colocar a casa em ordem é que não será nada fácil.

ANDRÉ PEDRESCHI ALUISI (Rio Claro, SP)

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O ex-ministro Delfim Neto, no seu artigo Consequências, foi perfeito no seu diagnóstico ao dizer que os 10% de popularidade que restam para presidente Dilma vem do ONGismo, ou seja, dos movimentos sociais domesticados. Aproveito a oportunidade para lembrar o óbvio: o Brasil precisa ter um presidente. Sendo assim, venho, neste espaço democrático e popular, propor, para 2018, o nome do dr. Delfim para tal. Sem a ilusão de que ele vai solucionar os problemas, pois os problemas não têm solução: só administração. "O trabalho de presidente consiste em ter que decidir entre duas coisas ruins." (J. F. Kennedy).

ELNIRO BRANDÃO (Fortaleza, CE)

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O leitor Sílvio Natal diz que o PT abusou dos cofres públicos para fazer o "resgate da dívida social" (aspas dele). Era de esperar que os que têm o dinheiro e o poder algum dia se vingassem dos que querem fazer este resgate da dívida (sem aspas, pois esta é real). Esta turma sempre foi do "deixa o bolo crescer para então dividir", como disse (e esquecemos) Delfim Netto. Se não foi derrotando o PT nas urnas, tem que ser no tapetão, como agora se está fazendo.

CARLOS BRISOLA MARCONDES (Florianópolis, SC)

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